•Capítulo 23•

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Xavier🐺
Terça-feira.
02:34 AM.

Tínhamos acabado de chegar da reunião do comando e eu tava olhando ela dormir no meu peitoral.

Eu realmente a amo, amo de uma forma que não consigo explicar, o meu amor por ela faria eu cometer qualquer coisa. Eu amo cada detalhe dessa mulher, eu amo até os defeitos dela.  A cada batida do meu coração eu amo extremamente ela, com ela sinto um amor que nunca tinha sentido por nenhuma outra mulher, eu a amo muito, e a única pessoa fazer eu deixar de amar ela é somente ela mesma.

Olho pra ela e só consigo sentir orgulho da mulher foda que ela é. Olho pra ela e vejo que fiz a escolha certa quando escolhi ela pra passar o resto da vida comigo compartilhando cada momento lado a lado.

O amor é algo que nunca vou conseguir explicar quando se trata dela, porque o que sinto por ela é algo inexplicável, ninguém nunca conseguiria explicar o meu amor por ela.

(…)
Terça-feira.
11:23 AM.

Ela segurou minha mão e sorriu, papo reto mané, eu sou apaixonado nessa mulher.

A gente tava descendo a favela e indo pra boca de mãos dadas, ela falava toda contente sobre os planos de futuro dela.

— Sério amor, é a coisa mais linda, precisamos ir lá, nunca fui, mas sempre tive vontade de ir. — Ela tava falando toda empolgada sobre Dubai.

— Vamos lá, deixa só tudo isso acabar que a gente vai. — Falei enquanto a gente passava pela pracinha.

— Tirar um fotão lá. — Ela falou e quando terminou de falar ouvimos o som dos foguetes. Ela segurou na minha mão com força e me olhou com medo.

— Vamos! — Puxei ela pra uma viela e saí correndo junto com ela.

Peguei a pistola e fui apontando pra frente. A gente se encostou num muro que tinha a visão pra rua. Quando olhei tinha dois homens encapuzados de preto apontando a arma pra Hanna e quando eles foram atirar nas duas pernas dela eu fui mais rápido, atirei no ombro deles e foi quando a Luise me puxou com tudo pra trás.

— Vem. — Ela me falou e dessa vez foi ela quem me puxou.

— Não, a Hanna. — Falei e ela me puxava com mais força.

— VEM CARA. — Gritou e saiu correndo e me puxando.

(…)
15:34 PM.

— Não fala nada, por favor. — Luise falou sentando no sofá enquanto eu continuava em pé olhando pra ela.

— Não tô te entendendo não Luise, sinceramente, sorte que na hora a Hanna correu. — Ela suspirou e olhou pra parede.

— Xavier, não fala nada não.

— Tu sabe que as coisas não são desse jeito Luise. — Falei e ela me encarou e se levantou.

— Xavier, pelo amor de Deus, tu tá chateado comigo só porquê eu te puxei de lá?

— Não tô chateado Luise, só era pra mim ter matado aqueles filhos da puta, eles iam matar a Hanna.

— Xavier, tu pode ser o bichão dentro da facção, ser o brabo e blá blá blá, mas tu não é o Superman não. Tu acha que ia matar dois homens fortemente armados com uma pistola? Era um contra dois. Queria o quê? Que eu te deixasse lá atirando pros homens te matarem na minha frente?!

— Luise... — Ela me interrompeu e continuou falando.

— Eu não tô errada não Xavier, mas tu não entende, ultimamente não tá compreendendo o meu lado, só sabe ficar chateado comigo enquanto só quero teu bem. — Limpou uma lágrima solitária do rosto dela e passou por mim subindo as escadas.

— Luise! — Chamei ela e ouvi a porta do quarto bater com força.

Passei a mão no rosto e fui pra boca terminar de resolver o que tava pendente.

Fui até a boca principal e vi o Jefinho fumando encostado no carro dele.

— E aí irmão. — Ele falou e fez toque.

— E aí. — Falei e me encostei no carro também.

— Cadê a Luise?

— Tá em casa, puta de raiva. — Ele tragou e me olhou.

— O que foi dessa vez?

— Por causa que eu tava falando pra ela que ela tinha que ter deixado eu matar os caras mas ela me puxou, eram dois. Aí ela ficou com raiva por causa disso. — Riu e balançou a cabeça.

— Qual foi Xavier? Queria dar uma de Batman é? — Riu. — Ela fez o certo pô.

— Pô, é foda. Vou aqui irmão. — Falei e ele balançou a cabeça.

Entrei na boca e fui direto pra salinha que o Alemão tava me esperando.

— Pensava que ia me dar chá de espera aqui. — Falou rindo e se levantou e demos um apertão de mão.

— Não, tive uns imprevistos. — Me sentei na cadeira e ele sentou de frente pra mim.

— A mulher né? — Concordei e ele riu. — Essas mulherada são tudo complicada.

— São mesmo.

— Mas enfim, lá pelo Rio tá tudo certinho, o problema tá todo centrado aqui. Se estavam com a hipótese de ser o CV que tá atacando aqui direto, já pode descartar. — Falou fazendo eu prestar bem atenção.

— Porquê descartar?

— Irmão, o bagulho é o seguinte, o CV tá em uma guerra com a FDN, e eles querem ganhar essa guerra, o foco deles tá sendo isso, e tu acha mesmo que eles iriam vim do Rio atacar aqui em São Paulo? Que é dominado pelo PCC? Eles não tão loucos nesse ponto, sem pensar que eles estariam colocando tudo em risco. E eu fui a fundo saber se eram eles mesmo e não são eles que estão comandando os ataques aqui.

— Certo. Então quem seria?

— É atrás dessa resposta que temos que ir atrás.

— É um inimigo desconhecido, não sabemos quem são e nem de o de vem, e isso complica tudo, estamos recebendo ataques atrás de ataques. Cada hora é uma coisa, hoje por exemplo vieram pra atacar as bocas de novo. Cada hora é uma coisa diferente. — Falei e vi ele pensativo.

— Já pensou se é o exército disfarçado?

— Não tinha pensando nessa possibilidade.

— Eles podem muito bem tá se disfarçando pra não dar merda pro lado deles, por tá invadindo a favela sem autorização.

— Mas se foi eles, porquê não me mataram naquele dia? Não tem como.

— Aí que tá a questão meu amigo, pode não ser eles também, pode ser alguém que quer muito que tu caia do cargo maior gerando todo esses problemas aqui dentro. — Ele falou e faz sentido até.

(…)

Amor indestrutível 2Onde histórias criam vida. Descubra agora