- Eu não lhe ligo porque provavelmente foi a Catarina que lhe meteu isso na cabeça e há muitos mais quartos e pessoas com quem eu posso partilhar. - disse eu.
- Não foi isso que eu ouvi á bocado... - comentou o Berlim, o que me fez corar.
Sim, talvez eu tenha dito que preferia beijar ou fazer outras coisas com o Berlim do que olhar para o meu pai, mas ele não precisava de comentar sobre isso.
- Corou, perdeu o argumento. - disse o Miguel.
- A Catarina disse que era para eu vos shippar mas nunca achei que fosse assim tão sério. - disse a Reh.
- Nem vou comentar. - disse eu.
- Estás a falar muito mas tu também me usas-te para que os teus amigos fossem ao concerto. - disse o Berlim.
- Sim fofinho, mas tu aceitas-te e que eu me lembre nessa noite até ficamos a descobrir umas coisinhas não é... - comecei.
- Falamos melhor quando chegarmos fofinha. - disse o Berlim sorrindo.
- Meu Deus eu sou muito vela. - comentou a Reh levando uma chapada atrás da cabeça.
- E tu Miguel... Como vieste aqui parar? - perguntei fugindo daquele assunto.
- Eu já conhecia o Professor.... Ajudei bastante na parte dos hacks para obterem informações... Por isso sabíamos onde é que vocês estavam naquela noite. - respondeu ele.
- As localizações dos nossos telemóveis... - comentei. - inclusive, quando é que eu posso ter o meu de volta?
- Nunca. - respondeu o Berlim.
- Porquê? - perguntei fingindo uma voz triste.
- Porque assim como ele fez, a polícia pode localizar-te.
- Então o que fizeste com o meu telemóvel?
- Deitei fora. Assim como todos os outros.
- EU PAGUEI CARO NAQUILO!
- Felizmente tenho uma cópia de todos os telemóveis no meu computador. - comentou o Miguel.
- TU TENS O QUÊ? - perguntei.
- Ui.... O que é que lá tinhas? - perguntou a Reh.
- As minhas conversas.... AQUELAS CONVERSAS! Com o..... - comecei e nem tive de dizer mais, porque ela começou a rir.
- NÃO TEM GRAÇA! - disse eu revoltada.
- Que conversas? - perguntou o Berlim.
- Não te interessa. - disse eu.
- Umas conversas aí com um amiguinho dela... - começou a Reh.
- Já sei quais são. - disse o Miguel.
Tapei a minha cara com as mãos do nível de vergonha que sentia. Felizmente eu já conhecia aquele caminho, a casa não ia estar muito longe. Finalmente eu ia estar de volta.
O meu coração estava quase a sair-me pela boca quando vi a casa mesmo á nossa frente... E principalmente quem estava em frente a ela à minha espera.
Assim que o Berlim parou o carro eu saí e corri para abraçar a Catarina, que fez o mesmo.
- Nunca mais na tua vida me faças isto. - digo.
- Não prometo nada. - disse ela.
Cumprimentei todos. As minhas saudades eram enormes. Mas chegou a vez do Professor. Fiquei parada em frente a ele porque não sabia o que fazer.
- Acho que... Nós os dois começámos errado um com o outro. - disse ele.
- Também acho.
- Desculpa ter mandado o Berlim deixar-te para trás. Eu estava irritado.... E não pensei.
- Desculpa não ter seguido as regras. Eu devia ter ouvido desde o início...
Ele esticou-me a mão e eu apertei-a, sorrindo.
- Bom... Mas por mais que eu esteja com saudades vossas... Eu estou a morrer de fome, não comi o dia inteiro. - disse eu.
- Sabes onde é a cozinha... E acho que é melhor depois disso todos irmos para a sala. Temos vários assuntos para tratar. - disse a Leonor.
Fui até a cozinha e fiz uma sandes, apenas para ir para a sala... Realmente tínhamos muito que falar.
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The Comeback
FanfictionDepois de La Casa de Papel, eles voltaram. The Comeback tem uma adaptação, The Comeback (The Revamp) que é uma versão adaptada da história, contada de perspectivas diferentes. Ambas as histórias têm personagens e contextos de La Casa de Papel, não s...