22 de outubro de 2016, às 13:55...
POV. Berlim
- Os disparos que ouviram foram de um confronto com a polícia - Explico aos reféns, porque acredito que já há rumores por aí. - Foram provocados por uma refém que não seguiu as minhas regras e ligou para este número.
Coloco a música e caminho pelos reféns.
- Alguém conhece esta musica? - Pergunto. - Se eu tenho o telemóvel da Menina Mónica Gaztambide, então de quem é este? - Coloco outra música.
- Alguém reconhece a música?
Sinto passos se aproximando e viro-me. É a Tóquio.
- O que aconteceu? - Pergunta a de cabelo curto.
- O que estás a fazer?
- Todos ouvimos os tiros. Estou a perguntar o que aconteceu? - Pergunta novamente a garota.
Seguro-lhe o braço.
- Aqui não - Digo, baixo e subo com ela.
Ela solta-se.
- Dissemos nada de vítimas.
Chegamos à nossa sala principal e vejo lá o Rio e a Nairobi, igualmente preocupados.
- Tinha um telemóvel. O que querias que fizesse? - Pergunto, depois de explicar o sucedido.
- Assustá-la, não matar, caralho! Cortar-lhe uma orelha como nos filmes, por exemplo - Diz a Nairobi.
- Se ela tivesse dito à polícia quantos somos e onde estamos, tu é que estarias agora morta - respondo, impaciente.
- Mas manterias a tua orelha.
- Quem disparou? - Pergunta a Tóquio.
- O Denver.
- É demasiado impetuoso.
- O Professor disse que não íamos matar. Essas eram as regras - Entra o Rio na discussão.
- Acaba de haver uma mudança - Olho para a Nairobi, com um cigarro entre os dedos - relativamente ao controlo de reféns. Estamos entendidos? Tenham calma. A opinião pública está connosco, e isso não vai mudar. Quando se derem conta que falta um refém, já nem estaremos aqui. Estaremos muito longe.
- O Professor sabe disso? Que infringiste a primeira regra do plano?
- Quem és tu para falar de regras, hein? Tu, que quase que mataste um polícia, por andares enrolada com este miúdo? - Olho para o Rio por um instante.
Ela encara-me e ri, debochada.
- Tentas-me mandar uma barra, mas tu também fodeste com a Nairobi várias noites, ou vais mentir? Não vale a pena mentir que a tua namorada já mo confessou tudo.
- O Professor tem de saber, Berlim - Diz o Rio, aproximando-se do telefone.
- Calma, rapaz - Tiro-lhe o telefone da mão e desligo.
A Tóquio coloca a arma na mesa.
- Rio, liga-lhe - Ordena a jovem.
O Rio liga, mas felizmente o Professor não atende.
- Não se pode estar sempre a controlar. Tem de se comer, descansar e ir à casa de banho às vezes - Explico, vitorioso. - Por isso, quem é que manda aqui dentro, sou eu. Só sairemos daqui se formos profissionais.
O Moscou abre a porta entrando.
- O que raio aconteceu? - Pergunta o de barbas. - Ouvia-vos lá fora.
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Berlobi: Love Story [PORTUGUÊS]
RandomÁgata Jiménez, uma mulher com um passado difícil conhece um homem que lhe oferece uma proposta de trabalho incrível: um assalto à casa da Moeda para fazerem 2,4 mil milhões de euros. Existem 3 regras simples: nada de nomes, nada de perguntas pessoai...