The Comeback

Capítulo 28

Já haviam passado 2 dias. Já tinha ido ao hospital por causa das dores e agora estava em casa. Tinha dito ao meu pai que não estava bem o suficiente para ir à polícia dar o meu testemunho ou sequer apresentar alguma queixa ou abrir um processo.

Porque, apesar disso ser em parte verdade... como é que eu ia explicar que fomos nós que "concordamos" em ser usados? Mesmo que dissesse a verdade ninguém ia acreditar em mim.

E não estava mal apenas por ter literalmente sido abandonada, mas sim porque a Catarina não estava com o meu pai. Nem com a polícia.

Felizmente, como sou eu que conto esta história, logo já sei o final, eu sei exatamente o que aconteceu com os outros enquanto eu estive "fora".

E provavelmente isto implica voltar um pouco atrás na história. Então... aqui vai: The Comeback - versão contada na primeira pessoa da narradora enquanto outras pessoas fazem as suas ações.

"- Sofia nós não podemos parar agora.

- Eu não vou conseguir.

- Professor, temos um problema. - disse o Berlim pelo comunicador. - A Sofia não vai conseguir chegar.

- Vais ter de a deixar. Não há outra maneira. É muito arriscado traze-la quando todos andam à procura dela. - respondeu o Professor.

Depois do Berlim me ter dito que voltaria para me ir buscar, de me deixar caída ainda dentro da área do festival e de ter corrido o final da maratona, foi o último a entrar na carrinha.

- A Sofia? - perguntou a Sara tirando a sua máscara.

- Tive de a deixar lá. - disse o Berlim.

- TU O QUÊ? - respondeu a Reh, tirando também a sua máscara.

Por esta vocês não esteravam hum?

- Teve de ser. Ela não conseguia correr mais.... - começou o Berlim.

- TU DEIXAS-TE A SOFIA SER APANHADA? SÓ PORQUE ELA, QUE FOI ESFAQUEADA NÃO CONSEGUIA CORRER? - perguntou a Catarina, que já tinha tirado a máscara assim como todos os outros.

Outra que também não estavam à espera hum?

Talvez, para que vocês entendam melhor, eu tenha de recuar um pouco mais a minha narração.

" - Ela não vai a lado nenhum. - disse a Reh puxando-me de volta, ainda com algum receio.

- O melhor é manteres-te longe disto princesa. - respondeu o Berlim deixando-a com uma expressão indignada.

- Deixa-te disto... e por favor diz-me que tens a Catarina. - disse eu com a esperança que ainda me restava.

- Não a tenho, mas sei quem tem e onde está. E é por isso que temos de ir. Agora.

- Sofia... - começou a Reh.

- Eu fico bem prometo.

Depois de eu e do Berlim termos ido embora, a Reh não podia ficar ali de braços cruzados. Então, fez o próprio plano dela: encontrar a Catarina para me salvar.