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Ele conseguiu desaparecer em instantes, segurei as salas do vestido como pude com a mão enfaixada e comecei a correr em direção ao lado de fora, eu realmente não tenho ideia de onde ele pode ter ido, na verdade eu nem sei andar nesse castelo! Meu cabelo estava se desfazendo aos poucos e ele estava atrapalhando tanto a minha vista que acabei trombando em alguém com muita força.

— Mais que merda. — resmungo tirando o cabelo da frente do rosto para poder ver com quem trombei.

— Cordelia sua louca, o que está fazendo correndo no castelo? — pergunta Josie Pye se levantando e logo em seguida me ajudando.

— O que você faz aqui?! — pergunto enquanto ela ajeitava o meu cabelo mais firme.

— Algumas semanas depois de vocês partirem Prissy me mandou para cá, para te fazer companhia quando chegasse já que Diana terá que voltar para a Escócia.

— Porque ela vai ter que voltar e porque Prissy não mandou outra pessoa? Achei que ela se recusasse a sair de perto de você. Além do mais se você saiu de lá pouco depois de nós você deve estar aqui há muito tempo.

Ela bufa frustrada.

— Quer saber, que se dane. — diz para si mesma — A gente brigou, eu surtei e acabei terminando com ela.

— Você está doida?! — pergunto mais alto do que deveria.

— Então ela me mandou para cá por impulso.

— Eu não acredito nisso... — vi alguém andando ao longe, poderia ser Gilbert? — Eu quero muito saber dessa história, mas antes disso preciso resolver algo com Gilbert. Sabe para onde ele foi?

— A rainha me contou alguns dias atrás que ele gosta de ir para o ex escritório do pai, mas...

— Muito obrigada! — Comecei a correr e só então lembrei que não sabia onde o escritório do pai dele — Onde ele fica?

— Segunda porta dois corredores a esquerda. 

— Obrigada! — voltei a correr.

Dessa vez meu cabelo não se desmanchou, então consegui correr sem preocupação. A porta na qual Josie me indicou estava trancada, mas conseguia escutar o ranger d madeira do lado de dentro, mostrando que tinha alguém lá.

— Gilbert, abra essa porta! — exigi batendo na porta.

— Me deixe sozinho! — ele pediu do lado de dentro.

— Abre essa porcaria agora! —berro.

— Vá embora! Eu realmente não quero falar com ninguém, Anne. — disse baixo, provavelmente encostado na porta.

Eu não iria forçá-lo a aceitar a minha companhia, então sai, mesmo que preocupada e um pouco chateada.

A Falsa Prometida - ShirbertOnde histórias criam vida. Descubra agora