Capítulo 21

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POV. Berlim

Acordo, mas continuo deitado na cama. Penso no que a Nairobi me revelou ontem e parte-me o coração ela ter passado por coisas assim.

Vejo-a dormir ainda e sorrio pela imagem à minha frente.

Fico um pouco nesse transe, mas quando saio do mesmo, levanto-me e vou para o meu quarto, me arrumar.


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Depois da aula, vou para o meu quarto por causa do Retroxil que estou a precisar, pois tive um pequeno ataque na aula.

Entro no meu quarto e procuro pelo remédio enfiando-o nas minhas veias, o que me causa uma pequena dor que desaparece tão depressa como apareceu.

Arrumo as coisas e vou apanhar um pouco de ar. Passo pela Nairobi conversando com o Rio, alegre e ele entrega um livro à Nairobi. Será o segundo livro de Harry Potter?

Passo por eles e vou apanhar algum ar.

Saio da casa e sinto uma pequena brisa de vento vir contra o meu rosto. Sento-me numa cadeira e fico a pensar nas minhas coisas.

- Hey! Berlim? - Oiço alguém me chamar e viro-me.

É o Rio.

- Estás bem? - Pergunta ele.

- Sim, o que foi?

- O almoço - Responde o de cabelo encaracolado.

- Sim, vamos - Levanto-me e ajudo a pôr coisas na mesa.


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Hoje, comemos dentro de casa e depois vamos ter aulas práticas de luta com os sérvios. Espero ficar com a Nairobi para treinarmos juntos.

Mas agora vou-me concentrar no presente.

Na mesa, estão todos os homens e o meu irmão começou a falar de futebol.

- Imaginem uma partida de futebol - Começa o meu irmão.

A Nairobi aproxima-se da mesa com umas cervejas que entrega e senta-se no seu lugar ao lado do Moscou.

- Outra vez com o futebol? - Pergunta ela.

- Não, Nairobi. Uma partida de futebol do Mundial - Começa o meu irmão. - E é o Brasil contra os Camarões. Quem ganha?

Rimo-nos pela pergunta ser tão parva. Obviamente que é o Brasil.

- Não. Melhor dizendo, quem querem que ganhe? - Pergunta o meu irmão.

- Ganhar, ganha o Brasil, mas eu torceria pelo Camarões sem dúvida - Diz o Moscou.

- Camarões! - Confirma o meu irmão.

Ele aponta para a Nairobi dizer quem queria que ganhasse.

- Camarões!

- Camarões até à morte - Responde o Denver.

- Se repararem, instintivamente o ser humano sempre escolhe o lado dos mais fracos - Explica o meu irmão. - Dos perdedores. Assim que se nós mostrarmos ao mundo as nossas fraquezas, as nossas feridas, que estamos prestes a render-nos, produziremos um estremecimento.

- Eu acho que qualquer pessoa que não fosse do Brasil, ia torcer pelos Camarões - Diz o Moscou.

- E até alguns brasileiros - Diz o meu irmão.

- Ou brasileiras - Diz a Nairobi.

- Pronto, senhores! Aos Caramões! - Diz o Moscou, levantando a sua cerveja.

Berlobi: Love Story [PORTUGUÊS]Onde histórias criam vida. Descubra agora