Paixão Violenta

Capítulo Quarenta e Nove.

P.O.V Narrador

-Pelo poder em mim investido, eu declaro Bartolomeu Crouch Jr culpado de todas as acusações. A sentença para traição é a vida em Askaban.

Blake ouvia as palavras atentamente atrás da grande porta de mogno. Lágrimas solitárias escorriam por seus olhos a medida que a sentença era dita, e as medidas eram tomadas. Seus dedos tremiam enquanto ela roía as unhas furiosamente e os pensamentos vagavam por todo o tipo de tortura conhecida pelos bruxos.
A cada minuto de cada dia Blake sentia mais raiva. Sentia raiva de Bartolomeu por ter lhe feito passar por tantas provações em apenas um ano escolar, que supostamente seria típico. Culpava Bartolomeu por sua viagem no tempo, e por seu coração partido; Quebrado por deixar uma realidade na qual não pertencia, mas que começou a amar com toda sua força.
Estava pronta para adentrar o grande salão e matar Bartô quando sentiu uma mão grande pesar em seu ombro, detendo-a.

- Ele vai para Askaban - A voz soou atrás de seu corpo, ecoando por toda a extensão de Blake - A justiça já foi feita.

- Até quando? - Blake respondeu sem se virar - Me diga!

- O que quer dizer? - A mão não saiu de seu ombro, e a apertou mais forte quando ela se debateu.

- Não demorará muito para que ocorra uma fuga e eles escapem - Blake engoliu em seco vendo pela fresta da grande porta Bartô ser arrastado á força.

- Ninguém escapa Askaban - A voz atrás de si respondeu.

Blake riu com escárnio antes de se virar e encarar o bruxo com irônia no olhar;
- Nem mesmo Sirius Black?

- Isso foi há muito tempo, tenho certeza que dobraram a segurança.

- Eles podem colocar mil dementadores por metro quadrado mas nunca será o suficiente - Blake respondeu irritada. Encarou o bruxo de cima a baixo e voltou a dizer;
- O que pensa que está fazendo aqui Cedrico?

- Não deixando você ir presa, para começo de conversa - Cedrico relutou por um instante, e por fim soltou a mão do ombro de Blake que ela tanto se remexia para se livrar.

- Não pedi sua ajuda - Ela voltou a olhar para a fresta da porta.

- Eu jamais hesitaria em te ajudar. Você me pedindo ou não. - Ele disse também olhando para a fresta da porta. Limpou a garganta e voltou a falar;
- Estou surpreso que não vá fugir de mim. Essa é a primeira vez em duas semanas que temos uma conversa decente.

- Não é uma conversa. Eu só estou respondendo você.

- Tenho certeza que isso se caracteriza como uma conversa.

- Não pode simplesmente me deixar em paz? - Ela se voltou para ele furiosa. Cruzou os braços no peito e o encarou com os olhos em chamas.
- Não enxerga que eu preciso de espaço? Tempo?

- Você fez um voto Blake, querendo ou não sou seu marido. Na alegria e na tristeza. - Cedrico deu um passo á frente ignorando a cara feia que Blake lhe dava.

- Infelizmente.

- Pode tentar o quanto quiser - Ele passou as costas da mão no rosto macio de Blake. Sentiu quando a bruxa estremeceu com seu toque - Não conseguirá me afastar.

Blake encarou Cedrico com firmeza, observando cada linha de expressão em seus olhos e em sua testa. Imaginou onde mais podia ver a cor de seus olhos. Estudou a cor rosada de seus lábios e sentiu uma falta tremenda de beijá-los; sentir o calor da língua de Cedrico na sua, e a ternura daqueles lábios nos seus.
Seu corpo todo foi inundado por uma onda de calor ao pensar nas grandes mãos de Cedrico passeando por seu corpo inteiro. Fazendo carinho em suas costas nuas e á levando ao prazer extremo no meio de suas pernas.