•Capítulo 11•

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Luise Martins 🌻

O Pedro veio na minha direção e foi me guiando pro carro sem trocámos uma palavra, entramos e logo ele deu partida indo na direção do condomínio no qual eu e os meninos estávamos.

— O que aconteceu lá? — Quebrei o silêncio depois de algum tempo.

— Se lembra da Carol? — Perguntou prestando atenção na avenida.

— Tem como não lembrar?

— É... Mas assim, tu sabia que a irmã dela é do BOPE? — Ele falou e eu fiquei surpresa com aquilo.

— Não fazia nem ideia, mas o que isso tem haver com a reunião que vocês tiveram?

— É o seguinte, na época que tu tava junto com o JP lá no Rio de janeiro, teve uma mulher que ele te meteu chifre e ela era do BOPE, certo? — Eu assenti e ele prosseguiu. — Essa aí é a mesma irmã da Carol, só que agora ela não tá mais no BOPE, ela tá como delegada da polícia federal, e adivinha quem tá por trás de toda investigação atrás de mim e dos caras?

— Ela? — Ele concordou e parece que na minha cabeça tava juntando partes de um quebra cabeça.

— Exatamente, na época que ela se infiltrou na favela do babaca do JP, esse serviço tava nas mãos do BOPE, o serviço era de como o PCC funcionava no Rio através do TCP. Na época que teve aquele confronto no qual os dois sumiram, não foi só confronto com o Comando vermelho não, o BOPE tava no meio naquela dia. E tem muito mais coisas envolvendo essa mulher.

— Vanessa... — Sussurrei.

— Essa aí mesmo. Quando ela soube que o JP tinha sido executado, a investigação no JP acabou, mas teu nome continuou na investigação por um tempo, até que fizeram com que o Ricardo entrasse no teu caminho e descobrir se tu tinha ligação com a facção, mas não foi achado nada, porque realmente tu não tinha, até que o lindão aqui matou o filho da puta lá, mas antes disso enviaram a Carol também. Eles ficaram sabendo do teu lance comigo e tu foi ligada como a Primeira Dama da cúpula, sendo assim, te colocando no alto calão da investigação deles, mas rolou o que rolou e tu foi descartada e associada ao tráfico somente, não mais como a Primeira Dama.

— Então essa investigação deles já vem de muitos anos né? — Ele concordou e me explicou mais sobre isso.

— Depois da tortura que tu fez com a Carol ela ficou furiosa.

— E o JP sabe disso?

— Ele descobriu, e assim que ele descobriu a Carol fugiu.

— Caraca... Era sobre isso que vocês tavam falando?

— Era, porquê a gente tem que matar as duas. A Carol era pra ter matado naquele dia só não matei por causa dos cara do TCP.

— Mas assim vocês vão tá comprando uma guerra contra a polícia.

— Mas eles não vão saber quem foi.

— Não tem como.

— Acredite, tem sim.

(…)

Abri a porta de casa e tava tudo silêncio, fui olhando nos quartos e não tinha ninguém, desci pra sala onde o celular tava mexendo no celular.

— Tem ninguém não. — Sentei do lado dele logo guardando o celular e me encarando.

— Devem ter saído. E falando do lance da casa, a gente corre riscos aqui, a polícia pode vir a qualquer hora e aqui é bem mais fácil pra eles. Então a gente tem que ir lá pra Heliópolis, nossa casa é lá.

— Entendi, por mim tudo bem. — Assim que terminei de falar Henrique entrou na casa junto com Imperatriz.

— Já voltaram? — Imperatriz falou sentando no outro sofá junto com meu irmão.

— Já sim, com tudo que tá acontecendo não temos que ficar dando bobeira. — Falei e ela concordou.

— Amanhã tô indo embora junto com a Evy. Já passamos tempo fora demais, agora que já tá tudo bem contigo posso ir, mas venho visitar vocês quando puder.

— Poxa, vou sentir saudades de tu me perturbando toda hora. — Falei.

— Eu também vou indo embora, mas vou hoje de madrugada. — Henrique falou.

— Pera aí, quer dizer que todos já estão indo? — Eles concordaram se levantando.

— Agora você tem o Xavier pra ficar contigo, mas sempre estarei de olho em ti. — Henrique falou subindo as escadas.

— Vou indo arrumar minhas coisas. Ah, e aliás, o Gael tá com o Jefinho, provavelmente ele vem deixar ele aqui mais tarde. — Imperatriz falou e subiu também.

— Vou começar a arrumar minhas coisas na mala, e as coisas do Gael também. — Suspirei e levantei.

— É pelo nosso bem. — Assenti com a cabeça e subi.

Quando entrei no corredor que dava prós quartos dei de cara com a Imperatriz.

— Tu tá bem? — Perguntei já que ela parecia estar no mundo da lua.

— Tô sim.

— Tem certeza?

— Tenho sim amiga, fica tranquila. — Assenti e fui pro meu quarto arrumar minhas coisas.

— Luise? — Ouvi Henrique me chamando e me virei pra ele.

— Oi.

— Promete que vai ficar bem?

— Eu tô bem, não se preocupa.

— Caso ele faça algo, não pensa duas vezes pra me ligar.

— Tá bom.

— De verdade, pensa bem antes de fazer as coisas, atitudes geram consequências, sejam elas boas ou ruins. Vai ter gente nossa por toda a parte de olho em ti e nos meninos.

— Ok. — Fui até ele e abracei o mesmo. — Eu te amo, não vai se esquecer de mim. — Sussurrei.

— Eu também te amo muito, jamais vou te esquecer. Vou sempre tá olhando por vocês, de vez enquanto eu apareça. — Sussurrou de volta.

(…)

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Amor indestrutível 2Onde histórias criam vida. Descubra agora