•Capítulo 32•

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Luise Martins🌻

— As acusações são certeiras em vocês, as provas apontam vocês, só resta vocês assumirem a culpa, porque aqui tá constando que é vocês. — Fumaça falou.

— Assumir uma culpa que não é nossa? Sério isso? — Falei indignada.

— A gente pode provar que não foi a gente. — Pantera falou apoiando as duas mãos na mesa e olhando pra eles.

— Não tem como, as provas que foram vocês dois já está aqui nas nossas mãos. — Xavier falou e eu respirei fundo.

— A gente tem nosso direito sim de provar que não foi a gente, quer matar a gente mesmo, né? Tá doido pra ver nós dois a sete palmos... — Pantera falou encarando ele.

— Vocês tem até às 22:00 da noite de hoje pra apresentar as provas que não foram vocês. — Fumaça falou e se levantou saindo junto com Xavier.

— Revertam essa situação. — Jefinho falou e saiu

— Agora a bronca é com nós madame. — Falou rindo. — Vamos?

— Vamos. — A gente foi saindo da sala e logo demos de cara com Hanna, Xavier e Fumaça.

— Tu tá pensando a mesma coisa que eu? — Pantera falou enquanto saíamos daquele galpão.

— Eu acho que sim...

— Um animal sem chifres é um animal indefeso. — Falou fazendo eu rir e bater no braço dele.

— Besta.

— Vai fazer o quê agora? — Perguntou quando chegamos perto dos carros numa rua pouco movimentada.

— Eu vou atrás dos meus filhos. E nem sei onde deixaram meu celular. — Suspirei.

— Onde eles tão?

— Na casa deles.

— Vou te levar lá, entra aí. — Ele falou fazendo e entrei no carro.

Não demorou muito e a gente chegou aonde eles estavam.

Abri o portão e logo dei de cara com os seguranças da casa.

— Cadê eles? — Perguntei pra um rapaz.

— Estão todos aí dentro. — Concordei e fui entrando com o Pantera atrás de mim.

Abri a porta de vidro e logo tive a visão dos meninos sentados apreensivos com a Clara e Eloisa tentando acalmar eles. Rapidamente eles me viram e levantaram vindo na minha direção.

— Ainda bem que está aqui. — Arthur foi o primeiro a me abraçar.

— Tá tudo bem, meu filho. — Passei a mão nos cabelos dele e se separamos.

— Tá bem? Mãe... — Bruno falou e veio me abraçar.

— Tô bem sim, meu filho. — Me separei e olhei pra ele sorrindo.

— A gente ficou preocupadas demais. — Eloisa falou logo me abraçando junto com a Clara.

— Fiquem tranquilos, tá tudo bem. — Falei tranquilizando todos eles.

Me lembrei do Pantera e olhei pra trás, ele tava observando tudo atentamente.

— Ele é o... — Bruno falou tentando lembrar do Pantera.

— Pantera. — Falei.

— Me lembro dele, lá do Rio... — Arthur falou e Pantera riu.

— Vocês já se conhecem? — Perguntei pra eles que logo negaram.

— Não, só de vista. — Bruno falou.

— Então, esse aqui é o Pantera que falei pra vocês. — Falei e puxei ele pra perto da gente.

— É um prazer conhecer você!

Bruno falou e fez toque com ele.

(...)
21:45 PM.

— Cara, eu tô sem acreditar nisso, meu pai tá fazendo outra burrada de novo. — Bruno falou passando a mão na cabeça. — Eu não acredito no que ele ia fazer.

— Pois é, ele ia fazer. — Falei e dei o Gael pra Eloisa, na hora que os homens foram me buscar deixaram ele com a Safira. — Mais tarde tô de volta, assim espero.

— Ou, vai tá sim. — Arthur falou.

Se despedimos de todos e eu e Pantera fomos até o galpão de novo.

Assim que saímos do carro já tinha uma grande movimentação aos arredores.

Ajeitei meu vestido longo lastex vermelho e peguei a minha bolsinha da Gucci preta. Tava com um salto da DG, uma maquiagem básica com um batom vermelho escuro, um colar e brincos, hoje era como se fosse uma final da libertadores pra mim.

Entrei junto com o Pantera, que tava de uma camisa social branca, junto com uma calça social preta colada, um sapato social preto, um relógio de ouro no pulso e uma correntinha no pescoço, ele tava sem a arma.

Aqui era vencer ou vencer.

Entramos naquele galpão agitado atraindo a atenção de todos que alí estavam.

Assim quando chegamos mais perto da sala em que aconteceria a reunião, vi Xavier todo trajado de branco e na grife, ao lado dele tava a Hanna.

Quando ele me viu, me olhou da cabeça aos pés, me deu aquele olhar frio e me ignorou totalmente.

Suspirei fundo e minhas mão começaram a tremer, foi quando Pantera percebeu e segurou minha mão bem forte.

— Se acalma, vai dá tudo certo, tô aqui contigo, tu não estás sozinha. — Falou pra mim baixinho e concordei.

— Podem vim. — Fumaça nos chamou até a sala e fomos até lá, atraindo a atenção do Xavier que logo de cara olhou pra nossas mãos juntas.

Minhas mãos tremia terrivelmente e Pantera segurava ela forte pra ninguém perceber.

Cada um ficou no mesmo lugar novamente, mas dessa vez eu e pantera sentamos nas cadeiras, ele na ponta e eu do lado direito dele, e dessa vez tinha homens do PCC e TCP na grande mesa.

— Bom, todos aqui devem saber que o preço da traição dentro do Primeiro Comando da Capital é a morte. Hoje estamos diante de um caso bem complicado e delicado, por ser tratar da primeira dama da cúpula do PCC e do líder principal do Terceiro Comando Puro, onde estão sendo acusados de traíragem com o PCC, fazendo um grande conflito dentro do Partido. — Jefinho iniciou a reunião e todos ficaram atentos a cada palavra dele.

— Como todos sabem, eles estão sendo acusados, e os mesmos tem o direito de apresentar provas pra provar que não estão de traíragem com o Partido. — Fumaça falou.

— Nós dois temos como provar tudo. Temos as provas com a gente. — Pantera falou.

— Pode nos mostrar então. — Jefinho falou e Pantera de levantou indo até uma televisão ligando ela, e em seguida conectou o celular dele na televisão.

— No dia do ataque, que estão dizendo que sou eu, eu estava em Curitiba e posso provar. — As imagens da câmera de segurança apareceu na tv, era ele numa casa com outros homens conversando, e lá no canto apareceu a data e hora. — Nesse dia, eu passei uma semana lá, nem sabia que estava acontecendo tudo isso dentro do Partido. — Ele me chamou e fui até lá atraindo a atenção de todos.

— Boa noite a todos. Então, as transferências feitas, não foi eu que fiz, até porque eu não tenho a essa conta bancária já tem oito anos. Durante todo esse tempo ela ficou parada, e como podem ver no extrato, o último que fiz foi aqui em São Paulo, há oito anos atrás. Fizeram as transferências da Bahia, sendo que nunca fui lá, e no período da transferência, eu estava aqui em Heliópolis. Sobre os códigos que deram em nos nossos armamentos, há três meses atrás, nossos carregamentos de armas foram roubados enquanto vinha aqui pro Brasil. — Mostramos as provas pra eles.

— E sobre ser você no dia do ataque? — Um homem perguntou. — A estatura da mulher que invadiu aqui e atirou na moça, é idêntica a sua...

(…)

Amor indestrutível 2Onde histórias criam vida. Descubra agora