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A corte francesa deveria ficar hospedada no setor leste do castelo, mas apenas pelo pedido de Delph os quartos da área norte foram preparados as preças, só porque ela queria dormir no meu corredor, mesmo depois que Diana disse que ningué passaria por ali sem a minha autorização eu tinha menos poder do que a protegida do príncipe.

Não estava achando ruim, Delph por mais que seja bem nova era legal e não era aquele tipo de menininha que gosta de ficar em casa tomando chá.

O quarto dela era no fim do corredor e ao lado do de Jerry, que precisava ficar perto dela todo o tempo, mesmo com as paredes de pedra conseguia escutar a conversa de Diana e Jerry no quarto a frente.

Delph, Cole e eu estávamos fazendo dobraduras de papeis, com certeza um disperdício do material caro mas nada era negado a criança que estava deitade de bruços no meu tapete.

-Que merda! Eu não consigo! -bufou Cole jogando a dobradura errada para longe.

-Não xingue, Cole! Um cavalheiro não fala essas coisas! -disse Deslphine sem dar atenção, não era o primeiro palavrão que escutava de Cole desde a última hora.

-Foda-se toda essa bosta! -disse Cole realmente bravo por conta da drobadura.

-O que queria fazer com isso? -pergunto me inclinando pra pegar a dobradura no pé da minha cama.

-Nada... era só um... teste. -disse ele corado.

Sorri maliciosa e Delphine parou a própria dobradura de pássaro para arrumar o que quer que tenha sido o que Cole pretendia fazer.

Em alguns segundos um coração de dobradura estava pronto.

-Aqui. -entregou para Cole que ficou ainda mais vermelho- Esqueceu de dobrar uma ponta no começo. 

-Cole! Seu b... -ia terminar mas ele me interrompeu levantando o dedo indicador.

-Não ouse terminar essa frase! -suspirou fechando os olhos e se sentando novamente no chão.

Eu estava fazendo um catavento de papel, era bem difícil, estou acostumada com trabalho pelado para os músculos dos braços e das costas e não para os dedos, fazer aquilo estava testando meus limites.

Delphine estava fazendo um monte de passarinhos de papel, não sabia o porque mas colava eles em linhas finas e as amarrava em um aro de espartilho quebrado, parecia um mobile.

-Como ficou? -pergunto mostrando meu catavento branco.

-Ótimo para a sua primeira vez. -disse Delphine sem maldade.

-Ficou lindo, devia colorir. -disse Cole pintando o próprio coração.

-Vai dar isso para o rei da Escócia? -pergunto colocando os braços para fora da cama e pintando meu catavento apoiado o chão.

-Não enche. -disse bufando.

-O que o rei Ed tem haver com isso? -perguntou Delphine olhando para o coração.

-Bem... -tenei encontrar palavras para descrever o que Cole e o rei tinham ma não encontrei.

-Ele é muito importante para mim. -disse Cole tímido.

-Ele é seu rei, claro que é importante. -disse Delphine terminando o passarinho.

-Eu gosto dele de um jeito diferete que os outros escoceses, eu gosto de Ed, os escoceses gostam do rei Edward II. -disse Cole sincero.

-Você ama ele? -perguntou Delph virando a cabeça para o lado.

Cole travou por um minuto mas então disse:

-Sim. -disse exitante.

-Bom gosto, ele é bem bonito. -disse Delph sorrindo com vergonha do que disse.

Cole riu alto assim como eu.

O clima ficou mais leve depois disso e Cole começou a contar sobre momentos dele com o rei, deixando implicito algumas partes que Delphine não deveria escutar.

Alguns minutos depois Diana entrou sozinha no quarto com uma margarida amarela nas mãos e um sorrisinho no rosto.

-Jerry está te chamando para jantar com o rei e a rainha. Os dois. -disse ela encostada na porta, como se fosse a única coisa que a deixasse em pé.

-Mais um para a coleção. -disse Cole revirando os olhos para a flor de Diana e se levantando com Delph nos braços.

-Tchau, Anne! Tchau, Lady Di! -disse Delphine agarrando o pescoço de Cole enquanto saíam.

Respondemos com um aceno de mão e eles saíram fechando a porta.

-O que aconteceu? -pergunto quando Diana se joga de costas na minha cama.

-Jerry me deu essa margarida enquanto voltava-mos do jardim mais cedo. -disse corando um pouco.

-Porque Cole disse que era mai um para a coleção? -pergunto me virando de lado para ela.

-Sou frequentemente presenteada pelos homens, sabe? 

-Porque está tão boba?

-É bom saber que alguém te acha bonita. -disse cheirando a flor- E Jerry é engraçado, meio atrapalhado mas legal.

-Tirou essa conclusão em um dia?

-Anne, vocês ficaram juntas por sete horas! Fiquei cada minuto ao lado de Jerry. 

-Sete horas?! Tudo isso?! -pergunto me sentando.

-Sim, foi muito cansativo. -disse bufando.

-Vai querer se casar com Jerry?

-Claro que não, Anne! Nos conhecemos hoje e ele é de outro país! -disse como se fosse impossível que eles ficassem juntos.

-Delph disse que vocês fcavam bonitos juntos, além disso ele é o guarda pessoal do príncipe que vem morar aqui, não acho que ele volte para a França tão cedo. -digo me levantando- Pode me ajudar? -perguntei virando as costas para que ela tirasse o laço do espartilho.

-De qualquer forma -disse soltando o laço- não estou preparada para deixar de beber para ter um bebê.

-Se casar não tem nada haver com filhos. Tem haver com amor! -digo tirando o vestido.

-Não quando se é nobre, Anne. Tudo tem haver com dinheiro e política, minha irmã tem sete anos e foi prometida em casamento a um garoto quase da minha idade, isso é um casamento nobre. -disse bufando.

-Credo! -digo indignada colocando a camisola- Quando vão se casar?

-Quando ela tiver 15 anos... Anne ela será tão nova! -disse Diana quase chorando- Eu tenho 18, a qualquer momento meus pais podem me visitar sem mais nem menos e me dizerem que estou noiva! -disse tremendo um pouco.

Me sento ao lado dela e solto o cabelo, fazendo duas tranças que formavam a coroa cairem sob meus ombros.

-Não vou deixar isso acontecer, nem com você nem com sua irmã. -digo séria segurando suas mãos- É a única amiga que tenho e não vou te perder para um homem. -digo apertando suas mãos e logo depois enrroscando nossos dedos mindinhos da mão direita- Repita o que eu disser mas com o seu nome, ok?

-Ok.

-Juro solenemente ser fiel a minha amiga Diana/Anne enquanto o sol e a lua existirem. -dizemos.

De algum jeito isso a acalmou bastante.

-Como parte do juramento, eu prometo te proteger de qualquer escolha contra a sua vontade que seja tomada contra você, Lady Diana Barry. -digo apertando ainda mais nossos dedinhos.

-Digo o mesmo, Lady Anne Shirley. -disse sorrindo om o rosto molhado.

-É incrível como cosegue ser linda até chorando. -digo e ela ri- Te invejo muito. -nós duas rimos.

A Falsa Prometida - ShirbertOnde histórias criam vida. Descubra agora