Xavier🐺
— Ei, fica acordada, por favor. — Falei desesperado e olhei pra eles. — Se vocês querem eu, me levem, façam o que quiser comigo, mais me deixem levar ela no posto, por favor.
— Ela vai morrer aí, nos teus braços e nós vamos ficar vendo aqui até ela morrer. — Uma voz feminina falou e eu não fazia ideia de quem era.
Olhei pra ela que respirava fraco, olhei pro beco e vi o Pivete com mais quatro menor, ele balançou a cabeça pra mim e eu confirmei.
Foi questão de segundos pro Pivete junto com os outros atirarem na direção do pessoal e eles se esconderem ficando na defesa enquanto os moleque atirava.
Ajeitei a arma nas costas e peguei a Hanna nos braços e fui até o beco que tava bem próximo.
Fui levando ela até onde tava o carro, logo avistei os caras enquanto os menor tava numa trocação intensa.
— Vocês sabem muito bem pra onde levar ela, caso eu não puder ir, manda a minha mãe. — Falei colocando ela dentro do carro.
— Entendido irmão. — Um dos cara falou e eu me afastei do carro, ele arrancou com tudo levando ela.
Ajeitei a arma e fui andando pelos becos e vielas.
Algo me falava que Luise estava aqui. E eu iria pegar essa traíra hoje.
Eu não sentia mais nada por ela, única coisa que eu sentia era mágoa dela e de tudo que ela vem fazendo.
Tenho certeza que foi ela que atirou na Hanna, o jeito que a pessoa atirou era idêntica a dela. A postura era a mesma...
Eu vou ser pai, de novo, e isso é louco demais, não tava nos meus planos ter um filho com a Hanna.
Nos meus planos de meses atrás, era a Luise que ia ter filhos comigo, íamos ser felizes e viver nossa vida juntos, mas como sempre a vida pregando peças na gente.
Essa criança é a luz que tô precisando pra iluminar meus dias escuros.
Entrei num beco e vi um deles de costas andando, apertei o gatilho derrubando ele alí mesmo.
Me virei pra sair daquele lugar, mas quando eu fui sair me deu um aperto enorme no coração, meu coração começou a acelerar.
Me bateu uma curiosidade enorme pra ver quem era aquele que eu tinha derrubado.
Quando me aproximei dele e tirei a touca ninja daquela pessoa, o desespero tomou conta de mim e eu não sabia o que fazer ou como reagir.
Eu tinha derrubado meu filho!
Sacudi ele e nada dele acordar.
— Caralho Bruno, o quê tu tá fazendo aqui? Porquê tá fazendo isso comigo? — Falei com meus olhos marejados.
Senti quando atiraram no meu ombro e me joguei pra de trás de um poste.
Atirei na direção de dois deles e eles atiraram de volta, me escondi atrás de um poste.
Olhei pro corpo do Bruno caído ali e me levantei devagar correndo pra dentro de um outro beco.
Enquanto eu corria pra um acesso que dava pra fora de Heliópolis.
Uma lágrima escorreu pelo meu rosto e logo limpei.
Meu ombro latejava demais, era uma dor até que suportável.
Escondi a arma numa pilha de lixo e quando ia sair de Heliópolis senti o cano de uma arma na minha cabeça.
— Vira devagar, e se vier de gracinha novamente o próximo tiro vai ser na tua cabeça. — Reconheci a voz dela rapidamente.
Era a Luise, bingo! Eu estava certo.
— Tu não tem coragem de atirar em mim. — Falei me virando pra ela.
— Eu tenho, e como tenho... Ainda mais agora que já me estressou até demais não obedecendo o que a gente pediu.
— Não, tu não tem coragem. Vai atirar em quem tu ama e pra sempre vai amar? Tu me ama e não vai atirar.
— Passa na frente, agora!
Fui caminhando na frente dela enquanto ela vinha com a arma apontada na minha cabeça.
— Eu sabia que não tinha coragem. — Assim que terminei de falar senti a porra de uma bala perfurando minha perna e dei um grito. — SUA PUTA MALDITA!
— Eu tenho muita coragem pra atirar em quem eu não amo.
Agora pra piorar tudo, minha perna e ombro latejava e sangravam.
Não demorou muito pra gente chegar na frente do galpão que tinha aqui.
Tinha vários homens deles fazendo a segurança do galpão.
A gente entrou e já pude ver o grupo deles reunido.
Eu queria muito saber quem tava junto dela, além do Bruno.
Ela me jogou numa cadeira perto deles.
Eles ficaram em volta de mim e foram tirando a touca ninja, eu fui olhando cada um e não tava acreditando no que eu tava vendo.
Balancei a cabeça rindo e não conseguindo acreditar numa porra dessa.
Todos eles estavam por trás de tudo isso? Como não percebi?
Agora muita coisa fazia sentido...
— Olá Xavier? — Imperatriz falou sorrindo. — Tá surpreso?
— Já desconfiava.
— Não gato, não desconfiava, se desconfiasse teria parado nós á tempos. — Ela falou.
— O Bruno está bem? — Perguntei e escutei a risada dele.
— Não poderia estar melhor, papai. — Vi ele vindo na minha direção rindo.
— Como?
— Eu estava de colete.
— Tinha sangue na tua boca e tu tava desacordado.
— Foi encenação, aprendi com você, fui bem?
— Então tu escutou o que falei, não é mesmo?
— Sim, eu escutei muito bem papai, porquê não fez o que a gente pediu? Quase você estraga nossos planos. — Dei um sorriso de lado.
— Tá explicado porque falou tudo aquilo hoje.
— Sim, porque eu me preocupo com você.
— Porquê tão fazendo isso? — Perguntei olhando pra Luise.
— Depois você vai saber. Pra onde mandou a Hanna? — Ela perguntou.
— Não vou falar, quer saber pra matar ela?
— Talvez sim.
— Matar uma grávida?
— Sim, algum problema?
— Não imaginava que tu era tão podre assim. Ninguém consegue sustentar um personagem por muito tempo, tua máscara aos poucos tá caindo. — Falei e sorri.
— Não se preocupa pai, eu não vou deixar ninguém matar a Hanna. — Ele suspirou e riu me olhando. — Eu mesmo vou matar ela com minhas próprias mãos.
— Pra quê tanto ódio por ela? Porra, ela nunca fez nada pra nenhum de vocês! — Falei puto.
(…)
VOCÊ ESTÁ LENDO
Amor indestrutível 2
Fiksi Penggemar+18|| O amor pode ser complicado, doloroso, pode te decepcionar, te destruir, mas sempre saiba que quando esse amor for verdadeiro todas as tempestades serão apenas pequenas chuvas de verão •Necessário ler o primeiro livro• •Plágio é crime•