Estupidamente Arrogante

Capítulo trinta e seis

Murmuro baixinho enquanto espreguiço-me naquela enorme e espaçosa cama. Lentamente abro meus olhos, avalio o quarto, notando que Hector não se faz mais presente.

Bufo.

Acho que dormir além do esperado, afinal, estava fortemente cansada e acabei não notando quando e como Hector saiu.

Sento-me na cama e suspiro desaminada. Confesso que não esperava acordar e encontrar Hector ao meu lado, mas simplesmente não consigo me sentir menos desapontada.

Estou me sentindo uma completa idiota por pensar que acordaria com ele do meu lado, não temos nada, apenas fizemos sexo algumas vezes, ele não tem que acordar ao meu lado sempre que transarmos.

Tola!

Suspiro. Levo minhas mãos até meus cabelos e faço um coque no topo da cabeça. Jogo minhas pernas para fora da cama e levanto-me, caminhando em direção ao banheiro.

Passo pela porta do lavabo extremamente sonolenta, assim que encaro o banheiro, imediatamente sou surpreendida com um enorme buquê de flores em cima da pia de mármore. Senti um calor incessante em minha nuca junto ao um frio na barriga, me aproximei lentamente, sentindo meu coração bater acelerado e minhas mãos suarem desesperadamente.

Mordo meus lábios.

Pego o buquê de rosas vermelhas sorrindo, avaliando a beleza daquelas incríveis rosas e sentindo seu aroma delicioso invadir minhas narinas.

Com cuidado, deposito-as novamente sobre o mármore frio da pia e analiso o delicado cartão de mensagem ao lado.

Com as mãos trêmulas, alcanço o bilhete e o abro, encontrando uma caligrafia perfeitamente alinhada.

"Ruivinha,

Achei melhor deixar você descansar, por isto não a acordei. Estou com as crianças na piscina, espero ansiosamente em ver seu delicioso corpo dentro de um biquíni."

Automaticamente senti minhas bochechas queimarem e um nervosismo se instalar no meu corpo. Como Hector consegue ter esse poder sobre mim mesmo estando longe?

Ruivinha?

Céus, que diabos esse homem está fazendo comigo? Porque ele está agindo assim?

Eu não sei o que estamos tendo, se quando voltarmos para Londres iremos fingir esquecermos de tudo o que aconteceu e agir normalmente, como antes. Eu não sei. Não faço ideia.

A única certeza que tenho neste momento, é que Hector mexe comigo, ao extremo.

Respiro fundo, deixo o bilhete ao lado do buquê e resolvo fazer minha higiene pessoal. Tomo uma banho rápido, escovo meus dentes, lavo meus cabelos e os desembaraço.

Enrolo meu corpo dentro do roupão de banho na cor creme, pego as flores e vou para o quarto. Deposito-as na cama, admirando-as e pensando no rumo que minha vida está tomando, em que estou fazendo com ela.

Estou transando com meu chefe, e o pior, sentimentos por minha parte pode está surgindo. Céus, isto é tão errado! Eu quero fugir, nunca mais me aproximar de Hector, mas ao mesmo tempo, quero ficar em seus braços por toda eternidade.

O que estou fazendo com minha vida?

Respiro fundo e tento me concentrar na mala em minha frente. Jogo algumas roupas para fora da mesma, a procura do biquíni verde. Mordo meus lábios, ponderando se devo vesti-lo, por fim acabo vestindo um vermelho, passo protetor, deixo meus cabelos úmidos soltos e pego meu celular saindo do quarto.

O relógio do meu celular marca 14:48 PM, já está tarde, provavelmente as crianças e Hector já almoçaram e agora estão se divertindo neste lugar incrivelmente maravilhoso.