•Capítulo 39•

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Luise Martins🌻
Copacabana / 15:56 PM.

— Tem que tá bastante preparada. Tu tem certeza que tu vai realmente fazer isso? — Pantera me perguntou.

— Tenho total, tenho que acabar com isso o quanto antes.

— Vai amanhã falar com ela?

— Não, amanhã tenho que fazer os exames.

— Dá pra te levar lá então. — Ele falou enquanto brincava com o Gael na cama.

— Viu Imperatriz hoje?

— Vi não, mas deve ter saído cedo.

— Nem falei com ela hoje, estranho. — Fui mudando de canal até parar num jornal que mostrava ao vivo imagens de São Paulo tomada por fogos de artifício e sinalizadores nas cores azuis e amarelo.

O helicóptero estava sobrevoando São Paulo e mostrando como a cidade estava tomada por isso.

Olhei pro Pantera que me olhou de volta e logo depois ficamos atentos aquilo.

— Será se ele vai dizer que a gente que tá lá colocando os sinalizadores e soltando os fogos? — Pantera falou fazendo eu rir.

— Talvez hein, vai já achar provas. — Ri e ele balançou a cabeça.

(...)
Vigário geral / 20:00 PM.

Coloquei a touca ninja e peguei uma AK, olhei pro Pantera e balancei a cabeça pra ele.

Vigário estava sendo invadido pelo BOPE, e já tinham sido vazada a informação que Carol estaria a frente da operação, e junto dela estaria JP, já que ele conhecia bem Vigário, ele estava ajudando eles em troca da redução de pena dele e aliviar as coisas pro lado dele.

Um completo traíra.

Eles pensam que estão dominando, só não esperam que eu e Pantera estamos aqui, não fazem idéia.

Se escondemos atrás de um poste da viela, não demorou muito e passou dois cara do BOPE, num movimento rápido atiramos na cabeça deles, fazendo os dois cair alí mesmo.

Eles tavam subindo muito rápido até o alto, eles estavam no meio. E subiam com a ajuda do caveirão.

— A gente vai ter que subir até o alto de Vigário, temos que reforçar lá. — Pantera falou e concordei.

Nós íamos andando com cautela, não podia arriscar dá um passo em falso.

Um tiro veio na nossa direção mas não pegou na gente, veio de trás de um poste.

Eu e Pantera nos olhamos e ele fez sinal com a cabeça.

Nós fomos atirando juntos e indo na direção do poste executando um do BOPE, tiramos a touca e não era quem eu queria.

Logo a gente viu o sinal do Panda numa laje no alto de Vigário e subimos até lá.

A gente atirava em qualquer cara do BOPE que tentava passar pra essa parte de Vigário.

Foi questão de segundos pra eles darem o primeiro vacilo deles.

Um deles ia saindo quando o Jacaré que estava aqui, atirou na cabeça da pessoa. Começamos a metralhar o carro que tinha atrás do caveirão.

Logo o puxaram a pessoa pra dentro do carro e recuaram com tudo, junto com o caveirão.

— Acertei alguém importante, pra eles recuarem assim. — Jacaré falou.

— Muito importante mesmo. — Pantera falou.

— JP levou duas rajadas nas costas de mim. — Alemão falou no radinho.

Dei um sorriso e Pantera balançou a cabeça rindo.

(...)
Heliópolis / São Paulo
1 mês depois / 02:45 AM.

Nós andávamos com cautela e nossas armas apontadas pra frente.

Todos os meus aliados estavam comigo, meu irmão, Imperatriz, Pantera, Alemão, Panda, Jacaré, Jefinho, meus dois filhos e a nossa tropa.

Hoje a gente dava uma das cartas finais.

A gente foi rendendo alguns menor pra não fazer alarde, se separamos e enquanto uns rendiam os meninos, outros preparam os fogos de artifício e sinalizadores.

A partir de hoje Heliópolis estaria sob controle nosso, mas eles não iriam saber.

— Pode metralhar a casa dos dois. — Dei a ordem e assim fizeram.

Não demorou muito pra mim dá o sinal dando início a tudo.

A queimação de fogos era grande, montamos vários fogos de artifício por toda a comunidade. Os sinalizadores acrescentamos a cor vermelha, então agora era vermelho, azul e amarelo, formando as cores da bandeira colombiana.

Fomos saindo o mais rápido possível, eles já estavam atirando na nossa direção, saímos todos na direção onde estava os carros, assim que entramos dentro dos carros, já tinha um motorista aguardando nós e saímos em alta velocidade pela grande São Paulo e indo até um galpão nosso.

Assim que todos chegamos, um foi abraçando o outro, tínhamos vencido mais uma vez.

Tirei a touca ninja e o Pantera tirou a dele.

Abracei ele apertado e suspirei fundo. Dessa vez eu fiz a escolha certa.

Achei alguém que topa fazer minhas loucuras junto comigo, caia nessa minha loucura junto comigo.

— Obrigada por tudo, meu amor. Eu sou grata demais por ter me aceitado mesmo depois de tudo, obrigada por estar comigo, me fazer se sentir amada de novo. Obrigada. — Falei baixinho no ouvido dele.

— Não tem o quê agradecer, é uma honra pra mim, minha vida.  Eu tô contigo e isso vai permanecer, eu prometo segurar tua mão até meu último suspiro, tu é a mulher da minha vida. Tu me mudou e me fez ser só teu, coisa que antes era impossível. Eu te escolho nessa vida e mais em outras mil vidas. — Ele falou e me beijou.

Aquela nossa conexão era única, coisa que só nós dois tínhamos, é incrível.

Me soltei dele e olhei bem pra ele.

— Eu te amo. — Ele falou sorrindo.

— Eu amo você, Fiamma. — Falei fazendo ele sorrir e me beijando.

(…)

5/5

Amor indestrutível 2Onde histórias criam vida. Descubra agora