17- A Viagem🌹

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Já havia amanhecido quando Rose e dois de seus guardas pessoais chegaram ao pátio principal do Castelo. Lá estavam Thomas, Daehan e alguns cavalariços dos estábulos que haviam preparados os cavalos.

— Está pronto? — Rose perguntou para Thomas.

— Não levaremos mais soldados conosco? — Thomas perguntou, olhando para os dois homens de armadura negra em sua frente.

— Não estamos indo para uma guerra — Rose respondeu. — Esses são Hames e Bryn. Dois membros da minha guarda pessoal e os melhores guerreiros do exército, depois de mim, claro.

— Achei que eu fosse o melhor guerreiro depois de você — Daehan questionou.

— Você é o terceiro — Rose falou divertida e Daehan sorriu. — Não precisa ter medo, Thomas. Nas estradas não há perigos. Talvez alguns saqueadores ou animais selvagens, mas nada para se preocupar.

Sorriu.

— Relaxa, amigo. — Daehan tocou o ombro de Thomas. — Hames e Bryn são capazes de lutar contra dezenas de inimigos de uma só vez. E Rose, bem, você já sabe.

— Voltaremos em alguns dias — Rose falou para Daehan. — Você está no comando agora, não faça nada estúpido.

— Eu nunca faço — falou sorridente e Rose o encarou divertida. — Tenham cuidado.

— Você também — Rose falou, se despedindo do irmão e indo na direção de Dark, que esperava juntos com outros cavalos no pátio. — Oi, amigão. Pronto para mais uma viagem?

Acariciou o grande animal negro em sua frente. Diferente do comportamento de Dark com as outras pessoas, ele permanecia extremamente calmo e parecia gostar dos carinhos feitos por sua dona.

Rose montou em seu cavalo, Hames e Bryn logo a seguiram. Thomas se apressou para montar no cavalo que restara. Não era o mesmo que da vez em que cavalgou com o Daehan, esse era um cavalo branco. Thomas acariciou por alguns segundos e montou no animal.

O grupo guiou os cavalos para os grandes portões em direção da saída. Pegaram a estrada e seguiram.

Continuaram em silêncio por muito tempo. Vez ou outra, os guardas pessoais de Rose conversavam entre si. Thomas algumas vezes olhava para Rose, que permanecia em silêncio, observando os dois homens conversando à sua frente. Às vezes ela ria do que eles diziam, e às vezes cantarolava uma canção que Thomas reconheceu.

— Onde você aprendeu essa música? — Thomas perguntou. Já ouvira Rose cantarolando essa canção antes, mas nunca soube onde ela havia aprendido.

— Minha mãe costumava cantar para mim, quando eu era criança — ela explicou.

— O que diz a música?

— Conta uma história de uma princesa muito bonita que era amada por todos do reino. Era muito amada por seus pais e por esse motivo, eles não queriam que ela casasse e os deixassem. Então, apareceu um lindo príncipe. A princesa se apaixonou por ele à primeira vista, e ele por ela. — Rose sorriu irônica nessa parte. — Ele pediu a mão da princesa ao rei, que negou. Mas ele não iria desistir. Ele foi ao rei e disse que faria qualquer coisa que ele pedisse, para que pudesse casar com a princesa. O rei o mandou buscar uma rosa, a mais bonita de todas, cuja lenda dizia que crescia em uma caverna muito distante, guardada por um homem horrível, julgado por todos por conta de sua aparência, e que havia encontrado beleza naquela rosa. E, por esse motivo, ele a protegia, a rosa era o bem mais precioso dele.

— E o Príncipe conseguiu? — Thomas estava curioso.

— Sim. Meses se passaram, a princesa já havia chorado muito por pensar que seu amado tinha morrido ou ido embora. Porém, um dia ele retornou, com uma linda flor vermelha na mão e entregou ao rei.

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