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— Que idiota — Thomas falou irritado. Daehan continuava calmo, assistindo aquela cena.

Rose deu o último gole em sua bebida, tirou algumas dezenas de moedas de ouro e colocou sobre o balcão. Cherry agradeceu e mandou o tal homem deixar Rose em paz. O que não aconteceu. Ele agora mexia com uma mecha de cabelo cacheado de Rose que se desprendeu de seu penteado.

— Não toque em mim — Rose falou. Pela primeira vez estava se dirigindo ao homem.

— Calma, princesa, não precisa ter medo de mim. — O homem sorriu. Um sorriso pervertido. — Eu prometo ser carinhoso. A não ser que você goste de levar umas tapas.

— Você é um idiota — Rose falou firme e se levantou, causando risadas em todos que acompanhavam aquela cena. Todos menos Thomas, que se irritava a cada palavra dita por aquele homem.

— Adoro mulheres selvagens — ele falou, provocando mais risos nas pessoas.

Rose deu alguns passos na direção de Thomas e Daehan, mas parou quando aquele homem segurou seu braço esquerdo.

Como se um instinto despertasse em Thomas, ele ameaçou ir na direção daquele homem e quebrar todos os dentes daquele sorriso idiota, mas foi parado por Daehan.

Thomas olhou confuso para o amigo. Por que ele não estava fazendo nada? Da última vez ambos brigaram para defender a Rose que, diga-se de passagem, não estava ao menos presente.

— Espera — ele falou sugestivo, mas Thomas não entendeu o que ele estava insinuando.

Rose permaneceu parada por alguns segundos, a mão do homem ainda segurava seu braço. Ela olhou para Daehan e ergueu uma sobrancelha, como se aquilo fosse um sinal que só os dois entendiam.

Daehan sorriu.

— E lá vamos nós, novamente — Daehan falou sugestivo, mais uma vez. E mais uma vez Thomas não fazia ideia do que ele se referia, mas não precisou esperar muito para entender.

Com um movimento rápido, Rose girou, soltando a mão do homem de seu braço e a torceu, fazendo assim o grande homem se curvar em dor. Aproveitando isso, Rose segurou o topo de seus cabelos e empurrou com força sua cabeça na direção do balcão. O som da cabeça dele batendo contra o balcão de madeira ecoou por todo o bordel que agora estava silencioso.

Quando Rose liberou os cabelos dele de seus dedos, o homem caiu ali, na frente de todos que permaneciam extremamente chocados ao ver uma mulher, um tanto franzina, desmaiar um homem de quase dois metros em poucos segundos.

— Eu disse para não tocar em mim. — Colocando mais uma dose de bebida em seu copo e bebendo em um só gole, falou na direção do homem de nariz quebrado que estava recobrando a consciência.

Alguns homens se levantaram rapidamente, eram companheiros daquele que, agora consciente, tentava se levantar, segurando o nariz que não parava de sangrar.

— Eu vou matar essa vagabunda — o homem falou entredentes. Tentou se levantar, mas a dor aguda de seu nariz quebrado não o permitia fazer nada, então, ele apenas acenou para seus companheiros que entenderam a mensagem e começaram a se aproximar de Rose, que não parecia nem um pouco assustada.

— Agora a gente vai — Daehan falou animado e correu na direção daqueles homens, distribuindo socos aleatórios em qualquer um que estivesse em seu caminho.

Não foi preciso mais que cinco segundos para que o bordel se transformasse em um cenário de luta. Rose e Daehan acertavam socos e chutes em seus adversários que não pareciam ter tanto treinamento quanto eles.

Thomas logo se juntou à briga, não poderia ficar apenas olhando, e a raiva que estava sentindo o ajudou. Ele estava bem melhor em disputas corporais do que a última vez em que se envolveu em uma, e agradecia à Daehan por isso.
Um a um, todos aqueles homens caíam. Alguns desmaiados, outros sangrando e gemendo de dor. Thomas levou alguns socos no processo, e tinha certeza que no dia seguinte haveria alguma marca em seu rosto, mas não se importava.

A Rainha de Ennord Onde histórias criam vida. Descubra agora