POV. Berlim
Acordo, mas continuo deitado na cama. Penso no que a Nairobi me revelou ontem e parte-me o coração ela ter passado por coisas assim.
Vejo-a dormir ainda e sorrio pela imagem à minha frente.
Fico um pouco nesse transe, mas quando saio do mesmo, levanto-me e vou para o meu quarto, me arrumar.
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Depois da aula, vou para o meu quarto por causa do Retroxil que estou a precisar, pois tive um pequeno ataque na aula.
Entro no meu quarto e procuro pelo remédio enfiando-o nas minhas veias, o que me causa uma pequena dor que desaparece tão depressa como apareceu.
Arrumo as coisas e vou apanhar um pouco de ar. Passo pela Nairobi conversando com o Rio, alegre e ele entrega um livro à Nairobi. Será o segundo livro de Harry Potter?
Passo por eles e vou apanhar algum ar.
Saio da casa e sinto uma pequena brisa de vento vir contra o meu rosto. Sento-me numa cadeira e fico a pensar nas minhas coisas.
- Hey! Berlim? - Oiço alguém me chamar e viro-me.
É o Rio.
- Estás bem? - Pergunta ele.
- Sim, o que foi?
- O almoço - Responde o de cabelo encaracolado.
- Sim, vamos - Levanto-me e ajudo a pôr coisas na mesa.
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Hoje, comemos dentro de casa e depois vamos ter aulas práticas de luta com os sérvios. Espero ficar com a Nairobi para treinarmos juntos.
Mas agora vou-me concentrar no presente.
Na mesa, estão todos os homens e o meu irmão começou a falar de futebol.
- Imaginem uma partida de futebol - Começa o meu irmão.
A Nairobi aproxima-se da mesa com umas cervejas que entrega e senta-se no seu lugar ao lado do Moscou.
- Outra vez com o futebol? - Pergunta ela.
- Não, Nairobi. Uma partida de futebol do Mundial - Começa o meu irmão. - E é o Brasil contra os Camarões. Quem ganha?
Rimo-nos pela pergunta ser tão parva. Obviamente que é o Brasil.
- Não. Melhor dizendo, quem querem que ganhe? - Pergunta o meu irmão.
- Ganhar, ganha o Brasil, mas eu torceria pelo Camarões sem dúvida - Diz o Moscou.
- Camarões! - Confirma o meu irmão.
Ele aponta para a Nairobi dizer quem queria que ganhasse.
- Camarões!
- Camarões até à morte - Responde o Denver.
- Se repararem, instintivamente o ser humano sempre escolhe o lado dos mais fracos - Explica o meu irmão. - Dos perdedores. Assim que se nós mostrarmos ao mundo as nossas fraquezas, as nossas feridas, que estamos prestes a render-nos, produziremos um estremecimento.
- Eu acho que qualquer pessoa que não fosse do Brasil, ia torcer pelos Camarões - Diz o Moscou.
- E até alguns brasileiros - Diz o meu irmão.
- Ou brasileiras - Diz a Nairobi.
- Pronto, senhores! Aos Caramões! - Diz o Moscou, levantando a sua cerveja.
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Berlobi: Love Story [PORTUGUÊS]
SonstigesÁgata Jiménez, uma mulher com um passado difícil conhece um homem que lhe oferece uma proposta de trabalho incrível: um assalto à casa da Moeda para fazerem 2,4 mil milhões de euros. Existem 3 regras simples: nada de nomes, nada de perguntas pessoai...