•Capítulo 40•

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Xavier🐺

— Acorda Pedro, tão invadindo de novo. — Hanna me acordou assustada.

E foi questão de segundos pra gente escutar diversos tiros na direção da casa.

— Vai pro closet! — Mandei e ela foi.

Me levantei e me vesti rápido, calcei um tênis, peguei um fuzil.

Não demorou muito pros tiros pararem.

Assim que saí no corredor da casa vi o Pivete vindo com um fuzil.

— Renderam geral irmão. — Ele falou.

Hanna logo veio atrás de mim.

— Olhem como tá aqui de cima, tá tomado de fumaça. — Ela falou e fomos até a varanda do quarto.

Por toda parte tinha sinalizadores e ainda tavam soltando os fogos. Dessa vez tinha sinalizador da cor vermelha.

Balancei a cabeça e neguei. Ratos filhos da puta.

Olhei bem e tinha um drone sobrevoando a comunidade, mirei o fuzil na direção e quando fui atirar ele sumiu no meio de toda aquela fumaça.

— Eles estavam monitorando tudo pelo drone será? — Hanna falou.

— Tenho certeza que sim. — Falei e fui descendo junto com o Pivete.

— Nós tem que falar com os menor pra pegar informações. — Pivete falou.

Quando a gente ia saindo vi a Hanna vindo atrás da gente.

— Tu pensa que vai pra onde? — Olhei pra ela que tava vestida com um short e moletom.

— Vou contigo.

— Fica aí vai.

— Eu não vou deixar tu ir sozinho. Eu vou contigo. Estamos juntos ou não?

— Tamo.

— Então. Vamos. — A gente foi caminhando pelas ruas e tava um grande movimento.

— Cadê Fumaça e Jefinho? — Perguntei pra ele.

— Fumaça tá pra Santos com a mulher dele, Jefinho não sei não, mas já dei o recado pra ele, mandei mensagem. — Ele falou.

Perto da pracinha a gente viu dois menor sendo desamarrado.

— Como isso aconteceu? O que eles fizeram com vocês? — Hanna perguntou pra eles.

— Patroa, foi tudo muito rápido, não deu tempo de reagir, quando a gente viu já tinha um apontando uma arma pra nós, outro desarmando nós, aí o outro já tava amarrando. Eram muitos, um exército praticamente. — Um deles falou.

— Escutaram algo? — Perguntei e eles negaram.

— Não, eles só faziam sinal, nenhum momento a gente escutou a voz deles. — O outro menor falou.

— Estranho. — Hanna falou.

— Durante tudo isso, tinha um drone acompanhando tudo. — O menor falou.

— Um não, eram vários. — O outro falou.

— Nunca tinha visto nada do que vi hoje, foi igual coisa de filme. Tudo muito rápido. — O menino falou.

(...)
14:50 PM.

"Vocês dois tem até a às 16:00 da tarde de hoje pra se retirar da favela, ou então iremos tirar vocês a força. Quando der o horário queremos os dois bem longe."

Terminei de ler aquela carta e suspirei fundo. Eles tinham deixado a carta com um menor amarrado.

—Não entendo como isso aconteceu cara. Pra quê estão fazendo isso? — Jefinho falou passando a mão pelo cabelo.

— Quero muito saber o porquê também, agora foram longe demais. — Fumaça falou.

— A gente tem que fazer alguma coisa pra impedir isso, não podemos deixar assim, vamos reforçar mais a segurança daqui, temos que impedir eles. — Alemão falou.

— A gente não sabe quem são eles, nem o que são capazes de fazer, é melhor o senhor ir embora daqui logo, quando essa poeira baixar mais o senhor volta de novo, pai. — Bruno falou e me deu uma pontada no peito.

— Vou reforçar essa porra, mas hoje eu não saio daqui! — Falei fazendo eles me olharem.

— Mas o senhor pode tá correndo risco se ficar, os dois estão, pensa. A gente não sabe o que eles podem fazer. — Bruno falou, algo com ele tava errado, eu não reconhecia ele mais, era como se eu não sentisse pureza vindo dele.

(...)
15:30 PM.

Cheguei em casa e tava tudo silêncio, talvez a Hanna estivesse dormindo, já que passou a madrugada em claro.

Subi direto pro quarto e não vi ela, só tinha uma caixa pequena encima da cama.

Peguei a caixa e abri devagarinho, quando abri vi um teste de gravidez e um sapatinho branco.

Fiquei intacto e meu coração acelerou. Deixei a caixinha encima da cama sem acreditar e me virei e vi a Hanna me olhando com os olhos cheio de lágrimas.

Abracei ela forte enquanto a mesma chorava, senti umas lágrimas escorrendo pelo meu rosto e sorri.

— Caralho, vou ser pai de novo! Porra. — Ri me separando dela.

— Você tá chorando amor. — Falou rindo com o rosto vermelho e limpou minhas lágrimas. — Parabéns papai!

Beijei ela e depois sorri olhando pra ela.

Coloquei a mão na barriga dela, nem dava pra perceber. Me ajoelhei diante a barriga dela e sorri.

— Oi bebê. Saiba que o papai já te ama muito. — Dei um beijo na barriga dela, já que ela tava de cropped e fiquei alisando ali a barriga dela.

Me levantei e dei um beijo na testa dela.

— Pela tua segurança e do nosso bebê, você vai ter que ir embora daqui, logo te encontro, tu vai com uns homens meu, e vai ter que ser agora. — Falei e ela me olhou sem entender.

— O quê aconteceu?

— Eles deixaram uma carta mandando a gente sair daqui até às 16:00 horas de hoje. Daqui a pouco.

— Pedro, por favor vem.

— Eu vou, prometo, só vou resolver as coisas antes.

— Eu te amo. — Ela falou e me beijou.

— Eu também te amo. Agora temos que ir. — Falei.

— Deixa eu pegar minhas roupas. — Ela falou.

— Não tem tempo, eu mando pelos caras. — Falei e ela se soltou indo pegar o celular dela.

— Pedro. — Me olhou com os olhos cheio de lágrimas assustada.

— O que foi?

— Já são 16:00 horas. — Peguei o fuzil e segurei a mão dela descendo com ela.
Eu tinha que dar um jeito de levar ela até onde eu tinha marcado com o Pivete.

Fui levando ela pelas vielas e meu coração acelerava a cada passo que dava.

Luise Martins🌻
16:10 PM.

A gente subia mais uma vez Heliópolis, ficamos sabendo que eles não saíram daqui, não obedeceram o que a gente falou.

Dessa vez no nosso grupo estávamos todos juntos.

Estávamos na caça deles, quanto mais rápido isso acabar melhor.

Assim que entramos numa rua, a gente deu de cara com eles.

— Se rendam e ninguém saí ferido! — Maxsuell falou alto e eles foram querer correr pra se esconder.

Mirei no ombro dele pra ver se ele parava, mas a Hanna viu e se jogou na frente dele. Ela caiu e ele se ajoelhou do lado dela.

(...)

Amor indestrutível 2Onde histórias criam vida. Descubra agora