Capítulo 12

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- Isto é... - começou a Catarina tentando inventar uma desculpa.

- Isto é uma garrafa que a Sofia nos pediu para trazer. - disse a Sara.

- A Sofia pediu para trazer? - perguntei eu indignada.

- Sim, a Sofia PEDIU. - disse a Sara, fazendo-me entender o que é que ela queria.

- Ah pois... a Sofia pediu. - disse eu olhando para ele.

- Ela precisa de se animar sabes... o corte tirou-lhe bastante energia. - disse a Catarina.

- E elas aproveitaram para se animar comigo... quer dizer, não literalmente. Eu considero-as irmãs e isso seria extremamente estranho... mas tu entendes-te. - disse eu.

- E o Professor pode saber da vossa... fonte de ânimo? - perguntou ele fazendo com que eu e a Sara arregalassemos os olhos.

- Se achas que isto é a nossa fonte de ânimo é porque nunca dormiste com uma de nós. - disse a Catarina. Onde é que se carrega para esta rapariga parar de pensar em homens?

- Ignora-a, já é o efeito do ânimo. - disse a Sara.

- Mas por favor, não contes. - disse eu.

- E o que ganharia eu em troca? - perguntou o Berlim.

- Isso seria algo para tu e a Sofia falarem em privado não é... não nos metam nisso. - disse a Catarina.

- Catarina, já está na hora de ficares calada. - disse a Sara.

E ali entendi, que talvez para o Berlim me fazer aquele favor, eu teria de pensar como a Catarina.

- O que queres em troca? - perguntei-lhe.

- O que me quiseres dar. - disse ele a sorrir.

- Eu dou-te o que quiseres.

- EPAAAA! VAMOS COM CALMA! - gritou a Catarina.

- Então vai ter de pedir à Leonor para te meter outra ligadura amanhã assim que as duas acordarem. Preciso de ti para o próximo assalto. - disse o Berlim.

- Porque precisas de mim? - perguntei.

- Porque eu preciso que pelo menos um assalto te corra bem. - disse ele indo em direção à porta do quarto.

- Mas vão haver muitos assaltos. - disse eu.

- Mas eu quero que estejas lá em todos. - disse ele. - E agora está na hora de vocês dormirem.

Ele saiu do quarto e o silêncio instalou-se ali, por pouco tempo.

- Eu estou a sentir-me uma vela. - disse a Catarina.

- E consegues convencê-lo a fazer o que quiseres, ou seja, o plano pode dar certo. - disse a Sara.

Depois de uma longa conversa sobre como seria o plano, acabamos por adormecer todas deitadas na minha cama.

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