Capítulo Cinquenta.

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P.O.V Narrador

Cedrico acordou mais cedo que o normal naquela manhã de sexta feira. O dia já estava claro por volta das seis da manhã, e a cidade pela janela estava fria e pálida, sem sinal do lindo sol que os acompanhou durante todo o mês. Blake ainda dormia na cama improvisada dos dois, perto da janela. Os cobertores cobriam até sua orelha á protegendo de qualquer frio que pudesse sentir.
A lareira, muito usada nos dias frios, estava apagada no canto do quarto, servindo apenas para ajuntar pó.
O farfalhar das cortinas foi o único barulho no quarto tão silencioso, enquanto Cedrico trocava seu pijama por uma calça simples e uma blusa velha do fundo de sua gaveta.
Observou Blake resmungar durante o sono antes de partir para o andar de baixo. Os pesadelos haviam acabado fazia algumas semanas, e agora ela dormia tranquila quase todas as noites.
Descendo a escada na ponta dos pés encontrou Amos lendo seu jornal matinal na grande mesa de madeira da cozinha.

- Bom dia Filho - Ele disse com um sorriso no rosto - Café?

Cedrico assentiu pegando uma caneca de metal do armário alto. Sentou do lado esquerdo do pai e se serviu de uma xícara de café sem açúcar.

- Blake já vai descer? - Amos voltou a perguntar - Chegou correspondência.

- Quem escreveu para Blake? - Cedrico perguntou um tanto enciumado.

Blake recebera diversas cartas de Hermione e algumas de Harry. Viktor também se arriscou a mandar uma ou outra correspondência; mas sempre que Blake recebia uma carta de Viktor, Cedrico se sentia desconfortável.

- Viktor Krum - Amos disse medindo as palavras.

- O que ele quer dessa vez? - Cedrico perguntou se levantando e indo até a pilha de correspondências no balcão que separava a cozinha da sala de estar.

A carta de Viktor continha um selo de um pássaro húngaro e era selado com cera perfumada vermelha.
Cedrico revirou os olhos.

- Bom dia - Blake disse descendo as escadas rapidamente - Espero não estar atrasada para o café.

Cedrico se assustou com a voz da bruxa e largou a carta no monte onde ela estava. Blake foi até a cozinha e deu um beijo na cabeça de Amos antes de abrir o forno e encontrar uma fornada de biscoitos pronta.
O cheiro de manteiga e açúcar poderia enlouquecer até um santo de tão cheiroso que estava. Cedrico riu pensando em seu pai, que não pensou em lhe oferecer os biscoitos.

- Bom dia meu amor - Blake se aproximou de Cedrico soltando a assadeira na mesa e o abraçando apertado.

- Chegou uma carta para você - Cedrico retribuiu o abraço apoiando seu queixo no topo da cabeça de Blake - de Viktor.

Blake levantou um olhar confuso para Cedrico. Da última vez que havia trocado cartas com Viktor o assunto parecia ter sido encerrado por completo. Não havia mais nada do que conversar com o bruxo húngaro.

- Que estranho - Blake sussurrou; Cedrico se virou e entregou o envelope nas mãos de Blake.
Ela pegou com seus dedos finos e estudou o selo, e o papel amarronzado do envelope - Muito estranho.

- O que? - Cedrico perguntou olhando por trás de Blake o envelope em suas mãos.

Blake virou o envelope para ver o destinatário. Franziu o cenho quando viu as palavras;

Srta Blake Riley
Ottery St. Chapole
Devon, Inglaterra

- O que tem de estranho meu amor? É só mais uma carta do sem noção.

Blake olhou feio para Cedrico repreendendo seu comentário. Voltou a olhar a carta por mais um segundo até descobrir o que de fato estava errado.

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