Capítulo 23

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Suspirei e olhei para a Reh, que ficou mais ou menos com a cara do empregado.

- Tu só me fazes ter mais problemas. - disse o Berlim puxando-me.

- Ela não vai a lado nenhum. - disse a Reh puxando-me de volta, ainda com algum receio.

- O melhor é manteres-te longe disto princesa. - respondeu o Berlim deixando-a com uma expressão indignada.

- Deixa-te disto... e por favor diz-me que tens a Catarina. - disse eu com a esperança que ainda me restava.

- Não a tenho, mas sei quem tem e onde está. E é por isso que temos de ir. Agora.

- Sofia... - começou a Reh.

- Eu fico bem prometo.

O Berlim deu-me a mão e juntos fomos para uma área bastante afastada da que estavamos. Quando chegamos as únicas pessoas à nossa vista eram o grupo.

- SOFIA! - gritou a Sara vindo abraçar-me.

- Não temos tempo para isto. - disse o Professor que claramente estava irritado.

- Foste vista por alguém? - perguntou a Leonor.

- Foi. - disse o Berlim, respondendo por mim.

- Desculpem eu... - comecei.

- Não peças desculpa. - disse o Professor. - Já estragas-te o plano o suficiente. A Catarina está com o teu pai.

O meu mundo caiu naquele momento. Eu realmente estraguei tudo o que eles tinham planeado... e o que eu tinha planeado. Eu não a protegi. Não me protegi. E não os protegi a eles.

- O que vamos fazer? - perguntou o Berlim.

- Usar a única alternativa que temos. - respondeu o Professor.

- Fazer barulho. - disse a Leonor dando a mochila do Berlim ao mesmo.

- E acham que vai resultar? - voltou a perguntar o Berlim.

- Mas vocês estão a falar sobre...? - perguntou a Sara.

- Nenhum de vocês se atreva a dizer uma única palavra. - ameaçou o Professor.

Enquanto o Berlim, o Professor e a Leonor falavam sobre o tal plano de "fazer barulho", eu continuava parada no mesmo sítio ainda a tentar digerir a minha situação. Não ouvi absolutamente nada do que foi dito, apenas fiquei presa no meu mundinho.

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