•Capítulo 44•

1.5K 100 37
                                    

Luise Martins🌻

Pelas câmeras dava pra ver ela indo até o quarto de motel que ela tinha reservado pra passar a noite com o policialzinho.

Minutos depois o policial chegou e entrou no quarto, não demorou muito pra eles pedirem bebidas e a camareira levar até o quarto deles.

— Isso vai dar certo né? — Henrique perguntou do meu lado observando tudo.

— Vai sim.

Cerca de uma hora depois a gente vê o homem saindo do quarto só de cueca desesperado e pedindo ajuda.

O plano estava andando conforme o planejado.

Minutos mais tarde socorristas chegaram ao local, polícia...

Os socorristas foram até os policiais confirmar o óbito dela, e bingo!

Um peso a menos da minhas costas havia sido tirado. Suspirei olhando pro meu irmão e sorrindo.

— Não imaginava que ia ser tão fácil assim. — Henrique falou e eu ri.

— Também não, quis ser tão esperta, pra morrer transando num quarto de motel qualquer. — Falei olhando pras imagens das câmeras do motel.

— Pensava que a morte dela ia ser mais emocionante.

A algum tempo atrás a gente investigou a Vanessa e descobrimos que ela mantinha um caso com um policial que trabalhava com ela.

E os encontros dos dois pombinhos sempre era no mesmo local, e na mesma data. Reviramos a vida dela e descobrimos que ela tinha um probleminha no coração, pensamos bem, não poderíamos colocar qualquer plano em ação, tinha que ser um que fosse simples e que a causa parecia ter sido natural.

Tínhamos cartas perfeitas na mão, pensamos e porque não matar ela num desses encontros?

Eles iriam pedir bebidas e misturar, como sempre faziam. Só que no meio daquelas bebidas iria energético. Só que ela não iria beber energético, por causa do problema de coração.

Em cada bebida que foi enviada alí tinha um pouco de energético, ela não iria sentir o gosto, já que ela iria misturar tudo. Tempo depois iriam transar, e com isso o coração dela iria acelerar mais que o esperado, já que ela tomou bastante energético e depois iria ter um ataque cardíaco nela.

Quem tem problema do coração e tomar muitas doses de energético, é um veneno, pois acelera demais o coração.

Os peritos iriam analisar e iria dar que ela morreu por causa que o coração dela acelerou e teve um ataque cardíaco, as bebidas que eles usaram e tinham doses de energético iriam ser trocadas por garrafas secas que tinham a digitais deles, usadas em outras vezes que foram lá.

(...)

— Teu plano foi foda. — Xavier falou.

— Foi demais.

— Ela tá tão linda. — Ele falou olhando pra Brenda.

Hoje era o chá revelação dela, ela estava com um vestido branco longo de alcinha, com os cabelos ondulados e uma maquiagem bem simples e bonita.

— Tá muito linda mesmo.

— Venham todos pra cá! — Imperatriz chamou todos pro gramado da casa que estava sendo feito a festa.

Brenda ficou do lado de uma caixa enorme branca com um ponto de interrogação.

Ela desamarrou o laço que estava na caixa, e quando abriu a caixa, vários balões rosas saíram.

Uma menina!

Sorri enquanto geral gritava comemorando e Xavier abraçava ela.

Olhei pro céu que estava bem azul, sem nenhuma nuvem, naquele fim de tarde e sorri pensando no NV.

De onde quer que ele esteja deve estar feliz, olhando por elas e por todos nós.

Fui até ela e a abracei.

— Parabéns mamãe! Fico muito feliz por você meu amor. — Falei enquanto abraçava ela.

— Obrigada minha linda.

(...)

— Ver você feliz, me deixa feliz demais. — Xavier falou do meu lado.

— Digo o mesmo. — Falei e bebi o suco.

— Você merece toda a felicidade do mundo, e você sabe disso, eu te desejo somente isso. — Concordei e sorri.

— É mútuo. — Ele balançou a cabeça bebendo o gin dele. — E aliás, seu bebê tá bem?

— Tá sim.

— Que bom.

— Esse ano é tanta criança a caminho, né?

— Muita, nossa...

— Pretende ter mais um? — Ele me perguntou e olhei pra ele.

— Não.

— Na sinceridade mesmo?

— Sim, um dia já esteve nos meus planos, hoje não mais. Tá bom os que tenho, não me vejo tendo outra criança, Gael já basta. Já passei dos trinta e afins.

— Tô ligado... — Concordou com a cabeça e olhei pra frente, apreciando a vista de Paraisópolis.

Realmente não me via tendo outra criança daqui pra frente, meu foco é cuidar e criar o Gael.

Sempre tive em mente que depois dos trinta anos eu não deveria cogitar a ideia de ter filho, por causa dos riscos...

Suspirei fundo e olhei pra ele, que por um instante olhou pra minha barriga, fazendo eu me arrepiar, logo desviou o olhar pra frente novamente e bebeu o resto da bebida dele.

Desci até o jardim onde estava a Imperatriz e abracei ela por trás apoiando minha cabeça no ombro dela.

— Amiga, tava pensando em viajar, vamos? Tô precisando demais. — Falei enquanto ela digitava.

— Claro que sim. Escolha o destino que vamos. — Parou de digitar e desligou o celular guardando ele e se virando pra mim.

— Eu tô sem ideia pra onde ir, só quero viajar, assim que tudo isso acabar.

— A gente decide um até lá.

— Sim.

— Obrigada por tudo, de verdade, uma das melhores coisas que esse meio me proporcionou foi a tua amizade e irmandade... Eu te amo muito minha guerreira. — Imperatriz falou me abraçando e beijando minha cabeça.

— Eu que agradeço, te amo demais. — Falei e apertei ela.

— Amiga, tenho uma coisa pra te contar. — Falou se soltando do abraço rindo.

— O que tu aprontou dessa vez?

— Semana passada eu fui até aquele lugar...

(...)

— Eu tenho medo de magoar Clara, medo de machucar ela, medo de ser um filho da puta com ela. Eu não quero fazer ela sofrer, o que pesa é minha vida, meus corre... — Bruno falou.

— Vai afastar ela por causa do medo?! — Perguntei dele.

— Tô pensando.

— Pensa bem, nesse momento ela tá carregando uma criança, cujo pai é você, ela precisa de todo teu apoio possível, é um momento único, difícil e bastante delicado, até porque a gravidez e nem depois o pós operatório não são nada fáceis, não é mil maravilhas não. Tem isso, e também tem a parte que ela gosta bastante de você, e todos sabemos que tu gosta demais dela também, e não é mais um lance teu... Não deixa de ficar perto de quem tu ama por causa do medo, porque um dia o arrependimento de não ter vivido vem.

(…)

Reta final...

Amor indestrutível 2Onde histórias criam vida. Descubra agora