Estupidamente Arrogante

Capítulo trinta e nove (BÔNUS) Parte II

Hector narrando:

Hoje completa três dias em que Hannah está fora, dando assistência ao seu pai. Os dias sem sua presença na mansão se arrastaram, e mesmo que o período em que ela se encontra longe seja curto, sem ela naquela casa, tudo fica vazio. Assim como as crianças, eu não vejo a hora de vê-lá pessoalmente.

Hannah fez questão de ligar para as crianças nesses dias longe via webcam e passar um tempo conversando com os três, automaticamente deixando-os mais animados.

Apesar estarmos trocando mensagens, eu não havia falado com ela por outro método. E ontem, eu tive a sorte de me juntar com meus filhos na chamada. Ela parecia exausta, mas o brilho em seus olhos e o sorriso em seus lábios não desapareceram por um instante sequer.

Ela apresentou seu pai as crianças e eu também tive a oportunidade de conhece-lo. Apesar de Hannah ter me dito que ele melhorou, ele ainda assim me parece abatido, mas assim como a filha, seus olhos estavam brilhantes e extremamente alegres.

Ele foi muito gentil comigo e com os meus filhos, é nítido que Hannah teve uma excelente educação e que herdou toda gentileza do pai.

Resolvi lhe dá o restante da semana de folga, para que ela pudesse ter certeza e certificar-se que seu pai está bem e completamente recuperado. Hannah relutou um pouco, mas por fim concordou em retornar ao trabalho no início da semana que está por vir.

Eu fiz isso pelo fato de saber que ela o ama e que estar ao lado dele neste momento é essencial.

Tentei oferecer um atendimento para seu pai em um hospital particular, para certificar de que realmente ele está bem, mas como uma grande orgulhosa, Hannah negou e eu decidi não insistir.

Decidido a espantar esses pensamentos, beberico um pouco do café que minha secretária havia trago e foco na mesa do meu escritório que está com pilhas enormes de papéis, cheia de trabalho para serem resolvidos. Sem contar com os papéis administrativos da minha empresa, problemas a serem solucionados com as parceiras, essa semana será um caos completo.

Sou especializado na área criminalista, basicamente advogados criminal defende clientes que estão sendo acusados de algum crime. E esses clientes podem ser culpados ou inocentes, e cabe a nós, independentemente do crime cometido, buscar uma defesa justa e dentro da lei ao acusado. É uma área na qual eu amo atuar, está paixão cresceu em mim desde muito novo, apesar dos inúmeros riscos enfrentados.

O motivo pelo qual eu ando rodeado de seguranças e zelo desesperadamente pela proteção dos meus filhos, é pelo fato de ser bom no que faço. É estranho pensar desta forma, mas é exatamente este o motivo. 

Eu sou um dos melhores, isso se não for o melhor advogado de Londres.

Todos casos que assumi, os culpados certamente foram encontrados, julgados e consequentemente foram para atrás das grades e os clientes automaticamente saíram satisfeitos com o meu trabalho.

Modéstia parte, estudei e me dediquei muito para ser bom no que faço. E eu posso dizer com convicção que eu sou muito bom.

Porém, recentemente, decidi apenas fiscalizar minha empresa e os advogados que nela atua e que prestam serviços.

Além de atuar para mim mesmo, presto serviços a alguns amigos como advogado empresarial, prestando assessoria jurídica, a fim de garantir segurança legal no planejamento e efetivação dos negócios. Elaborando e analisando contratos sociais de acordo com as necessidades da empresa, acompanhando processos cíveis, tributários e trabalhistas.

Por dois longos anos, tudo o que eu fiz foi mergulhar de cabeça em inúmeros, muitos trabalhos, tudo para não chegar em casa cedo e ter que olhar para meus três filhos.