Amor em Julgamento

10 - Connor

Annabel é uma garotinha adorável, fico brincando com ela por um tempo, eu tinha planejado passar uma noite mais romântica com Paige, jantar e tudo mais. Acabei levando um susto ao ver a pequena Annabel parada na porta me olhando, levanto e vou até onde está Paige.

- Quer ajuda? - pergunto entrando na cozinha.

- Não, eu já terminei tudo na verdade.

Paige está usando um pijama preto, ainda não a tinha visto usando roupas que não sejam as de trabalho. Me aproximo dela e beijo seu ombro, depois sua nuca e percebo quando ela fica arrepiada, a viro de frente para mim e beijo sua boca.

- Connor, a Annabel está logo ali. - Paige fala e se afasta.

- Ela é adorável e bem falante.

- Você achou mesmo que ela fosse minha filha?

- Eu não sei, não pensei muito na hora só fiquei meio chocado, achei que você poderia ter escondido de mim.

- Que tipo de mãe eu seria se passasse a noite com você e nem ligasse para minha filha? Eu seria uma advogada bem hipócrita também.

- Tem razão... Me desculpe, eu exagerei, eu sou um idiota. - falo e ela ri.

- Foi engraçado... Agora vamos jantar.

A lasanha que Paige preparou estava deliciosa, a Annabel também se deliciou, apesar de eu ter preferido ficar só com Paige a noite não estava ruim. Depois do jantar, fiquei assistindo desenho com a pequena, pelo visto ela gostou mais de mim do que de Paige e eu ri com isso.

Quando a Annabel adormeceu, Paige pediu pra eu levá-la para a cama, como o apartamento é pequeno e só tem um quarto, coloquei a menina na cama de Paige e a cobri. Voltei para a sala, olhando tudo ao redor, apesar de pequeno é confortável na medida do possível.

- A Annabel gostou de você, mais do que de mim.

Paige comenta e eu dou um sorriso, sento no sofá, tiro os meus sapatos e deito colocando a cabeça nas pernas dela.

- Eu sou irresistível, até para as menininhas. - Paige revira os olhos pra o meu comentário.

- Essas trufas são deliciosas. - ela coloca um chocolate na boca.

- Não vai me oferecer um? - pergunto e ela sorri.

- Não mesmo.

Paige pega mais uma trufa e morde, ela fecha os olhos, dá um gemido de satisfação e depois lambe os lábios, engulo em seco olhando para a cena, Paige é sensual sem precisar forçar, é algo natural nela. Ela abre os olhos e me encara.

- Você está ficando excitado? - ela pergunta e ergue uma sobrancelha.

- Talvez.

- Seu tarado. - ela responde e eu dou de ombros.

- Culpa sua que fica comendo chocolate na minha frente... Além do mais você não me deu nenhum! - finjo indignação.

- Você está fazendo bico igual um menino de seis anos... fica uma gracinha. - Paige coloca a mão no meu rosto - Abre a boca bonitão.

Paige coloca uma trufa na minha boca e me dá um beijo casto. Ficamos ali no sofá comendo chocolates e assistindo um programa na televisão, o que no fim das contas eu gostei, ficar com Paige sem o sexo também foi uma experiência nova para mim, fazia muito tempo que não ficava assim com outra mulher e percebi que senti falta disso.

Tarde da noite o sono bateu e Paige estava quase dormindo também, me sentei e calcei novamente os sapatos, iria voltar pra casa, já que na cama não teria espaço e sinceramente eu não queria dormir no sofá, ainda queria ficar mais tempo com Paige mas pelo menos o fim de semana está se aproximando

- Acho que vou indo. - falo e ela me olha.

- Não vai... Está tarde. - ela pede com um jeito meigo e irresistível.

- Eu queria ficar, mas você está cansada, precisa dormir.

- Você pode vir amanhã então e ficar.

- Amanhã eu não posso, toda quarta eu e meus amigos jogamos squash e depois saímos pra tomar umas cervejas e conversar bobagens. E como vamos viajar na quinta, preciso arrumar minha mala.

- Ah... - Paige ficou desanimada mas logo disfarçou.

- Vem aqui linda. - peço e Paige senta no meu colo - O que foi?

- Estou começando a me apegar a você Connor, não sei se isso é uma coisa boa.

- É claro que é uma coisa boa... Eu também estou me apegando a você Paige, passei o dia pensando em você e eu realmente estou me jogando de cabeça nessa relação.

- Me sinto segura com você Connor em todos os sentidos, você parece diferente de todos os caras que conheci.

Beijo Paige nos lábios e abraço seu corpo, ela ainda tem gosto de chocolate, nossas línguas se tocam, seu beijo é bom e eu só consigo me concentrar nisso, nessa sensação. Paige beija meu pescoço e me olha.

- Eu realmente tenho que ir e você vai direto para a cama. - falo e ela sorri.

- Sim senhor.

Nos levantamos e eu me despeço com mais um beijo. Desço os dois lances de escada e saio do prédio, entro no carro e dirijo para casa.

Na manhã seguinte acordo antes do despertador, lembro de ontem quando eu e Paige nos atacamos nessa cama, tornando minha manhã memorável. Quando ficou claro que não iria conseguir mais dormir, levanto, tomo um banho e me arrumo para o trabalho. Assisto o jornal da manhã e quando dá a hora, saio de casa, passo pelo apartamento de Paige e aviso que estou esperando na calçada.

Minutos depois ela surge usando uma saia cinza, uma blusa branca e blazer também cinza e saltos altos, linda como sempre e muito sexy. Ela entra no carro e seu perfume preenche o ambiente, me inclino em sua direção e a beijo.

- Bom dia bonitão. - ela cumprimenta.

- Bom dia linda... Dormiu bem? - pergunto dando partida no carro.

- Dormi sim e você? - ela pergunta e dou de ombros.

- Poderia ter sido melhor, e a Annabel?

- Ela foi embora pouco antes de você chegar, a mãe foi buscar, o pai está melhor.

- Que bom.

Meia hora depois estamos entrando no elevador, aperto o número quinze e depois o dezoito, para o meu azar mais algumas pessoas entram no elevador, coloco a mão na cintura de Paige durante a subida.

- Passa no meu escritório antes de ir pra casa. - peço e ela me olha.

- Está bem.

- Desta vez de verdade, nada de voltar correndo pra sua sala. - comento rindo e ela me empurra de leve.

- Ok, dessa vez vou entrar. - o elevador para no seu andar.

- Ótimo... até mais tarde linda. - beijo rapidamente seus lábios.

- Tenha um ótimo dia bonitão.

E então Paige sai do elevador com uma postura confiante e sexy, a imagem de seu traseiro empinado ficou na minha mente. As portas se fecham e eu continuo subindo até meu andar.