•Capítulo 26•

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Luise Martins🌻
Taboão da Serra.
20:45 PM.

Fiquei um bom tempo rindo das palhaçadas do Pantera enquanto a gente comia sushi. Ele me trouxe pra comer sushi aqui em Taboão, segundo  ele é um dos melhores, e realmente é. O lugar era super bonito e confortável.

— Tem cada gente besta hoje em dia, vou te contar viu. Eu já fui um, mas deixa baixo. — Ri e balancei a cabeça.

— Todo mundo já foi besta na vida vai... — Dei um gole no meu refrigerante e olhei pra ele que sorria que nem um bobo. — Já acabei, vamos?

Ele concordou e foi pagar, fui pra fora do estabelecimento e fiquei esperando ele.

— Vamos pra onde? — Ele chegou falando e ficou do meu lado.

— Pra qualquer lugar. — Falei e fomos na direção do carro.

— Vamos pra um barzinho que tem aqui perto?

— Vamos.

(…)
00:00 AM.

A gente tava caminhando por uma pracinha que tinha perto do barzinho e batia uma brisa tão boa e inexplicável.

— Já tá tarde pra gente ir pra São Paulo. Tenho uma casa por aqui, tem problema pra você? — Ele me perguntou e eu neguei.

— Não, não tem nenhum, e é até melhor eu não ir pra casa hoje. — Falei e ele concordou.

Fomos até o carro em silêncio e ele deu partida em direção a casa dele.

Não demorou muito tempo e ele estacionou em frente a uma casa de dois pisos com um portão enorme de ferro. Ele buzinou e logo um rapaz abriu, rapidamente ele entrou com o carro na garagem e assim que saí do carro pude ver o quão grande era garagem e tinha dois carros de luxo estacionado.

— Vem. — Ele me chamou na direção da grande porta de vidro e entrámos.

A sala bem grande e aconchegante, e logo vi uma cachorrinha toda peluda amarela lamber meus pés, me agachei e fiz carinho na cabeça dela, que inclusive tinha um laço rosa.

— Oi princesa. — Falei brincando com ela.

— É um macho. — Falou sorrindo.

— Tá de brincadeira né?

— Não, é um macho mesmo. — Se agachou e pegou até então a cachorrinha nos braços e mostrou o órgão do cachorro mostrando que era realmente macho, eu ri e me levantei.

— E o laço rosa? — Perguntei dele rindo.

— É minha mãe que coloca pra fazer graça mesmo. — Riu e deixou o cachorro no chão. — Vem cá, vou te apresentar ela.

Saiu me guiando pela sala grande, e fomos até onde seria cozinha, era bem grande.

— Boa noite. — Falei vendo uma mulher loira que lavava as louças.

— Boa noite! — Se virou sorrindo e limpou as mãos desligando a torneira.

— Mãe, essa aqui é a Luise, minha amiga. — Apontou pra mim. — Luise, essa é minha mãe, dona Luandra. — Apontou pra mãe dele.

— É um prazer conhecer você, Luise. Seja bem vinda. — Ela falou sorrindo e me abraçou.

— Obrigada, e o prazer é todo meu viu.

— Você é linda demais, meu Deus do céu. — Ela falou e eu ri, e se separamos do abraço.

— Você também é.

— Se sentem. — Nos sentamos na mesa e ela a nossa frente. — Já comeram alguma coisa? Querem comer algo?

— A gente já comeu, mas quer algo Luise? — Pantera me perguntou e eu neguei.

— Não, o sushi me satisfez.

— Depois nós pede uma pizza pra nós comer de novo. — Pantera falou.

— Mas já não tá tarde? — Falei.

— Qualquer hora é hora de comer aqui pra nós. E tu vai comer com a gente viu. — Ele falou e eu ri.

— Vamos assistir algo? Ou vocês tem algum plano de sair? — A Luandra perguntou e a gente negou.

— Não, Luise vai dormir hoje aqui, vamos assistir alguma coisa aí, mas escolhe algumas coisa que preste.

A gente foi indo pra sala e se sentamos no sofá, avistei logo uma tv enorme.

— Qual vamos assistir Luise? Você escolhe. — Luandra falou e neguei rindo.

— Não gente, podem escolher, pelo amor, sou péssima em escolher.

— Vai logo mulher, escolhe um. — Pantera falou.

— Eu não sei escolher, escolha um que possa me surpreender.

— Então tá.

Pantera🃏
02:30 AM.

Tava mexendo no celular quando vi a Luise resmungar e chorar dormindo.

Fui até o sofá acordar ela, rapidamente ela se levantou e quase caiu, mas segurei ela firme.

Ela começou a chorar e eu a abracei, era um choro tão dolorido que chegava a dar uns apertos no coração.

— Shiii... Calma, eu tô aqui com você. Fica calma. — Falei enquanto abraçava ela.

— Não me deixa voltar pra aquele inferno, por favor...

— Não vou, eu prometo. — Sussurrei soltando ela e limpando o rosto dela, segurei a mão dela e guiei até o quarto lá de cima.

Minha mãe já tinha ido dormir a muito tempo e a Luise tinha cochilado durante o filme.

Abri a porta do meu quarto e entrei com ela, deixei ela sentada na cama enquanto fechava as cortinas pelo controle.

— E tu vai dormir aonde? — Ela perguntou com a voz rouca.

— No outro quarto, fica de boa aí. Pode ficar a vontade. O banheiro é alí naquela porta. — Apontei pra porta do lado da parede da tv.

— Não queria incomodar. — Me aproximei dela e vi a mesma com a cara de choro.

— Relaxa, tu não incomoda. Fica bem viu. — Dei um beijo na cabeça dela e me saí.

Luise é uma mulher incrível, com o pouco que convivi com ela, pude perceber que ela é gente boa demais.

Mas também é cheia dos mistérios e segredos, esses segredos que fazem ela se destruir aos poucos, pois sei que a mente dela não sossega um segundo sequer.

E eu a entendo...

(…)

Amor indestrutível 2Onde histórias criam vida. Descubra agora