•Capítulo 46•

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Luise Martins🌻

— Ela é tão linda. — Xavier falou olhando a nossa filha enquanto ela dormia no berço.

— Ela parece com você. — Falei e sorri pra ele que me olhou todo bobo.

Sim, ele é o pai dela, a minha gravidez era silenciosa, tive alguns sinais que passaram despercebidos por conta de tudo que aconteceu nesses 9 meses. A minha menina é um verdadeiro milagre, nasceu perfeita e saudável.

— Com você também. Acho que ela parece muito com nós dois.

— Claro, somos os genitores dela.

Ri e balancei a cabeça. Ele segurava a mãozinha dela e ficava sorrindo pra ela o tempo todo.

Fiquei olhando aquela imagem deles e sorri, eu não queria outra criança na minha vida, só que as coisas nem sempre é como a gente quer, a vida tem sempre surpresas que tiram nosso fôlego e nos tiram da realidade.

Eu me sinto feliz demais, ser mãe de menina era um dos meus maiores sonhos, que por muito tempo acreditei que nunca iria passar de um sonho que um dia iria ser esquecido.

Agora eu tinha que me reinventar pra ser mãe dessa bebê, eu irei fazer de tudo pra que ela seja uma mulher maravilhosa e extraordinária, que seja forte e bastante corajosa pra enfrentar os desafios que a vida vai colocar pra ela, não vai ser uma tarefa nada fácil, mais sei que vou conseguir.

Quando olhei pra porta vi Imperatriz, Henrique, Bruno, Arthur, Eloísa, Clara e Safira entrando no quarto em silêncio, cada um carregando um sorriso de ponta a ponta.

Henrique chegou perto da maca que eu estava deitada e deu um beijo na minha testa.

— Parabéns irmã. — Falou num sussurro e sorriu.

— Obrigada. — Sorri e Imperatriz logo chegou do lado com um sorriso que ia de orelha a orelha.

— Tô feliz demais! Parabéns mamãe do ano. — Me encheu de beijos no rosto fazendo eu sorrir.

— Obrigada amiga.

(...)

— Ela é muito linda cara, nossa jóia rara. — Bruno falou pro Arthur, os dois olhavam pra ela no berço e ela olhava atentamente pra eles.

— Parece uma boneca de porcelana. — Arthur falou.

— Fico feliz demais por você. — Safira falou fazendo carinho na minha mão. — Como você tá se sentindo em relação a isso tudo?

— De verdade, tô me sentindo muito bem, feliz...

Falei e olhei ao redor do quarto que estava, os dois casais babando na minha menina, Imperatriz, Henrique e Xavier conversando num cantinho e sorrindo.

— Não tem sensação melhor que essa né?

— Não, pra mim esse é um momento único pra mim. — Sorri.

(…)

Caminhava num beco e já era quase de madrugada, passei por perto de um beco e vi um casal se beijando, só não consegui ver bem o rosto dos dois.

— Eu te adoro, sabia? — O homem falou pra menina encostando ela na parede e apoiando o braço na parede, pude ver o braço dele todo tatuado e a menina era loira.

— Sabia. Só que a questão no momento não é essa, é que eu tô grávida, e a criança não é sua. — A menina falou pra ele, que na hora ele ficou sem reação alguma apenas encarando ela.

— Quê?

— É isso mesmo, a criança não é tua.

— Porquê tá me falando isso? — Ele perguntou dela e se afastou dela.

— Porque eu não quero que você vá embora sem antes saber disso, vai que daqui a um tempo você saiba que tive um filho e fique com a ideia de que a criança seja tua, sendo que não é. — Cuspiu as palavras na cara dele.

— E de quem é? — Ele falou calmo.

— De um dos meninos que fiquei final do ano em Angra. — Ele balançou a cabeça e foi quando escutei os passos de alguém e rapidamente saí de lá indo pra casa.

Estava exausta, tinha sido um dia bastante cansativo, só queria tomar um banho bem gelado e ir dormir.

Abri a porta da casa e logo a cachorra veio lamber meu pé e ri fazendo carinho na cabeça dela e ela se deitou fazendo graça.

— Mãe. — Bruno falou saindo da cozinha bebendo refrigerante.

— Oi.

— Pode fazer um churras aqui amanhã?

— Pode sim.

Me sentei no sofá e logo ele se sentou do meu lado encostando a cabeça no meu ombro.

— Como foi seu dia hoje? — Ele perguntou olhando pra tv.

— Foi bom até, tá tendo um bom rendimento.

Uns 10 minutos depois Arthur entrou em casa com tudo e pálido fazendo eu e Bruno se assustar.

— O que aconteceu? — Bruno perguntou pra ele, o olhar dele intercalava entre mim e Bruno.

— É...

— Não enrola Arthur. — Me levantei preocupada.

— O que aconteceu? — Bruno perguntou mais uma vez nervoso.

— A nossa menina. — Se sentou chorando no sofá.

— O que tem ela?! — Bruno falou sacudindo ela.

— Ela levou um tiro. — Meu coração acelerou e entrei em desespero.

— AONDE ELA TÁ? — Perguntei dele.

— Perto da boca principal. — Imediatamente  corri até lá, parece que tinha um peso enorme no meu pé e quanto mais eu corria, eu não saia do lugar, parece que as coisas ao meu redor estavam em câmera lenta.

Quando cheguei no beco vi a grande movimentação dos vapor e quando cheguei vi Xavier com nossas filhas no braço e ela cheia de sangue. Me ajoelhei ao lado dela e comecei a chorar desesperada.

A menina que tinha visto agora a pouco era ela... Ela estava grávida!

Eu gritava desesperada e sem saber o que fazer.

(...)

Acordei com o Xavier me balançando e acordei assustada.
Respirei aliviada por aquilo não ter passado de um pesadelo.

— O que foi cara? — Ele perguntou.

— Nada, só um pesadelo.

— Que horas são?

— 20:00 da noite ainda.

— Ah, sim.

— Tá, precisamos conversar. — Ele falou ficando do lado da maca e me olhando.

— Sobre...

— O nome dela, ainda não escolhemos.

— Realmente.

— Tem ideias de nomes?

— Tenho várias ideias, mas não sei se combinam com ela.

— Lupe?

— Não! Nome feio. — Falei fazendo ele rir baixinho.

— É a junção de Luise e Pedro. — Falou e riu.

— Nossa viu, parece nome de página de shipp de casal. — Ri balançando a cabeça.

— Qual nome então?

— Ayume.

(…)

Amor indestrutível 2Onde histórias criam vida. Descubra agora