Capítulo 62

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A Leonor lá conseguiu acudir todos os pedidos feitos por nós, mas apenas depois do almoço e de uma tarde muito longa a ouvir-nos discutir sobre quem é que deveria levar qual vestido.

Os rapazes rapidamente se despacharam, afinal, era só usar um chapéu ou uns óculos de sol, mesmo que fosse para ir a um bar a noite, há sempre a desculpa do "estilo". Também para eles era fácil, já que u se importava com o que vestir, então simplesmente escolheram as primeiras opções que apareceram.

Mas nós, já foi outra história. Isto porque, pela lógica, nós deveríamos ir com roupas diferentes das nossas habituais, para evitar sermos reconhecidas. Infelizmente isso era praticamente impossível já que todas nós tínhamos estilos bastante parecidos, com      roupa um pouco mais larga ou de vez em quando um top ou algo do gênero..... E a Leonor só tinha vestidos. Uma coisa era irmos em missão, outra coisa era sabermos o que iríamos fazer quando lá chegassemos. Ou pelo menos ter uma ideia.

Havia vestidos mais "tapados", que escondiam mais o nosso corpo, sem muitos decotes e minimamente compridos. Outros eram extremamente curtos e mostravam bastante o corpo. Era do 8 ao 80. Havia apenas um conjunto com umas calças e um top menos revelador, mas a Leonor deixou logo bem claro que seria ela a usar.

Eu, a Reh, a Catarina e a Sara discutimos bastante tempo, para saber quem iria levar qual vestido. Mas não conseguimos chegar a nenhuma conclusão. Fomos interrompidas pelo Professor e pelo Berlim, que adivinhem, não bateram á porta.

- O que é que se passa? - perguntou o Professor.

- Não conseguimos decidir quem quer ser uma puta hoje e quem não quer. - disse a Catarina, sentando-se na cama e já farta da discussão.

- Leonor? - perguntou o Professor, mais uma vez.

- Já não me meto nisso, estamos aqui á umas três horas e elas não de decidiram. São as quatro teimosas.

- Para quê tanto drama? É só fazer isto. - começou o Berlim, agarrando nos 4 vestidos que estavam em cima da cama e distribuindo-os por nós, olhando minimamente para cada um deles antes de os meter nas nossas mãos.

- Ok. Então fica assim. - disse a Sara, que tinha ficado com o vestido menos curto.

- Filho da puta... - sussurrei.

- O que foi? Não gostaste? Escolhi com tanto amor e carinho. - perguntou o Berlim, ironicamente.

- Tu deste-me o mais curto.

- Dei? Nem reparei. Bom, pelo menos já tens o que usar. E apressem-se se não não vamos a lugar nenhum.

Ele saiu do quarto e foi seguido pelo Professor. Eu ia mata-lo.

- Não há trocas. - disse a Reh depois de me ter visto a olhar para o vestido dela, que era o que eu queria.

Dei-me por vencida e fui até a um dos quartos, tal como as outras, e comecei a vestir-me. Depois maquilhei-me e meti a peruca. É.... Eu realmente parecia uma puta. Saí do quarto e fui até a sala, onde encontrei todos á minha espera e á da Catarina.

O Berlim sorriu ao olhar para mim. Aquele sorrisinho que ele dá quando consegue o que quer. Ele que nem ousasse irritar-me.

Depois de mais alguns minutos, a Catarina apareceu e podemos todos sair. Haviam 3 carros estacionados em frente a casa, já que apartir de agora não iríamos usar a carrinha, por motivos óbvios.

- O Berlim vai no carro com o António, a Reh e o Finn, eu com a Sofia, a Catarina e a Sara e o Professor com o Miguel e o Pedro. - disse a Leonor.

- Vão separar os casais todos? - perguntou a Catarina.

- Sim. - disse a Leonor, entrando no carro.

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