The Comeback

Capítulo 50 - o ponto de vista da Reh

Vou já começar por dizer que sim, eu trouxe o Pedro comigo independentemente de vocês quererem ouvir as histórias por separado porque ele me vai ajudar a narrar. E que deveria ser a Catarina agora a vir narrar, mas ela não quis sair do quarto.

Então, tudo começou quando a Leonor nos veio falar sobre um tal plano sobre uma tal missão. Eu sinceramente não entendi muito bem o que é que ela queria, mas como não entendo a maior parte dos planos limitei-me a fazer o que faço sempre: seguir os outros.

Depois de estarmos todos prontos, de escrevermos o bilhete para a Sofia e o Berlim e de entrarmos no restaurante, eu não me pude deixar indiferente. O Pedro estava lá a servir á mesa e veio logo servir-me a mim e a Catarina que tínhamos sido sentadas juntas pela Leonor. Nós já nos conhecíamos á bastante tempo e por acaso era suposto encontrarmo-nos no festival, o que não aconteceu por motivos que vocês já sabem.

Ele reconheceu-me mesmo estando mascarada e pediu-me para irmos lá para fora porque queria conversar comigo. E eu fui.

- Reh? És... És mesmo tu? - perguntou ele assim que saímos do restaurante.

- Sim. - respondi, sorrindo.

Ele abraçou-me e ficamos assim durante algum tempo.

- Eu sabia que estavas no festival... Não consegui lá chegar a tempo e... Depois aconteceu tudo aquilo dos ladrões. Eu... Eu não sabia o que te tinha acontecido. - disse ele.

- Pois... Sobre isso....

Nesse momento a Catarina saiu do restaurante.

- TU ESTÁS MALUCA? - gritou ela.

- Fala baixo. - disse eu.

Naquele momento saíram também todos os outros. E o que era para ser um reencontro bonito acabou por... Enfim.

- Reh? Eu não acredito. - disse a Leonor.

- Eu só vim cá para fora falar com ele! - disse eu.

- E o plano???? - perguntou a Catarina.

- Eu não estou a encomodar absolutamente ninguém. - disse eu, já começando a ficar irritada.

- Reh... Tu estás... Eles são... - começou o Pedro quando entendeu com quem é que eu estava, reconhecendo a cara do Professor.

- Tem calma sim? Eles não me fizeram mal. Nem a mim nem a ninguém. - disse eu.

- Apenas... Vamos embora sim? - disse a Leonor.

- Como assim vamos embora? Onde é que está a parte de que todos estão contra ela? - perguntou a Catarina.

- Não temos tempo para isto agora. - disse o António.

- Não, eu quero saber. A mínima coisa que eu faço é motivo de discussões a dizerem que eu estou a estragar o plano. ENQUANTO QUE A REH E A SOFIA FAZEM O QUE QUEREM E LHES APETECE E NUNCA NINGUÉM LHES FAZ ABSOLUTAMENTE NADA! - disse a Catarina.

- ISSO É MENTIRA E TU SABES! - disse eu.

Enquanto nós discutiamos, estava a Leonor a andar a porrada com uma outra mulher... Eu sinceramente nem prestei atenção a isso.

- NÃO, NÃO É MENTIRA. Eu nem sei porque é que tu cá estás mais eles sempre te trataram bem. - começou a Catarina. - E a Sofia que só tem de existir para a Leonor e o Berlim lhe darem atenção!

- Estás a ser infantil. - disse eu.

- Ela tem razão Catarina, acalma-te. - disse a Sara.

- Eu não me vou acalmar! EU JÁ ESTOU FARTA DE TUDO ISTO! DIGAM-ME: O QUE É QUE É PRECISO FAZER? O QUE É QUE A REH FAZ QUE EU NÃO FAÇO PARA SER SEMPRE MELHOR TRATADA?

- NÃO SOU INFANTIL E NÃO FAÇO FIGURAS TRISTES!

- OH... ESPERA ENTÃO SE CALHAR JÁ SEI, NAQUELE TEMPO EM QUE A SOFIA E O BERLIM ESTAVAM ZANGADOS TU ANDASTE-TE A FAZER A ELE NÃO FOI?

Eu ia-me mandar a ela, mas fui puxada para trás pelo Pedro. E nesse momento o Professor começou a gritar e a mandar-nos para a carrinha... E foi aí que a Leonor mandou o Pedro entrar também.

- E por acaso sabes porque é que a Leonor vos escolheu aleatoriamente para virem para aqui? - perguntou o Berlim.

- Não. - respondi.

- Ela não quer falar com ninguém pois não? - perguntou a Sofia e eu neguei com a cabeça.

- E tu? - perguntou o Berlim, olhando para o Pedro.

- Sim?

- Achas bem estares aqui?

- A Leonor já falou comigo e pediu-me para não contar nada.

O Berlim suspirou.

- Precisam de mais alguma coisa? - perguntei.

- Não. - respondeu o Berlim.