•Capítulo 43•

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Pistola👻
Flashback on:

— Acontece é que eu sonho com ela todos os dias desde a chegada dessa Hanna. A mulher é linda, cabelos pretos e olhos claros, ela sempre olha pra mim com os olhos marejados. — Falei pro Pantera.

— Tu reconhece essa mulher? — Ele perguntou.

— Não, mais tem a semelhança com minha mãe, porém minha mãe era loira.

— Quem sabe é ela, procura fotos dela, pra ver se não tem alguma com cabelo preto. — Ele falou acendendo um cigarro. — E quem sabe ela não tá querendo te dar um sinal.

— Pode ser. Pensando bem, avisando sobre o quê?

— Qualquer coisa, um aviso, ou quer que tu descubra algo, que saiba de algo... Pode ser qualquer tipo de coisa. — Deu um trago no cigarro dele.

— Tenho que descobrir o que é, isso tá me atormentando dia e noite. — Olhei o céu pela varanda do apartamento. — Tem como tu fazer um favor pra mim?

— Tem, me fala qual é.

— Manda teus homens puxarem a ficha da Hanna desde o dia que ela nasceu. Quero saber de tudo da vida dessa mulher.

— Pode deixar, tu vai saber de tudo.

(...)

Passou uns dia e eu continuava atordoado com tudo aquilo que eu sonhava e tudo que se passava.

Minha mente tava um caos completo, ainda tinha meu filho que logo daqui a alguns meses vai nascer.

Não demorou muito pro Pantera chegar e eu estava ansioso pra saber o que ele havia descoberto.

— Acho que tu não vai gostar muito do que descobri não. — Ele falou deixando um envelope encima da mesa.

— Não tem problema, me fala o que tu descobriu.

— Tua mãe era de onde?

— Curitiba. — Falei me lembrando do que meu pai havia me falado.

— A Hanna também.

— O que tem?

— Fui afundo e encontrei uma foto das duas juntas, tá aí dentro do envelope. — Apontou e abri o envelope e tinha uma foto das duas bem novas, e a moça do sonho era a minha mãe mais nova...

— Elas eram amigas? — Perguntei olhando aquela foto, as duas estavam com uma farda de escola, estavam abraçadas e sorrindo, numa praça.

— Melhores amigas. Só que a Hanna não aceitou que as coisas tavam indo bem na vida da tua mãe e a inveja tomou conta, foi quando ela armou pra tia da tua mãe saber que ela tava se envolvendo com um traficante de lá na época, antes do teu pai. A tia dela não aceitava, já que ela era da polícia na época. Quando a tia dela soube ficou enfurecida e bateu nela demais, e isso foi por dias, já que ela queria que tua mãe entregasse o cara, era surra todo dia que acabou matando a criança que tua mãe carregava na barriga. — Uma lágrima solitária caiu e limpei logo.

— A Hanna foi a culpada pela criança morrer... — Falei e ele concordou.

— Sim, e como ela recebia surra todo dia, acabou afetando na saúde dela, foi quando ela se mandou pra cá, aqui em São Paulo conheceu teu pai e engravidou de ti, e como a saúde dela tava afetada, acabou falecendo no dia que tu nasceu. Parece que ela guardava esse segredo a sete chaves, tinha vergonha.

— Caralho! — Passei as mãos no cabelo.

— E outra, tua mãe morreu e não soube que tudo tinha sido armação da Hanna, ela sempre pensou que a tia dela descobriu porque desconfiou de algo.

— E a mãe dela?

— Da tua mãe? — Concordei com a cabeça. — Deixou ela recém nascida nas mãos da irmã e depois sumiu no mundo, o pai ela nunca soube quem era.

— Caralho, meu pai não me contou nada disso.

— Ele não deve saber nem metade dessa história, acho que nem sabe disso tudo, tua mãe não gostava de falar do passado.

— Como descobriu isso tudo?

— Com uma mulher que era próxima delas na época

— Entendi. Hanna sabe que minha mãe era a ex amiga?

— Não. Já que quando ela saiu de lá, ninguém teve notícias dela, e tem que tua mãe mudou completamente, colocou silicone, cortou o cabelo e pintou, fez tatuagem...

— E o pai do filho dela? — Perguntei enquanto ele sentava na cadeira e eu andava de um lado pro outro.

— Foi preso e quando foi solto executaram ele.

— Minha mãe quer que eu me vingue da Hanna, e eu vou fazer isso. Por isso os sonhos, ela queria que eu soubesse...

— Sim...

Eu vou matar ela.

Flashback off.

Não quero que meu pai saiba disso, pois ele não vai dá o aval pra mim matar ela.

Eu tinha que matar ela, de um jeito ou de outro, eu não irei descansar até essa mulher tiver a sete palmos debaixo da terra.

— Já tá tudo pronto pra Vanessa cair na nossa armadilha. — Imperatriz falou pra nós.

— No máximo amanhã ela já não está entre nós. — Luise falou.

— Fiquei sabendo que Carol já tá quase indo. — Pantera falou e deu um trago.

— As chances dela de sobreviver são pouquíssimas, mesmo assim temos que dar um empurrãozinho, pra facilitar o trabalho da morte. — Henrique falou.

— Alguém sabe pra onde levaram a Hanna? — Perguntei.

— Teu pai tá guardando a localização dela muito bem guardado. — Pantera falou.

— Eu sei... Mas, eu não posso falar. — Fumaça falou rindo.

Pra ele tá rindo aqui com nós agora, esse filho da puta deu mó trabalho, a gente teve que contar detalhe por detalhe e depois ligamos pros caras do comando explicando tudo adiantado, já que era pra contar só depois que tudo se resolvesse.

Porém tivemos que contar logo, já que o bocudo do Fumaça correu logo pra eles.

— Porquê não vai falar? — Perguntei dele.

— Teu pai me mata.

— Mata não, só é pra mim saber onde minha querida madrasta tá,  saber como ela e meu irmãozinho estão. — Falei fazendo ele rir. — Tá rindo porquê? Chapou?

— Não confio em ti, tu escondeu as coisas do teu próprio pai, tua mente é maquiavélica, ela planeja só maldade pra Hanna e o bebê. Tu pensa que me engana com esses papo de tá preocupado? Não mesmo, tu não aceita que teu pai vai ter outro herdeiro, tu não aceita a mulher do teu pai. Tu não aceita outro em teu lugar. — Ele falou e eu soltei uma gargalhada enquanto geral prestava atenção no nosso papo.

— Escondi do meu pai porque não tinha como contar pra ele. Tu tá muito enganado ao teu respeito. — Falei.

— Não tô não, te conheço desde menor, tu não me engana. — Ele falou.

(…)

Amor indestrutível 2Onde histórias criam vida. Descubra agora