•Capítulo 36•

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Luise Martins🌻

— Vamos. — Segurou minha mão e foi me tirando dali, me levando pelo outro lado. — Ele tá seguindo a vida dele, mesmo que seja recente demais.

— Ele não deixou nem eu esfriar direito, já foi colocando outra na vida dele. — A gente foi andando pra fora.

— Se ele não colocou antes, né? — Ele soltou um risinho.

— Sim... Tá sabendo de alguma coisa que não sei? — Perguntei pra ele já fora do galpão.

— Não! Se eu soubesse eu te contaria das gaia, mas por enquanto não sei de nada..

(...)

Queria tanto voltar pra ele, mas não dava. Eu tenho que agir pela razão, não pelo coração. 

Eu tenho que seguir minha vida. A besta era eu, de ficar sofrendo e se lamentando pelos cantos.

Por isso que dizem, nunca morram por homem, é capaz dele ir no teu velório com outra.

Nessa altura do campeonato eu não sei no que nosso amor se transformou.

O nosso erro é insistir em algo que a gente já  sabe o final, a gente insiste tanto em nós dois, mas no final de tudo, não é nem pra gente ficar juntos. Tem amores que não são pra serem vividos.

Nem que um dia a gente volte, não vai ser como antes, não sei se conseguiria deitar ao lado de alguém que apontou a porra de uma arma na minha cara, que iria me matar se fosse o caso.

O nosso amor pode ser indestrutível, mas não o suficiente pra permanecemos juntos.

Eu espero que ele seja feliz...

Xavier🐺

Tava na sacada do quarto quando vi ela numa rua conversando com alguém no telefone.

Tava consciente de tudo que tava acontecendo, não agi por impulso, muito menos alguém fez minha cabeça.

Eu tinha a certeza que era ela que estava por trás de tudo, ela pode ter negado, mas meu instinto grita que é ela.

Eu não acredito nela, não tenho motivos pra acreditar, ela mesmo fez com que tudo acabasse entre nós a partir do momento que começou a ficar contra mim.

Eu não me arrependo de ter se separado dela, antes da gente ter se separado, naqueles últimos dias já não estava mais dando dormir ao lado dela, ao lado da mulher que estava fazendo eu cair aos poucos...

Não consigo olhar pra ela como antes, todo o encanto por ela acabou.

Eu fico triste pra caralho, por sabe que ela quem escolheu isso, foi ela que acabou com tudo. Dói pra caralho as vezes em pensar que não vamos compartilhar nossas vidas um com o outro, não vamos ficar juntos bem velhinhos, ou talvez até quando Deus quiser me levar desse mundão. Foi por escolhas dela, foi pela escolha dela a gente não ter tido um fim clichê, um belo de um final feliz... Ela escolheu o fim.

Eu realmente a amei, mas agora tenho que dar a continuidade da minha vida, porque infelizmente não tivemos um bom final.

Fui pra boca que tinha aqui perto e encontrei a Hanna sentada na porta mexendo no celular.

— Chegou cedo hein. — Falei sentando do lado dela.

— Tava sem nada pra fazer hoje.

— Aham. — Falei e acendi um cigarro de maconha.

— Tu tá bem? — Ela perguntou guardando o celular.

— Tô sim. — Falei dando um trago.

— Certeza? — Assenti. — Tem certeza que tu quer mesmo se separar dela? — Assenti fumando. — Tu vai jogar toda a história de vocês no lixo?

— Já joguei, até porque ela não pensou duas vezes quando jogou tudo.

— Se tu diz...

— Tu é maluca garota. — Falei rindo e fumando.

— Já tá pegando brisa é? — Riu me olhando.

— Não pô, só tu aí com esses assuntos. — Soprei a fumaça na cara dela que riu.

— Eu vou jogar esse teu baseado no chão se soprar na minha cara de novo. — Me encarou e depois riu.

— Tenta, bobinha. — Soprei de novo e quando ela ia bater na minha mão, eu afastei minha mão, fazendo ela quase cair totalmente encima de mim.

Eu encarei ela por longos segundos, até os meus olhos descerem diretamente pra boca dela, olhei rapidamente pros olhos dela, que encarava minha boca.

Quando eu ia me aproximar dela, o meu celular tocou fazendo nós dois se afastar rapidamente.

Peguei o meu celular e vi na tela inicial que era pra mim ir até a boca principal, tinha chegado alguns armamentos novos.

Joguei o cigarro fora e chamei ela pra gente ir até lá, no meio do caminho vi a Imperatriz e Luise, quando elas viram a gente, fizeram questão de virar a cara.

— Xavier. — Hanna falou enquanto andávamos até a boca.

— Fala.

— Quem é a mulher que tá com ela? — Falou de referindo a Imperatriz e Luise.

— É a Imperatriz. — Falei e suspirei.

— Quando ela me olhou, pareceu que ia me matar alí mesmo com o olhar. — Riu nervosa.

— Relaxa, mata não pô.

— Espero.

Chegamos na boca e fomos fazer a contagem. Quando a gente terminou, nós dois subimos pra cima da laje.

Ficamos apoiados no parapeito e observando a vista do fim de tardezinha.

Fiquei pensando ali em tudo que aconteceu, até que olhei pra Hanna, que estava olhando pra vista e fiquei encarando ela, até que percebeu e encarou de volta.

Ela sorriu, e foi se aproximando. Coloquei uma mão na cintura dela, enquanto a outra segurei a nuca dela. Ela colocou as mãos no meu rosto me olhando sorrindo. Aproximei meu rosto do dela a beijando.

(…)

2/5

Amor indestrutível 2Onde histórias criam vida. Descubra agora