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A capital é linda, estávamos sentados numa carruagem de frente um para o outro, e enquanto eu observava tudo pelas janelas com muita animação, Gilbert não parava de me observar com um sorriso curto.

— Aquilo é uma confeitaria só de roscas?! — pergunto animada, vendo uma rosca de madeira entalhada no telhado da confeitaria.

— Acho que sim. Mas não lembro dessa rosca enorme. — bateu no teto da carruagem — Vamos comprar algumas. — sorriu para mim.

— Não precisa, sério. Nem estou com fome.

— Eu tenho quase certeza que você não almoçou. 

— Gilbert! — chamo em um sussurro alto quando ele abre a porta da carruagem e as pessoas do lado de fora comemoram. — Eu não vou descer. — digo vermelha de vergonha.

— Vamos, Cordelia. — enfatizou meu nome..

Mesmo muito envergonhada pelo tumulto causado aceito a mão de Gilbert e desço da carruagem. Mas quando desço eles param de festejar e voltaram as atividades de antes, eu realmente não queria chamar atenção, mas isso foi estranho. Estava começando a criar hipóteses na minha mente quando uma garotinha se aproximou de mim com uma florzinha em mãos e em me inclinei para ficar da mesma altura que ela. 

— Eu nunca cheguei tão perto de uma princesa — ela sussurrou sorrindo.

— Qual o seu nome?

— Elizabeth, mas todo mundo me chama de Betty. A flor é para você e o príncipe — a ergueu — Eu queria dar para ele, mas tenho vergonha. — deu um risinho.

— Muito obrigada, Betty. — digo me levantando — Já sei onde colocar ela. — puxei Gilbert pela gola do casaco formal que usava e ajeitei a flor para se prender lá. — O que achou, Betty?

— Ficou bonito. Tchau. — saiu correndo.

— Porque isso? — perguntou Gilbert olhando a flor no casaco.

— Acho que você tem uma admiradora secreta.

— Só uma? — perguntou colocando o braço sob meus ombros.

— Talvez duas. — revirei os olhos.

O dono da confeitaria estava na porta, pelo menos era o que nós achávamos, já que o homem de avental na porta parecia ansioso de mais para ser apenas um cliente.

— Pode gastar o quanto quiser aqui. — sussurrou contra minha bochecha antes de a beijar.

— Boa tarde, Altezas. — disse o confeiteiro com uma reverência — Como posso ajudar?

— A princesa viu sua confeitaria da carruagem e não resistiu ao cheiro. 

Sorri para o homem.

— Ah, claro. Obrigado — ele estava sorrindo — Temos vários sabores. — foi para trás do balcão de madeira, mostrando as dezenas de sabores dispostos nas prateleiras.

— Quero uma de chocolate — sinto a boca salivar — e uma de baunilha. Talvez uma de morango também, ou...

— Embale uma de cada para levar, por favor. — disse Gilbert ao homem, tirando o braço dos meus ombros e pegando uma sacolinha com moedas do bolso — Quanto custará?

— É por conta da casa, um presente. — sorriu.

— Eu insisto. — disse Gilbert colocando cinco moedas de ouro na bancada — É o suficiente?

Quantos anos vocês tem? Curiosidade. Eu tenho 15

A Falsa Prometida - ShirbertOnde histórias criam vida. Descubra agora