Capítulo trinta e cinco (BÔNUS)

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*Hector narrando*

Acordei sentindo que não estou sozinho na cama, porém não abrir os olhos desesperado. Desta vez, eu tenho total consciência de quem está dormindo ao meu lado, sobre meu peitoral.

Abro meus olhos devagar e vi os cabelos ruivos de Hannah espalhados pelo travesseiro enquanto seus longos cílios tocam seu rosto suavemente. Ela ressonava com calma, profundamente adormecida, poderia ficar ali admirando sua beleza, mas não quero que Hannah flagre tal ato.

Por este motivo, levantei-me da cama fazendo de tudo para não acordá-la, assim como meus filhos.

Quase que involuntariamente, percorro seu corpo com o olhar em um gesto que está se tornando um hábito, no qual eu não me canso.

Olhar para Hannah é algo viciante e prazeroso, poder admirar sua beleza e aquele sorriso tão lindo e espontâneo, é um privilégio.

Hannah Parker é encantadora. Sua presença é viciante, como se fosse uma droga e eu dependente dela. Jurei que não deixaria nenhuma mulher se aproximar de mim, mas olhando agora, meu juramento havia sido totalmente em vão.

Ela entrou na vida dos meus filhos, fez com que eles a amasse de maneira tão pura. E agora, sinto que está fazendo o mesmo comigo.

Por diversas vezes tentei afasta-la, fazer com que ela me odiasse. Não queria Hannah tão perto, tendo a consciência do seu poder sobre mim. Parker me deixa vulnerável, faz com que surja sensações que a muito tempo não sentia, ela me desperta vários sentimentos.

Hannah é doce e merece alguém a altura, eu não quero mágoa-la, mas tenho certeza que se eu não me afastar, é isso que irá acontecer.

Fui longe demais dando um passo a diante, me deitando com ela e dormindo juntos na noite passada, ultrapassei de todos os limites entre chefe e funcionária, porém eu quis ajudá-la, por este motivo chamei as crianças para irmos até ela, fazer companhia. Não que tenha sido ruim, pois não foi, mas não é algo que pode e nem deve acontecer com frequência.

Não quero que Hannah se apaixone.

Não quero me apaixonar.

E eu sei que se continuarmos com está situação, sentimentos vão surgir. Gostar de alguém é algo muito complicado, e eu não quero isto.

Eu não quero ser uma filha da puta com ela, o que quer estamos tendo, é melhor se encerrar e não voltar a se repitir.

Respiro fundo e forço minhas pernas a se afastarem da cama, expulsando juntos meus pensamentos.

Caminhei até a porta, observei Hannah e meus filhos uma última vez, antes de sair e ir para o quarto ao lado, indo direto para o banheiro.

Aproveitei para fazer minha higiene matinal, lavei meu rosto e tomei um banho rápido. Peguei um roupão preto pendurado ao lado do box, vesti ele dando um nó na cintura.

No final da tarde, embarcaremos para o Havaí, me programei para ter um momento de lazer com meus filhos, quero que os três se divirtam. Hannah está nos acompanhando por precaução, para caso eu precise de sua ajuda com as crianças, não quero que nada nós atrapalhe, para que a viagem ocorra perfeitamente bem.

E eu espero que Hannah esteja melhor depois do acontecimento de ontem à noite, imagino o quão difícil deve ter sido reencontrar a mulher que lhe deu a vida e que a abandonou, ainda pequena.

Até pouco tempo não estava agindo como pai, mas eu me arrependo. Estou tentando concertar meus erros, me aproximar dos deles e assumir meu papel de pai na vida dos três.

Estupidamente ArroganteOnde histórias criam vida. Descubra agora