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Eu não estava conseguindo dormir, depois do que Gilbert falou fiquei inquieta e sinto meu coração acelerar sempre que o olho.

A cama era feita de peles de animais empilhadas para proteger do frio, e mesmo com a nece do lado de fora estava suando.

Gilbert estava deitado no sofá em frente da cama e parecia dormir profundamente.

Me levantei da cama o mais silenciosamente que pude, coloquei as sapatilhas ao pé da cama e desci as escadas do quarto indo até a pequena cozinha dali.

Precisava tomar alguma coisa para relaxar.

Peguei um pouco de água quente que estava pronta quando entramos e fiz um chá de camomila.

Me sentei no balcão, sentindo a pedra gelada nas cochas, estava com uma camisola de manga longa mas não era muito eficiente nesse frio sem as cobertas.

Estava colocando açucar no chá quando escutei a escada ranger, Gilbert descia do quarto com a blusa amaçada e uma calça no mesmo estado.

-Desculpe, não quis te acordar. -digo saindo da bancada.

-Não foi você, minhas costas estão doendo e estou com dor de cabeça. -acrescentou rapidamente- Culpa da viagem.

Eu sabia que era mentira, a rede que ele dormiu na viagem era confortável e ele não reclamou nenhuma vez.

-Me desculpa por te dar todo esse trabalho. Eu devia aceitar que nos casamos e cunprir minhas funções. -digo colocando a xícara de chá na mesa da pequena cozinha.

-Você não fez nada de errado, mesmo se você aceitasse o casamento eu esperaria pelo seu tempo. Não iria querer ter um acordo político no lugar do meu casamento, mesmo que ele não deixe de ser, afinal somos da realeza e isso é inevitável, mas podemos superar isso. -disse entrandl na cozinha.

-Eu...

-Acho que devo voltar para a cama -no caso o sofá- Desculpe te incomodar.

-Gil, deixe que eu faça um chá para melhorar sua dor de cabeça. -digo nervosa.

Ele me olhou estranho, então agradeceu e se sentou na cadeira atrás da mesa com uma careta de dor.

-Obrigado.

Nós dois sabíamos que ele estudava a medicina e saberia fazer um remédio até mesmo melhor que eu, mas parecru certo me oferecer.

Fiz um chá de gengibre que na minja opinião era mais eficiente do que os outros para aliviar a dor de cabeça, então coloquei a xícara a frente do meu marido.

-Obrigado, Delia. -disse com um sorriso.

-De nada -sorri- Onde suas costas estão doendo?

-Um pouco acima da bacia, amanhã vou a um curandeiro para ver se consegue aliviar a dor.

-É aqui? -coloquei dois dedos sob sua camisa no local que ele indicou: um pouco acima da bacia.

Mesmo com a dor ele enrrijeceu sob meu toque e o senti prender o fôlego.

-Sim, por aí.

Empurrei meus dedos no local e ele soltou um gemido de alívio.

-Melhora?

-Dói um pouco mas é bom. -tomou um grande gole do chá.

-É o sofá, Gil. Ele é tão desconfortável assim?

-Já disse que foi a viagem. -incistiu bebendo o chá.

-Não foi, Gilbert.

-Não se preocupe, é besteira.

-Desculpe. -repeti.

-Já disse que não há necessidade disso. -disse sério.

-Mesmo assim, não deveria estar se pondo nessa situação.

-Me coloquei nessa situação desde que disde "sim" ao padre. Casamento é sacrifício e dormir em um sofá duro é apenas o menor que faria pela minha mulher. -sorriu fraco- Obrigado pelo chá, Delia. Deveríamos repetir, gostei da sua preocupação voltada a mim.

A Falsa Prometida - ShirbertOnde histórias criam vida. Descubra agora