- Boa tarde menina. - disse o homem de fato, guiando-me até á minha cadeira. - não estou aqui para julga-la sim? Apenas preciso que me responda a algumas perguntas.
- Tudo bem. - disse eu limpando algumas lágrimas que insistiam em cair dos meus olhos.
- Primeiramente preciso de saber o que é que contou ao seu pai. Nada do que contar saí daqui.
Eu suspirei fundo e ajeitei-me na cadeira. Eu sabia que aquilo era mentira, mas era bom alguém estar a ser minimamente simpático comigo.
- Eu tinha-lhe dito que não sabia nada sobre a minha irmã, o que não é mentira nenhuma porque eu realmente não sei onde é que ela possa estar. Também tinha dito que não sabia quem eram os autores do meu rapto.... Apenas sabia quem era o Berlim... E que ele nunca tinha feito nada de mal.
- E posso saber porque é que apenas afirmou que o primeiro não era mentira?
Eu fiquei calada e respirei fundo.
- Eu... Eu não consigo. - disse tapando a cara com as mãos. Eu já não tinha escapatória.
Respirei fundo mais uma vez e senti a mão do homem a fazer-me um pequeno carinho no braço.
- Está tudo bem. E vou apenas pedir-lhe um favor... - começou.
- Qual é?
- Fique calma.
Assim que ele diz isto o polícia tinha a arma do bolso, aponta-a na direção da única câmera de vigilância da sala e dispara. Eu obviamente encolho-me com o susto e fecho os olhos, porque realmente era a última coisa que eu estava á espera. Até que senti alguém levantar-me da cadeira, o que me fez olhar para cima.
- Berlim? - perguntei, abraçando-o no mesmo segundo.
- Eu prometi que te vinha buscar. - respondeu, abraçando-me de volta.
Ficamos ali abraçados durante algum tempo. Eu não conseguia acreditar que ele realmente estava ali.
- Já está tudo bem. - sussurrou ele ao meu ouvido, já que não o queria soltar, mas infelizmente isso não durou muito tempo.
- Berlim, temos de ir. - disse o tal homem.
- Anda. - disse-me ele, soltando-me do abraço mas segurando-me a mão.
Fui guiada para fora da sala e saímos normalmente, eu sem aljemas que me haviam sido tiradas pelo tal homem e o Berlim sem o capacete. Chegamos lá fora e estava apenas o carro vermelho que o Professor usava para, segundo ele "ir tratar de assuntos importantes".
Entrámos os 3 no carro e ficámos um pouco à espera.
- Porque é que estamos parados? - perguntei ao Berlim, que estava no lugar do condutor
- Estamos à espera de uma pessoa. - respondeu o homem que estava comigo nos bancos de trás. - e peço desculpa não me ter apresentado logo, sou o Miguel.
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The Comeback
FanfictionDepois de La Casa de Papel, eles voltaram. The Comeback tem uma adaptação, The Comeback (The Revamp) que é uma versão adaptada da história, contada de perspectivas diferentes. Ambas as histórias têm personagens e contextos de La Casa de Papel, não s...