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— Todos estão bem? — perguntou recebendo resposta afirmativa. — Ótimo, isso tudo vai terminar logo.

— O que está acontecendo, Vossa Majestade? — uma empregada perguntou, assustada.

— Estamos sendo atacados, mas não se preocupem, eles não conseguirão entrar — garantiu.

A porta foi aberta. O guarda que mandou buscar quantas pessoas conseguisse, havia retornado com algumas dezenas delas.

— Não há mais ninguém, Vossa Majestade — anunciou, trancando a grande porta. — Alguns fugiram quando perceberam o ataque, todos que permaneceram no Castelo estão aqui.

Rose olhou ao redor e espantou-se.

— Onde está o Daehan?

Todos se entreolharam.

— Onde está o meu irmão? — Voltou a perguntar, dessa vez mais alto.

Os sons de luta ao lado de fora eram audíveis, mesmo de dentro das grandes paredes de pedra.

— Ele havia ido aos estábulos — uma empregada falou.

— O quê? Quando? — Rose se aproximou dela.

— Alguns minutos antes do ataque.

Ao ouvir aquelas palavras, Rose correu para a varanda, sendo seguida rapidamente por Robert que a disse para não ir, pois poderia ser atingida por uma flecha.

Homens lutavam no pátio ao longe. Rose correu os olhos por todos que estavam lutando e se espantou quando viu a espada dourada de Daehan no meio da luta. Ela sabia que era ele.

— Não — falou e entrou correndo.

— O que você vai fazer? — Robert perguntou, enquanto assistia Rose rasgar algumas das várias saias de seu vestido.

— O que você acha? — Andou até o lado oposto do quarto, onde deixava sua espada pendurada.

— Não pode ir, Rose — Robert falou rapidamente.

— Eu posso e eu vou — falou decidida e andou na direção da porta.

— Rose, é perigoso. Você precisa ficar aqui. — Ele a segurou pelo braço.

— Qual é o seu problema? — Ela soltou seu braço da mão de Robert.

— Eu estou apenas tentando te proteger, Rose — ele rebateu. — Você é a Rainha, eles estão aqui por você, não pode sair assim. O trabalho de seus guardas é protegê-la a todo custo.

— Eu não vou ficar trancada aqui como uma covarde enquanto meus homens lutam e morrem por mim, Robert — ela falou séria. — Eu não sou esse tipo de rainha. O Daehan está lá.

— Rose — Thomas, que assistia toda aquela discussão, tentou argumentar.

— Você fica aqui. — Ela o encarou. — Ninguém sai desse quarto enquanto não estiver tudo resolvido, entenderam? — Sua voz deixava claro que não deveria ser contrariada.

Todos concordaram e ela saiu dos aposentos, sendo seguida por Hames e Bryn.

Andou com cautela por entre os corredores, não sabia se havia algum dos assassinos dentro do Castelo. Passou pelo salão principal, a sala do Conselho, a sala do trono, não havia ninguém ali. Mas, quando foi se aproximando da enorme porta de entrada do Castelo, ouviu gritos e viu um grupo de assassinos vindo em sua direção.

Hames e Bryn se apressaram em se posicionar na frente de Rose para protegê-la, e foram de encontro aos homens que vinham decididos em matar a Rainha.

A Rainha de Ennord Onde histórias criam vida. Descubra agora