POV. Nairobi
Acordo e sinto a minha cabeça prestes a explodir. Meu Deus, que dor de cabeça! Demoro, mas consigo abrir um pouco os olhos e pisco algumas vezes. Quando abro completamente os olhos, gemendo baixinho de dores, olho para o meu lado e assusto-me ao ver o Berlim deitado na cama comigo.
- Que estás aqui a fazer? - Pergunto assustada, sentindo cada palavra a bater forte na minha cabeça.
- Como estás? - Ele pergunta. - Chegaste ontem à noite do arraial super bêbada.
- Como é que tu sabes? - Pergunto. Agora estamos fodidos.
- Vi-te a chegar com os outros e estavas muito bêbada. Tive de te ajudar a tomar um banho e não foi fácil - Ele explica.
- O quê? - Pergunto. - Nós...?
- Não. Tu pediste, mas estavas muito bêbada para isso e nunca o faria com uma mulher num estado como o que estavas ontem.
- Obrigada - Sorrio fraco, passando os dedos nas têmporas. - Mas tu viste-me sem roupas?
- Bem, nós já transámos, então... Não vi nada de novo - Ele dá de ombros.
- Berlim! - Dou-lhe um tapa no braço e falo um pouco alto, fazendo-me gemer de dor pela ressaca.
- Vou te fazer um café e trazer uma aspirina - Diz ele, antes de sair.
Suspiro e deixo-me cair na cama, pensando (e tentando recordar algo de ontem), mas não me lembro de grande coisa depois de dançarmos um pouco e nos divertirmos. Nem me lembro de termos chegado, quanto mais de o Berlim me meter na cama e dar-me um banho.
Continuo deitada de olhos fechados até ouvir passos se aproximando. Abro um pouco os olhos e vejo o Berlim com uma chávena e um comprimido na mão.
Passo as mãos pela cara e pelo cabelo despenteado. Suspiro e pego na caneca e no comprimido que levo logo à boca, seguido da caneca.
Deixo-a na mesa de cabeceira do meu quarto.
- Que horas são? - Pergunto.
- 10:25, mas as aulas hoje são às 11 e vão ser práticas. Mas descansa, ok? As aulas vão ser o dia todo com o Helsinque e o Oslo a ensinarem-nos uns golpes de luta e podes chegar um pouco tarde. Eu digo que estás mal disposta e que vens mais tarde - Responde o Berlim.
- Ok. Obrigada de verdade! - Agradeço.
- Não é nada. Agora vou me arrumar. Ai, caralho! E se alguém me vê a sair do teu quarto? - Ele fala demasiado alto para a minha cabeça e queixo-me.
- A minha cabeça, Berlim! Diz que estavas a ver se estava melhor, sei lá. Inventa algo - Respondo e ele sai para se arrumar.
Deito-me na cama e aconchego-me nos lençóis, tentando dormir mais um pouco, depois de beber mais um pouco do café.
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POV. Tóquio
Acordei, com dores de cabeça e lembrei-me dos conselhos da Nairobi. Aspirina com um café e um belo duche de água fria e é o que vou fazer.
Levanto-me, massajando as têmporas e vou à cozinha preparar um café e buscar uma aspirina.
Bebo o meu café com a aspirina, respiro fundo e pego na roupa para me ir arrumar.
Ligo a água e espero que arrefeça para entrar enquanto me dispo.
Confirmo a temperatura da água e entro no chuveiro, deixando a água escorrer pelo meu corpo. A água cola a minha franja à testa e passo as mãos na mesma para afastar a franja.
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Berlobi: Love Story [PORTUGUÊS]
RandomÁgata Jiménez, uma mulher com um passado difícil conhece um homem que lhe oferece uma proposta de trabalho incrível: um assalto à casa da Moeda para fazerem 2,4 mil milhões de euros. Existem 3 regras simples: nada de nomes, nada de perguntas pessoai...