Capítulo 41

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- Ok eu tenho de vos contar uma novidade. - disse a Reh sentando-se na cama.

Por favor que não fosse a novidade que eu estava a pensar. Por favor que não fosse a novidade que eu estava a pensar. Por favor que não fosse a novidade que eu estava a pensar. Por favor que não fosse a novidade que eu estava a pensar.

- O que foi? - perguntou a Catarina, que para além de curiosa ainda era fofoqueira.

- O Miguel confirmou-me. Ele e o António realmente têm algo. - disse a Reh sorrindo.

Muito obrigada meu Deus por todo o apoio e preocupação nunca mais falto á missa amém.

- O único casal que não me desaponta.... - comentou a Catarina olhando para mim.

- Mas vocês duvidavam que eles tinham algo? Quer dizer, estão sempre juntinhos... Eu pelo menos já não duvidava. - disse eu, desviando o assunto.

- Estar sempre juntos não significa ser um casal. - disse a Reh.

Claro que não. Obviamente que não. E esperemos que tu e o Berlim sejam exatamente isso. Não um casal.

- Sim... Mas dá para perceber quando há algo. - disse eu, tentando não parecer muito direta.

- O problema é que o António não nos quer contar.... Acho que ele se sente inseguro. - disse a Reh.

- Temos de o apoiar. - disse a Catarina.

- Ele tem estado um pouco afastado de mim. - disse eu.

- Claro... Mentiste ao macho e ele ameaçou-o. - disse a Catarina.

- Quem mentiu a quem? - perguntou a Reh.

- Quando a bonita aqui descubriu que o Berlim gostava dela, mentiu para ele não desconfiar que ela sabia... O problema é que a mentira foi que ela gostava do António. Não duvido que o Berlim o tenha ameaçado. - explicou a Catarina.

- Por falar em Berlim... - começou a Reh.

- Seria agora boa altura para dizer que não me interessa? - disse eu.

- Aí Sofiazinha..... - disse a Catarina puxando-me para um abraço. - Tu és burra mesmo. O ladrão bonito quer estar contigo e tu vais dizer-lhe que ele rapta, viola e vende mulheres?

- Tecnicamente... Eu não lhe disse. Não tenho culpa de nesta casa as portas serem invisíveis. - disse eu soltando-me do abraço.

- Mas de qualquer das maneiras... Se era isso que pensavas podias ter dito logo... Eu não te shippava. - disse a Catarina. - Agora que tu já estás, ele partiu para outra.

- Hum.... Não. - disse a Reh, já que a Catarina olhava para ela.

- Vocês são o casal Miguel e António versão heterossexual. - disse a Catarina.

Aquela tinha doído. E muito.

- Eu e o Berlim não temos nada. - disse a Reh. - Eu sempre te achei maluca mas agora passou dos limites.

- Eu sou praticamente uma daquelas mulheres que lê as mãos na feira. - disse a Catarina.

- Coitadas das pessoas... - comentei.

Naquele momento a porta do quarto abriu. Sem baterem. Obviamente.

- A Sara já saiu do banho, agora tem de ir uma de vocês. Rápido. - disse o Berlim.

- Deves estar com pressa. - disse a Reh.

- Até estou. - respondeu ele.

- Eu avisei.... - disse a Catarina, fazendo a Reh revirar os olhos.

- Querem saber? Eu vou tomar banho. - disse eu saindo do quarto. A última coisa que queria era estar a ouvir os comentários entre eles.

Eu não podia ficar com raiva. Muito menos dela. Mas magoava-me tanto. Porque? Porque é que me magoava? Eu... Eu não gostava dele....

The ComebackOnde histórias criam vida. Descubra agora