Capítulo 38

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Todos nos sentamos nos sofás da sala, como sempre, ficando apenas a Leonor e o Professor em pé, como sempre.

O Berlim veio sentar-se ao meu lado direito e a Catarina ao meu lado esquerdo, estando a Reh ao lado dela.

- Bom... Como já devem ter reparado há novos membros... A Reh e o Miguel, que com o tempo todos vão ficar a conhecer melhor. - começou o Professor.

- Com tudo o que aconteceu já não vamos assaltar mais nada. - disse a Leonor.

- Então agora vamos só ficar aqui a existir? - perguntou o Finn.

- Não. Vamos fazer coisas fora daqui para que todos fiquem livres. - disse o Professor.

- Missões? - perguntou a Sara.

- Basicamente. - respondeu a Leonor.

- E os nossos macacões vermelhos? - perguntei.

- Estás triste porque não vais puder usar o macacão e vais ter de usar roupa normal? - perguntou o Finn.

- Tu tens noção o quão bonita é que eu ficava no macacão? - perguntei.

- Todas ficávamos. - disse a Catarina.

- Nunca disse o contrário. - disse eu.

- Os macacões ainda serão usados, mas não tantas vezes. - disse a Leonor.

- As vossas "missões" serão dadas por mim e todas serão igualmente importantes. - disse o Professor.

- Então em vez do Berlim ser o cachorro do Professor vamos ter de ser todos? - perguntei.

- Tu tens tanta sorte de eu já não te puder chamar menina mimada... - disse ele.

- Não vão começar aqui pois não? - perguntou a Catarina.

- Sim, isto é um local de convivência. - disse a Reh.

- Tão engraçadas as meninas. Só falta os fatos de palhaças. - disse eu.

Depois de eu dizer isso a Catarina tentou morder a minha sandes, mas eu fui mais rápida a levantar-me, então ela acabou por cair praticamente em cima do Berlim.

- PUTA! - gritou, enquanto se levantava.

Assim que se conseguiu levantar começou a correr atrás de mim, então eu comecei a fugir. O Professor tentava mandar-nos parar, mas em vão, porque o resto da sala estava a rir e a ajudar uma ou outra a passar por alguns "obstáculos".

Ficámos naquela parte em que apenas está algo entre nós, ou seja, independente do lado que se escolha, é apenas dar a volta e apanhar facilmente. O problema era que o que estava no meio de nós, era o sofá onde estavam a Reh e o Berlim.

- NINGUÉM ME ROUBA A MINHA SANDES! - disse eu.

- QUEM É A BURRA QUE ME DEIXA CAIR PARA CIMA DO CRUSH???? AINDA TE ROUBAVA O MACHO E TU NEM DAVAS CONTA! - disse a Catarina.

O que eu não estava á espera era que ela começasse a correr para a minha direita, apanhando-me de surpresa e não me dando tempo suficiente para fugir. Ela agarrou em mim e empurrou-me para o sofá. Para o colo do Berlim.

Eu comecei a ter um ataque de riso e ela também, mas logo percebi que ele me estava a segurar para não cair e olhava-me fixamente para os olhos, com um sorriso na cara.

Enquanto os outros estavam muito ocupados a rir do ataque de riso da Catarina, eu e o Berlim tínhamos os olhos um no outro.

- Salvei-te. Outra vez. - disse ele sorrindo, arrancando um sorriso de mim também.

Eu acho que ambos nos perdemos no olhar um do outro, porque quando eu voltei para a realidade, já todos se tinham calado e observavam-nos em silêncio.

- Hum... Eu também tenho de falar sobre um assunto. - disse eu levantando-me do colo do Berlim. - ouvi dizer que o meu quarto foi roubado. Porque nesta casa só me roubam. Ou tentam... - olhei para a Catarina.

- Bom.... Todos os quartos com menos de 2 pessoa estam livres... Mas o quarto que tem a cama maior... Sem ser o nosso... É o do Berlim. - disse a Leonor.

- E não posso ficar com a Catarina? - perguntei.

- Não. - respondeu ela.

- Porque não? - perguntei.

- Sabem que mais.... Acho que agora é hora de uma reunião nossa. De raparigas. - disse a Reh.

A Catarina e a Reh puxaram-me pelas escadas, enquanto que éramos seguidas pela Sara e pela Leonor.

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