Capítulo 7

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- Pensar em como foi bonito ele ter-me drogado?

- Em como foi bonito ele... esquece.

- Ele o quê?

- Ok, eu não devia dizer-te isto mas... o Berlim pediu que tu ficasses com o quarto mais próximo ao dele, para se por acaso o Professor te quisesse fazer algo, ele estar ali para te proteger.

- Porquê?

- Porque ele gosta de ti.

- ELE GOSTA DE MIM?

- Fala baixo.

- Ele droga-me, rapta-me...

- Não se escolhe de quem se gosta. E tu irias fazer-lhe bem.

- Eu?

- Sim. Tu pareces ser uma rapariga bastante simpática. E o Berlim tem aquele lado obscuro dele... talvez tu conseguisses trazer o lado bom dele cá para fora.

- Eu não vou namorar com alguém apenas porque tu achas que sou simpática... mas obrigada pelo elogio.

- Eu também não de vou obrigar a namorares com ele... mas não podes negar que em algum momento não sentis-te que vocês formariam um bom casal.

- Hum... posso negar sim. Nunca pensei nisso...

- De qualquer das maneiras nem o Professor nem o Berlim podem saber que... - começou a Leonor, sendo interrompida.

- Nem o Professor nem o Berlim podem saber do quê? - disse o Professor, entrando na cozinha juntamente com o Berlim.

A Leonor estava atrapalhada e não sabia o que dizer, então eu tive de tomar iniciativa.

- Que eu tenho um fraquinho pelo António. - disse eu.

- Mas agora já sabem... - disse a Leonor.

- Por favor não lhe contem nada. - pedi eu, fingindo vergonha.

- Nós não contamos. - disse o Professor.

Nenhuma palavra saiu da boca do Berlim, mas eu não estava preparada para lidar com o facto dele gostar de mim.

- Eu vou andando. - disse eu secando as mãos a um pano e saindo da cozinha.

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