♤♧ - Estamos em Paris, mon amour

55 8 39
                                    

• LIZANDRA ♤

   A única coisa palavra que podia definir Paris para mim naquele momento era: deslumbrante. Nada menos e nada mais, aquela cidade esbanjava puro deslumbre.

   Assim que chegamos, nos instalamos no hotel e saímos para dar uma volta, retornamos apenas às doze. Victor e Angel que já estiveram lá, nos guiaram até a ponte dos cadeados e a torre Eiffel, que é ainda bem maior pessoalmente. Depois jantamos em um restaurante à margem do rio Sena e fomos obrigados a ouvir as cantadas insensatas de Victor para Cecília - juro que não estava aguentando mais aquilo.

   No fim da noite, nos despedimos e fomos cada casal para os seus quartos, alegando descansar. Enquanto caminhava pelo corredor, eu e Leonard fingimos não ver Cecília adentrando o quarto do espanhol. Com certeza aquela noite iria render bastante.

♤♤♤

   No outro dia, acordamos a tempo para o café da manhã no restaurante do hotel. A noite havia sido bastante animada, mas eu incrivelmente não me sentia cansada. Como se sentir cansada em uma cidade como aquela?

- Bom dia - murmurei, quando chegamos à mesa em que nossos amigos estavam.

   Trocaram olhares.

- O que foi? - Perguntou Leonard, se sentando ao meu lado.

   Lya deu uma tosse forçada.

- Cecília e Victor saíram juntos do mesmo quarto hoje - disse ela, rindo.

   Cecília enrubesceu. Victor dava risinhos enquanto comia um pão.

- Vocês não perdem tempo, não é? - Indagou Angel, tentando reprimir o riso.

- Não era para nenhum de vocês ficarem sabendo disso - Cecília apontou para nós. Ela também queria rir.

   Balancei a cabeça sorrindo e me servi um copo de suco.

- Bem, Paris e sua magia - disse eu. - Mas, infelizmente, a magia acaba aqui. Temos que ir treinar.

   Trix revirou os olhos.

- Não entendo o por que de treinar sendo que nem usaremos luta corporal hoje - indagou. - A missão é mais estratégica.

- São ordens da Nicole - respondeu meu namorado. - Eu também não queria ir.

   Peguei um croissants e dei uma mordida; nenhum croissants do mundo era melhor do que o de Paris.

- Onde fica a sede da Nagrom aqui? - Perguntou Cecília.

- Nos arredores da cidade - respondeu Armani, ajeitando os óculos. - Não muito longe.

   Victor pegou um vaso de metal e abriu-o. Derramou o líquido na sua xícara de café e misturou.

- Victor - chamei-o. - Você mal acordou.

   Ele sorriu.

- Para dar mais energia, Lizandrinha. - Respondeu. - Você quer?

   Revirei os olhos.

- Eu juro por Deus que se mais tarde você estiver bêbado eu arranco essa coisa ai que você tem no meio das pernas - dei uma pausa. - Fui clara?

   Victor ainda esbanjava aquele seu sorriso cínico nos lábios.

- E ela mais uma vez mostra quem manda - deu um gole no seu café batizado. - Você tem o sangue da sua mãe.

   Revirei os olhos e bufei.

- Bem, vou me vestir para irmos para sei-lá-onde-seja-a-sede - mudei de assunto. - Nos vemos no saguão daqui à meia hora.

Morgan's - No Olho De LizOnde histórias criam vida. Descubra agora