Passaram-se 3 dias desde que tínhamos acordado ficar do lado deles. Graças à Leonor todos tinhamos roupas suficientes para usar-mos, havia comida e os quartos até eram confortáveis.
Eu tinha acabado de acordar, levantei-me e fui escolher a roupa que ia usar naquele dia, já que provavelmente alguém estaria a usar as casas de banho. A casa tinha um primeiro andar, que era onde ficavam os quartos. Neste primeiro andar haviam duas casas de banho que eram usadas por todos nós e uma no quarto onde dormiram a Leonor e o Professor, que era apenas para eles. Uma das casas de banho era usada por nós, raparigas e a outra era usada pelos rapazes, apesar do Berlim ter um pouco mais de prioridade. Até aí eu não me importaria, se a Catarina e a Sara não demorassem tanto tempo na casa de banho. Elas metem-se a dançar em frente ao espelho, a tomar banhos de 2 horas, secar e hidratar o cabelo e dou graças a Deus por não terem aqui a maquiagem.
Sentei-me na cama e fiquei um pouco à espera, sem literalmente nada para fazer. Os telemóveis também nos tinham sido tirados, já que qualquer um podia facilmente localizalos.
Depois da espera de 5 minutos que eu lhes dava, levantei-me e quando me ia dirigir à porta, ela abre revelando o Finn.
- Da próxima vez bate. - disse eu aproximando-me, já que me queria despachar.
- Estou com pressa, não tenho muito tempo para lidar com as tuas reclamações. - disse ele. - mas a Sara pediu para de avisar que foi agora para a casa de banho.
- Tu és mesmo querido sabias? - disse eu irônica.
- Eu sei que sou. - disse ele, começando a fechar de novo a porta.
- Diz à Sara para tomar no cu. - disse eu voltando a sentar-me.
Depois de conseguir ir à casa de banho e de me preparar desci as escadas e fui até a cozinha.
- Bom dia. - disse eu encontrando o António pelo caminho.
- Tu a dizeres bom dia? Estás bem? - perguntou ele.
- Tu és tão engraçado. - disse eu, mais uma vez irônica.
De manhã eu ficava de mau humor, então o mínimo ato de bondade que eu tinha era um milagre.
Depois de muito tempo, todos estavam sentados à mesa e a comer.
- Finn, disseste o que eu te mandei? - perguntei eu.
- O que é que tu mandas-te ele dizer? - perguntou a Sara.
- A Sofia mandou-te ir tomar no cu. - disse o Finn como se aquilo fosse normal.
- Eu não aguento mais esperar por vocês as duas! - disse eu para a Catarina e para a Sara.
- Tu podes entrar quando quiseres, já me viste nua. - disse a Catarina.
- Então estas a convidar-me para tomar banho contigo é? - perguntei.
- Também, vamos com calma né. - disse a Catarina a rir-se. - Já há aqui pessoas a quererem tomar banho contigo e eu não vou roubar o lugar de ninguém.
- Catarina... - comecei eu. - vai tomar no cu tu também.
- Amanhã vocês vão fazer o vosso primeiro assalto. - disse o Professor, deixando-nos confusos.
- Assalto? Ninguém disse que nós iamos ter de fazer um assalto. - disse o António.
- Eu ainda não vos posso contar o plano todo mas... vocês vão ter de começar a fazer barulho. E preparem-se: este vai ser o primeiro de muitos. - disse o Professor.
- Nós mal sabemos cozinhar, quanto mais segurar uma arma. - disse a Catarina.
- Ninguém disse que vos iamos dar uma arma. - disse o Berlim.
Eu segurei o riso, olhei para a Catarina e coloquei a mão no peito.
- Não fizes-te bem ontem a noite, agora ele está de mau humor. - sussorou ela.
A minha vontade era de lhe dar uma chapada, mas eu sou uma boa irmã e ótima pessoa......... e ela estava afastada de mim.
- E isto vai ser um teste de confiança para vocês. - disse a Leonor.
- Mas o Berlim vai convosco, de qualquer das maneiras. - disse o Professor.
- Mas logo à tarde falaremos disso melhor. Sofia, é a nossa vez de lavar a louça. - disse a Leonor levantando-se e pegando nos pratos.
Eu fiz exatamente o mesmo que ela e quando me dei conta, já só estavamos nós sozinhas. Tudo estava em silêncio total até que ela decidiu puxar assunto.
- Eu ouvi. - disse a Leonor.
- Ouvis-te o quê? - perguntei confusa.
- O que a Catarina disse sobre tu e o Berlim. - disse ela.
- A Catarina acha que eu e ele temos alguma coisa. - disse eu começando a passar os pratos por água.
- E o que é que tu achas disso? - perguntou a Leonor, pegando no prato que eu tinha acabado de lavar e secando.
- Acho que é fruto da imaginação dela.
- Porque achas isso?
- Porque o Berlim drogou-me e trouxe-me para aqui? - perguntei eu tentando parecer óbvia.
- Ele não teve escolha... mas é justo.
- Como assim ele não teve escolha?
- Ele foi obrigado. Foi melhor estares drogada do que te-lo visto a apontar-te uma pistola aos rins.
- Mas porquê eu?
- Tu és a filhinha de ouro do papá.
- Eu? Vocês devem ter-se confundido.
- Tu tinhas 30 chamadas não atendidas dele no teu telemóvel. A tua irmã 2.
- Mas porque é que...
- Já são muitas perguntas... mas eu acho que devias pensar sobre isso do Berlim.
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The Comeback
FanfictionDepois de La Casa de Papel, eles voltaram. The Comeback tem uma adaptação, The Comeback (The Revamp) que é uma versão adaptada da história, contada de perspectivas diferentes. Ambas as histórias têm personagens e contextos de La Casa de Papel, não s...