Paixão Violenta

Capítulo Vinte e Três.

P.O.V Narrador

O Profeta Díario dessa semana deu no que falar. Estampado na primeira página, duas fotos distintas de Blake, cada uma abraçando Viktor e Cedrico respectivamente. Blake não fazia ideia quando Rita tinha tirado sua foto com Cedrico, também não fazia questão de tirar satisfações. Já era ruim o suficiente os olhares nos corredores, as risadinhas abafadas e os murmúrios, como:

"Ela não se decide?"
"É claro que Viktor Krum é a melhor opção"
"Ouvi falar que ela transou com o Krum enquanto estava com o Diggory"
"Ouvi dizer que foi expulsa de Beauxbatons por motivos semelhantes"

Blake tentava não ligar para tudo aquilo, afinal, foi só um abraço. Tinha maiores preocupações, estava se recuperando de seus ferimentos graves e tinha que descobrir sua próxima tarefa. O que não tinha sido nada agradável quando abriu o ovo na sala comunal da Grifinória. Seu ouvido ainda doía com o grito que saiu de dentro, um grito agudo e esganiçado, fazendo todos caírem no chão de susto.
Hoje não tinha aulas muito especiais, poções obviamente, e artes das trevas. Não estava animada para nenhuma das duas.
Andava sem rumo pelo grande gramado em busca de Hagrid, ele a ajudou na última vez, contou para eles sobre os dragões. Poderia ajudar essa vez com o ovo, não poderia?
Antes que pudesse se aproximar da Cabana de Hagrid, sentiu uma mão grande e forte apertar seu braço. Seu braço machucado. Gritou de dor. Estava no processo de cicatrização, mas mesmo assim doía em alguns pontos. Quando se virou viu seu professor das Artes das trevas, Olho tonto Moody, que apertava todos os pontos dolorídos.

- Professor! - Blake quase rugiu ao se desvencilhar daquela mão forte - Não sei se o senhor se lembra, Professor, mas eu queimei meu braço semana passada.

O Professor pareceu achar graça, mas quando respondeu estava contido:

- O que veio fazer aqui?

- Vim ver Hagrid - Ela respondeu, ajeitando as ataduras levemente inclinadas para o lado oposto do ferimento.

- Hagrid não poderá te ajudar dessa vez.

Blake ergueu as sobrancelhas. Como o professor poderia saber dessa informação? Fingiu seriedade e o respondeu:

- Não sei do que o senhor está falando.

Olho tonto franziu o cenho em descrença, quando voltou a falar, estava praticamente rugindo:

- Deveria tentar abrir o ovo embaixo da água Senhorita Blake.

Blake não se moveu.

- E quem você pensa que avisou Hagrid dos dragões? - Ele voltou a dizer, já se retirando. Voltou um passo e fez um gesto abrangente com a mão para ela segui-lo. - Vai se atrasar para as aulas.

Ela assentiu imperceptivelmente e seguiu o professor em silêncio até o castelo.

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Não foi uma experiência nada agradável abrir o ovo embaixo d'água, considerando de fato, que Blake não conseguia respirar. No fim daquela tortura, Blake havia desvendado sua próxima tarefa: No fundo do lago negro haveria um tesouro.
Blake bufou de desgosto. No lago havia o mais diverso tipo de criaturas, sereias também, ainda por cima. O que quer que fosse procurar no lago, não seria fácil de achar. Um pequeno problema comparado a falta de guelras que Blake possuía. Como por Merlin, iria respirar debaixo d'água?
Seguia seu caminho com os cabelos devidamente encharcados pelos corredores, o ovo ainda em sua mão. Parecia um holofote de tantos olhares que Blake recebia. Colin Creevey A perseguira com uma câmera momentos antes, ele também havia feito a mesma coisa tempos atrás. Blake conseguiu despistá-lo, prometendo que iria conseguir uma foto autografada de Harry para ele, se a deixasse em paz. O menino vibrou de alegria e assentiu, indo importunar outra pessoa.
Precisaria deixar o ovo em seu dormitório antes de seguir para as aulas, assim o fez.
Seguiu para o dormitório da Grifinória, adentrando a pintura grande de Fortuna Major, depois de responder um pequeno inigma absurdo que a mulher havia lhe perguntado. Fortuna gostava de brincar com eles.
A sala não estava vazia como pensava Blake. Harry, Hermione, Rony e mais alguns Weasleys estavam sentados próximos da lareira. Alguns outros alunos estavam dispersos pelas mesas e pelos bancos próximos das janelas observando o clima.