•Capítulo 48•

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Henrique Martins🥃
15:28 PM / Irlanda.

Dei um beijo na testa dela e sorri, tava extremamente feliz com ela do meu lado.

— Eu queria que fosse assim pra sempre, só nós dois. — Ela falou.

— Se você verdadeiramente quiser, pode ser, basta uma atitude sua apenas.

— Não quero magoar ele. — Ela respirou profundamente.

— E vai viver uma vida na qual verdadeiramente não é feliz? Até quando isso? Eu não quero ficar nessa pra sempre. — Me levantei e peguei um cigarro acendendo ele, me sentei na cama fitando a tv e comecei a fumar.

— Me desculpa por fazer você passar por isso. Só que não sei como terminar.

— Saber você sabe, só não quer. — Falei e soprei a fumaça pra cima.

Ela me abraçou por trás e começou a beijar meu ombro.

— Não vamos estragar esse momento falando disso, por favor, só vamos curtir tudo isso.

Suspirei me levantando e jogando a pontinha do cigarro na pia do banheiro. Voltei pro quarto novamente e ela tava deitada olhando pro teto.

Deitei do lado dela e virei o rosto dela pra ficar frente a frente ao meu.

Fiquei olhando pra cada detalhe do rosto dela enquanto fazia carinho na sua bochecha, talvez essa mulher nunca seria minha, e isso era triste.

É triste quando dois corpos se pertencem e não ficam juntos. Só nos resta aceitar, a vida é assim e sempre vai ser.

— Eu te amo. — Falei e dei um beijinho na testa dela, encostei a cabeça dela no meu peito e comecei a fazer cafuné nela.

— Amo você.

Existem milhões de pessoas pra mim ficar e eu escolhi ficar e me entregar justamente pra uma mulher que é comprometida e sei que nunca será minha.

A pior escolha de qualquer pessoa é se envolver com pessoas assim, e mesmo sabendo que é errado, insistir nesse erro...

Quando eu vim pra cá, já tinha tomado uma única decisão, seria a última vez que rolaria um encontro assim com ela. Tô fazendo isso pela proteção dela, não por ser um cuzão do caralho.

Talvez isso seria um baque pra ela, já que estamos acostumados com isso, só que ou eu acabo com isso agora, ou isso aqui acaba comigo, com nós... Eu não quero isso, jamais.

É melhor acabar agora, do que todos descobrirem e fuder com nós dois, sei que ela não aguentaria se essa merda toda estourasse.

Meu medo é descobrirem que ela é meu ponto fraco, e caso isso acontecer, vão só nela. Caso um dia descubram que o comando da Colômbia tá nas minhas mãos, iriam fazer de todo jeito pra chegar nela, e isso seria um problema enorme pra ambos, prejudicaria ela demais. Meu medo dela se machucar é fudido.

Deixei ela lá e me levantei, eu tinha que ir embora agora, se eu deixasse pra depois eu não irei mais.

— Vai pra onde? — Ela falou sentando na cama enquanto eu me vestia e arrumava algumas coisas.

— Tenho que ir. — Coloquei o relógio no pulso e guardei umas coisas na mala.

— Ir pra onde?

— Pra casa.

— Como assim?

— Eu tenho que ir trabalhar.

— E eu fico como?

— Fica aproveitando a viagem, não era teu sonho vim pra cá? Então.

— Então é assim? Ok...

— É isso...

— Quando nos veremos outra vez? — Fechei as malas e olhei pra ela.

— Por mim, essa é a última vez que te vejo.

— Tá louco? Porquê tá falando isso? Arranjou outra?

— Não é nada disso, só que não dá mais, cada um segue seu rumo e pronto. Tenho muita coisas pra fazer, muito trabalho, e tenho que tá focado. Foi bom enquanto durou.

— Você falou que iríamos dar certo.

— E demos, não é porque a gente não se casou ou passou o resto de nossas vidas juntos que deu errado, durante o tempo que ficamos deu certo.

— Cara, eu não acredito nisso, de verdade.

— Tu sabe muito bem que poderíamos sim tá junto, mas tu não fez certas escolhas, e então é isso. Te desejo tudo de bom.

Luise Martins🌻
18:00 PM/ São Paulo.

Estávamos todos reunidos pra um jantar na casa da Brenda.

Sorri pra Ayume que olhava pra mim fixamente.

— Ela tá admirando a mamãe dela. — Imperatriz falou olhando pra ela.

— Tá sim, ela é tão linda. — Falei.

— Genética boa. — Ela falou sorrindo.

— Queria a atenção de todos agora. — Jefinho chamou a atenção de todos. — Eu amo muito uma mulher, e essa mulher eu quero passar o resto do meus dias, ela é o amor da minha vida, a minha de fé, a qual eu quero casar e ter filhos. — Olhei pra Imperatriz do meu lado que sorria. — E essa mulher é a Ângela.  Aceita se casar comigo? — Foi questão de segundos pro sorriso da Imperatriz se desfazer.

A decepção na cara dela era visível, não adiantava ela esconder. Ela engoliu seco e tomou um copo de whisky.

— Sim! — Ângela falou sorrindo e beijou ele, logo todos aplaudiram.

Imperatriz foi se saindo de fininho, sem com que ninguém percebesse. Dei Ayume pro Xavier e fui atrás dela.

Procurei ela pela área de serviço e lá tava lá olhando pra baixo.

— Ei! — Falei pra ela que  levantou a cabeça me olhando.

— Oi.

— Não fica assim gata. — Me aproximei dela.

— Eu sei que errei bastante com ele, mas eu queria que desse certo dessa vez, só dessa vez. Eu odeio admitir isso, mas eu amo ele.

Ouvir isso dela foi um baque e tanto. Ela não era de demonstrar nada.

— Eu sei que sim, mas ele fez a escolha dele amor, só resta se conformar, alguma hora tu encontra quem vai se casar contigo, que vai te amar demais.

— Eu não devia ter baixado a guarda por ele, jamais, eu fui tola em pensar que alguém como eu iria encontrar alguém que me amasse, e vivesse tudo de mais lindo, pensei tosco demais. A minha caminhada eu vou tocar sozinha, como sempre fiz.

— Você sabe o que é melhor pra você, e em qualquer escolha eu irei te apoiar. — Abracei ela é senti ela suspirar fundo.

— Obrigada. — Sussurou baixinho.

(...)

Tava sentada no sofá da Brenda dando de mamar pra Ayume enquanto o Pantera fazia massagem no meu pescoço.

Eu observava tudo e todos, as mulheres conversando, os homens num canto da sala bebendo e jogando assunto fora.

E em um outro canto da sala Xavier conversava em ligação com alguém. Observei bem e enquanto ele conversa com a outra pessoa do outro lado da linha ele sorria bastante, o semblante dele era leve e de felicidade. Acho que ele esteja falando com a mulher dele.

Sorri vendo aquilo, por mais que aconteceu tudo aquilo entre nós, eu desejava toda a felicidade do mundo pra ele.

Olhei pra Ayume que dormia em meu colo enquanto mamava, meu milagre, a luz que eu precisava na minha vida.

(...)

Amor indestrutível 2Onde histórias criam vida. Descubra agora