•Capítulo 29•

1.2K 102 50
                                    

Luise Martins🌻
Heliópolis, São Paulo.
Domingo / 08:40 AM.

Segurei o Gael levando ele até o tapete junto com os brinquedos dele, já tinha dado a mamadeira pra ele e estava tudo certo.

Os meninos com a Clara e Eloisa estavam tomando café, Pedro saiu cedo pra boca sem dar explicação ou falar algo, na cama eram dois completos estranhos praticamente, cada um virava pra um lado e fim.

Suspirei não tentando pensar nessas situações e aproveitar o máximo de tempo com meus filhos.

Fiquei um bom tempo brincando com o Gael, ele ria fazendo o meu coração se encher de amor. Ele é fundamental na minha vida, meu amor por essa criança não tem explicação. Ele não se gerou dentro de mim, mas é como se tivesse gerado, meu amor por ele é inexplicável e incondicional.

Peguei ele no colo e fui indo até onde estava todo mundo. Gael quando viu eles já ficou todo alegre batendo palmas.

— Bora pra piscina Gael, bora? — Clara falou e ele riu.

Me sentei numa cadeira mesa com ele no meu colo.

— Ele já fica todo feliz quando fala em piscina. — Falei ajeitando ele no meu colo.

— Fica mesmo, ele chora quando é pra sair da piscina. — Clara falou comendo o bolo de chocolate que eu fiz.

— Ele chora e depois ainda fica emburrado. — Arthur riu e falou.

— Pose mó de marrento, pra completar ainda cruza os bracinhos. — Bruno imitou ele e todos nós rimos.

— Quem será que ensina essas coisas pra ele, né Pistola? — Eloisa falou e ele fez a egípcia.

(...)
14:00 PM.

Tínhamos acabado de tomar banho de piscina e estávamos todos na sala pra assistir filme. O Pedro não veio nem almoçar aqui, mas também não falei nada, e muito menos mandei mensagem.

Gael tava dormindo no meu colo, Eloisa tava deitada no peito do Arthur numa ponta do sofá, e Clara e Bruno na outra ponta enquanto eu tava com o Gael numa poltrona. Só faltou ele aqui pra família está completa, mas não, em pleno domingo ele tá na porra de uma boca ou sei lá aonde.

Fiquei fazendo carinho na costa do Gael enquanto ele dormia serenamente. Olhei pros meus filhos, noras, meu coração transbordou de amor, se um dia estive sozinha no mundo, eu não estou mais, eu tenho meus filhos, que são meu alicerce, meu tudo.

Não demorou muito pra gente ouvir uma grande trocação de tiro e os meninos ficarem alertas e subiram pra pegar as armas.

Logo eles desceram e ficaram alertas no radinho.

— Isso e bem provável de ser os caras lá, os que não sabemos quem é. — Arthur falou com um fuzil nas mãos.

Estávamos todos apreensivos e com medo de invadirem aqui com todos nós dentro.

Foi por cerca de meia hora que durou os tiros, e ficou um completo silêncio. Tinha deixado o Gael no quarto dele com a Clara e Eloisa enquanto eu fazia uma mamadeira pra ele e os meninos tavam na área da piscina se comunicando com os outros através do radinho.

Coloquei o mingau dele na mamadeira, e deixei encima da ilha esfriando, quando percebi a presença de alguém na porta da cozinha, me virei devagar e dei de cara com o Pedro.

Ele tava sem camisa com o ombro enfaixado, me olhava na maior frieza do mundo, eu engoli seco.

— O que aconteceu? — Perguntei olhando pra ele.

— Tomei um tiro de raspão. — Se sentou na cadeira da ilha e ficou me olhando.

— Quer que eu dê uma olhada nisso aí? — Ele balançou a cabeça em forma de negação.

— Não, tá de boa.

— Tudo bem então.

— Cadê os meus filhos?

— Bruno e Arthur tão lá na área da piscina e Gael tá com as meninas lá no quarto dele. — Falei e peguei a mamadeira dele.

— Entendi. — Quando fui virar de costas pra ir lá pra cima ele segurou no meu braço. — Luise.

Falou e soltou devagar o meu braço, ele estava bem na minha frente, a poucos centímetros de mim.

— Oi... — Falei olhando nos olhos dele.

— Tu me ama?

— Que pergunta é essa? É claro que amo.

— Tem certeza?

— Eu tenho a total certeza cara.

— Tá bom então, se tu diz... — Virei de costas e quando fui saindo da cozinha escutei ele falar bem baixinho, mas deu pra mim escutar. — Se amasse mesmo não estaria destruindo a pessoa que ama...

— O quê que tu falou aí? — Me virei olhando pra ele.

— Nada demais, só pensei alto demais.

Assenti se subi as escadas indo pro quarto do Gael onde as meninas estavam.

Coloquei a mamadeira dele encima da cômoda e me sentei no tapete junto com as meninas e ele.

— A gente tava conversando aqui sobre o Baby chá da Clara. — Eloisa falou.

— Vai fazer chá revelação ou não? — Perguntei pra ela.

— Eu não sei, tô indecisa sobre isso. Se faço somente o baby chá, ou o chá revelação.

— Já falou com o Bruno sobre isso? Pra ele dar a opinião dele. — Falei.

— Já sim, ele também tá em dúvida.

(...)
23:56 PM.

Hoje, depois de dois dias sem dormir em casa ele iria dormir hoje aqui.

Me ajeitei na cama e virei de lado me cobrindo combo edredom, senti ele deitar também e se mexer.

Ele se ajeitou e me puxou, fazendo minha cabeça está encima do peitoral dele. Abracei ele e fechei os olhos.

Meu peito ardia numa maneira que não consigo explicar, a vontade de chorar se fazia presente, mas respirei fundo pra não chorar alí.

O silêncio dele me maltratava, me torturava, mas também eu não tinha coragem de falar alguma palavra.

Fiquei pensando alí por um bom tempo, era estranho como as coisas mudavam tão rápido, mas eu deveria estar acostumada, mas não eu não estava acostumada com essas mudanças repentinas.

(…)

Amor indestrutível 2Onde histórias criam vida. Descubra agora