Prólogo.

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NV☠️

Tava saindo do beco quando ouço dois disparos.

Logo meu radinho começa a apitar.

—ATIRARAM NO PATRÃO, AQUI NA RUA 9, CASA VERDE!—Os cara gritavam no radinho.

Acelerei pra rua 9 com tudo. Quando cheguei na rua já dava pra ver a grande movimentação dos vapor e morador, saí da moto e entrei na casa.

—Aonde ele tá?—Perguntei pra um vapor que tava saindo da casa.

—Na laje.—Falou e eu subi.

Quando subi tinha os vapor ao redor e a imagem do Xavier desacordado com a Luise no peito dele, também desacordada. Passei a mão na cabeça desesperado.

—QUE CARALHOS NÃO LEVARAM ELES PRO HOSPITAL?—Gritei.—VAI PORRA PEGUEM ELES E BOTEM NO CARRO QUE O MOLEQUE TROUXE AÍ PORRA.—Gritei desesperado e fui pra perto da Luise, abaixei e peguei ela no colo e desci, botei ela no carro junto com o Xavier.—Pivete vai pro hospital do mano lá.—Mandei e ele acelerou.

Hospital do mano é um hospital de um irmão que é fechado com nós.

Porque se a gente levar eles pro Hospital normal eles se fode, ainda mais o Xavier que é procurado.

Minha cabeça tava a mil, como aquilo aconteceu, olhei pro dedo da Luise e vi o anel que o Xavier tinha comprado a alguns anos atrás pra pedir ela em casamento.

Pois tudo aquilo aconteceu e ele não pediu.

Passava mil e uma fita na minha cabeça se ligou?

A cena deles jogado ali me lembrou a do filme Era uma vez, igualzinho, papo reto.

—O papo é o seguinte rapaziada, ninguém saí e ninguém entra de Heliópolis, Faísca dá o toque de recolher prós morador. Quero todo mundo atrás desse filha da puta que fez isso, vão atrás de informações porra.—Falei no radinho.

Demorou alguns minutos e a gente chegou, aqui os muros eram alto pra caralho, nem parecia um hospital.

Logo os grandes portões foram abertos dando passagem pro carro passar.

Pivete estacionou bem na porta e já veio uns enfermeiros colocando os dois na maca e levando eles pra dentro. Fui na recepção e dei os nomes dos dois. Logo Pivete veio e ficou do meu lado.

—Já avisou os filhos deles?—Perguntou.

—Ainda não, ou ligar agora.—Ele assentiu e eu fui pra um canto ligar prós moleque, pra Brenda e prós irmãos da cúpula.

Liguei pro Branquinho e não atendeu, liguei pro Pistola e quando tava no segundo toque ele atendeu.

Ligação On:

—Alô?—Falou com o tom de voz sonolento.

—É o seguinte, teus pais tão no hospital, os dois levaram tiro agora a pouco.—Falei.

—Como assim mano? Ela saiu agora a pouco pra ir resolver o lance com meu pai. Caralho irmão. Aonde é o hospital?—Falou.

—Tu tá ligado no hospital que aquele irmão nosso tem?—Perguntei.

—Tô sim, é aí?—Perguntou.

—É irmão.—Falei.

—Beleza então.—Falou e desligou.

Ligação off.

Liguei pra Brenda e logo ela falou que tava vindo. Mandei mensagem prós cara e eles tavam vindo.

Não faço a mínima idéia de quem fez isso, mas sei que tem gente que tem inveja pra caralho dos dois.

A gente vê direitinho a inveja estampado na cara de certas pessoas, que muitas vezes estão ao lado se disfarçando de "amigos" fingindo querer o bem. Pessoas assim não acrescentam em nada, faço questão nenhuma de ter em minha vida. Se as máscaras não caem, Deus arranca!

Tem pessoas que não sabem cuidar da própria vida e fazem de tudo para estragar a do próximo. Mas eu só digo uma coisa, a escuridão, é pra quem merece. Felicidade exposta é vitrine pra inveja.

Pessoas odeiam aquilo que elas queriam, mas não conseguem ser, se ligou?

Os dois são exemplo de um casal do caralho, eu quero que do fundo do meu coração eles sejam muito felizes, porque o que eles já passaram juntos não é fácil não.

Onde tem duas pessoas felizes, há sempre uma terceira morrendo de inveja..

Se engana quem acha que riqueza e status atraem inveja. As pessoas invejam mesmo é o sorriso fácil, a luz própria, a felicidade sincera, a alegria exagerada.

O que incomoda os outros é a boa energia que você transmite o brilho ofuscante no olhar, a sinceridade espontânea, o amor verdadeiro, a positividade pela vida, a leveza no andar e a paz interior.

Fico me perguntando de onde surge essa necessidade das pessoas de destroçarem os sonhos alheios. Não deveria ser uma característica do ser humano, essa coisa de frustar por ser frustrado.

Desde novo aprendi que se me desejam mal, eu os desejo amor. Se não tenho amor, jamais os desejarei mal. Cada um é eternamente responsável por aquilo que cativa. Cada um tem exatamente aquilo que merece. Cada um colhe necessariamente aquilo o que planta.

E você, que deseja mal às pessoas pelo simples fato de elas possuírem um pesado sorriso no rosto ou que pensa em planejar algo para arruinar a felicidade alheia, deveria pôr suas armas ao chão nesse momento e começar a pensar em uma forma de correr atrás do seu. Quem sabe assim você possa, um dia, carregar contigo um largo e extenso sorriso sincero também.

Mas quando a gente pegar quem fez isso com eles vai rodar. Não importa quem seja, vai ser torturado até a morte.

—Cadê eles?—Pistola chegou perguntando.

—Tão lá pra dentro.—Falei e o irmão da Luise se aproximou.

—Como isso aconteceu?—O irmão dela perguntou nervoso.

—Não sei cara, mas sei que foi um tiro em cada um, ouvi dois disparos. Ele tinha acabado de pedir ela em casamento, ela tá com o anel que ele iria pedir ela em casamento. Quando cheguei lá eles estavam desacordado, ela tava encima do peito dele.—Falei e deu pra ver que ele tava se segurando ali pra não chorar.

—Eles tavam onde?—Pistola perguntou com os olhos marejados.

—Tavam na laje de uma casa.—Falei.

—Acharam quem fez isso?—Henrique perguntou.

—Não... Mas os cara estão na procura já.—Falei.

(…)

E vamos de segunda temporada, tenho grandes planos pra esse livro. Tem partes que ainda irá ter que ser completa.

Amor indestrutível 2Onde histórias criam vida. Descubra agora