Capítulo Quarenta e Dois.

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Cedrico evitou Blake a semana inteira. Fechou a porta do quarto com um feitiço onde só ele poderia entrar, deixando Draco sem quarto.
Não conversou com Blake nem quando outra morte ocorreu.
Lilá Brown foi a vítima, e ficou sabendo que foi Draco que sonhou dessa vez.
E então sobraram sete, lembrou a frase do poema.
Blake estava na biblioteca estudando sobre lobisomens e animagos quando Draco apareceu de supetão á sua frente. Blake levantou o olhar despreocupada e esperou Draco dizer o que ele queria, como não disse, ela começou a conversa.

- Fiquei sabendo que foi você que sonhou essa vez - Blake largou o pergaminho e o encarou.

Ele por si, sentou na cadeira a seu lado.
Blake levantou uma sobrancelha surpresa.

- Eu parei de respirar por uns cinco minutos - O que fazia sentido já que Lilá morreu asfixiada. Blake assentiu rapidamente a fala de Draco.

- Entendo.

- Falou com Cedrico? - Draco perguntou torcendo os dedos.

- Não. Ele faz o possível para me contornar em todas as situações - Ela respondeu dando de ombros - Teve alguma sorte?

- Ele não me deixa entrar em meu próprio quarto - Draco sorriu com escárnio - Estou dividindo com Blásio.

- Não é exatamente um sacrifício eu suponho.

Draco ergueu uma sobrancelha indagadora. Blake pareceu perceber a surpresa em seu olhar e continuou;

- Eu sei sobre vocês.

Draco gelou, o sangue de seu rosto sumiu o deixando mais pálido que o normal.

- Bissexualidade não é uma doença Draco. - Blake apoiou uma mão em seu ombro em um gesto de amizade - É normal.

Draco apoiou sua mão em cima da mão de Blake em seu ombro.

- Eu gosto de mulheres. Muito. Blásio foi só um experimento.

- E ele sabe disso? - Draco riu da pergunta de Blake.

- Não acho que saiba. Mas não estamos mais juntos, nesse sentido.

Blake assentiu com a cabeça. Se sentiu estranhamente incomodada por ainda estar com a mão em seu ombro. E mais incomodada ainda por conta da mão dele na sua.
Tirou a mão rapidamente e voltou a olhar para frente, tentando não se constranger.
Draco sentiu o peito acelerar gradualmente enquanto estava com Blake. Se sentia envergonhado por absolutamente nenhuma razão. Talvez Blake fosse a razão de todas as borboletas em seu estômago.

- Tem algum motivo para ter vindo aqui falar comigo? - Ela cortou o silêncio constrangedor.

Draco a princípio não sabia o por que, mas tinha sido arrastado por si mesmo em busca de Blake.
Não tinha assunto, só queria ficar com ela. Com a sangue ruim que jurou destruir... será que realmente importava? O que seus pais iriam dizer

- Fez a lição que Olho tonto passou? - Ele mentiu sobre o motivo.

Ela o olhou incrédula.
- Estava fazendo enquanto você apareceu. - Ela mostrou os pergaminhos.

Draco já havia feito a lição muitas horas atrás e pensou que uma boa desculpa para ficar com Blake, seria ajudá-la em sua própria.

- Quer ajuda? - Ele perguntou.
Blake hesitou em aceitar.

- Já o fez? Estou com tantas dúvidas...

- Terminei hoje cedo. Não é tão difícil quanto parece, olhe... - Draco apontou para uma frase grande no livro de capa marrom a frente de Blake - Aqui está a resposta para a terceira pergunta.

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