Capítulo 2

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No dia seguinte...


POV. Nairobi

Acordo e vou me arrumar. Vou para a cozinha comer algo e encontro o Rio a jogar algo no telemóvel, o Moscou e o Oslo na mesa.

O Moscou levanta-se e vem ter comigo.

- Desculpa por ontem pelas piadas. Não sou machista e não quero que fiques com essa ideia. É só... Uma coisa de homens há sempre uns que contam piadas assim e nós - Encolhe os ombros. - Rimo-nos. Não é fácil explicar.

- Não faz mal, Moscou.

- Estamos bem então?

- Claro - Sorrimos e preparo o meu pequeno-almoço.

Coloco a minha comida no prato e cumprimento quem está lá mais o Professor e o Berlim que acabaram de chegar.

- Aula daqui a 40 minutos - Diz o Professor e assentimos.




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POV. Berlim

Depois das aulas da manhã, o Helsinque e o Moscou foram fazer a comida para comermos.

Já tinha acabado e decido levantar-me e encostar-me na parede com o meu copo de vinho e fico a mexer num botão do meu blazer, distraído.

- O lixado é se corre bem - Diz a Tóquio, limando as unhas. - O que fazemos com tanto dinheiro? Eu quero uma ilha.

- São duas. Também quero. Uma ilhota com uma casa com varanda para o mar - Diz o Rio. - Para quando me levantar - Faz um gesto com os dedos e um som a mostrar que refere-se a mergulhar. - Já estou no mar.

Rimos.

- Aponta três - Diz o Denver com o seu riso.

A Tóquio faz uma careta e comenta.

- Não, isso já é muito.

- Um arquipélago - Diz a Nairobi e rimo-nos.

- Eu quero um Maserati cor azul céu sem nuvens. Vou comprar uma discoteca com colunas superpotentes que até deixe as pessoas surdas - Ri. - E uns pulmões.

- Pulmões? - Diz o de barba baixinho.

- Para ti. Que estragaste os teus na mina.

- E como pensas arranjar uns pulmões?

- Há pessoas que vendem rins, portanto deve haver pessoas que vendem pulmões - Rimos.

- Eu vou quer uma plantação de vinho - Digo, no meu canto observando os outros.

- Para quê? Se podes ter só vinho - Diz o Rio.

- Pela arte, porra! - Eles riem.

- Bom, eu acho que alguns de nós antes precisam de tratar de um assunto ou outro, pelo menos, eu sim - Diz a Nairobi com um cigarro nos dedos. - E depois, arranjo um helicóptero. Para conduzi-lo eu.

- Mas podes arranjar um piloto todo giraço.

- Não, não entendes. É para gozar com a torre de controlo. Com licença, libertem a pista para a mais artista.

Rimos todos. O quê que ela quis dizer com problemas pessoais?

- Pois eu - Interrompe o Moscou, tirando-lhe dos meus pensamentos. - Vou quer um disco - Senta-se numa cadeira com as costas da mesma para a frente. - Com esta cara - Mostra a cara e rimos.




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POV. Nairobi

- Amanhã aprenderão a extrair uma bala que poderá ser necessário. Nunca se sabe o que vai acontecer - Diz o Professor, ajeitando os óculos e guardando umas coisas. - Podem ir.

Levantamo-nos todos e vamos guardar os nossos cadernos nos nossos quartos.

O meu quarto é ao lado do quarto do Berlim e do quarto do Moscou e do Denver.

Guardo o meu caderno e a caneta e vou lá para fora ter com os outros.

- Nairobi! - Ouço o Berlim chamar-me e encaro-o, esperando que fale, mas este mantém-se calado.

- Querida, tira foto que dura mais - Diz ele com um sorriso de lado que me faz revirar os olhos.

- Tira foto a isto, querido - Entro no deboche mostrando o dedo do meio com um sorriso.

O Rio aproxima-se de nós e ri-se com o meu dedo do meio.

- Tudo bem? - Pergunta o garoto de cabelo encaracolado.

- Sim - Responde o Berlim. - É só TPM - Sussurra ele para o garoto.

O Rio abre um pequeno sorriso que tenta esconder. Encaro o Berlim e reviro os olhos antes de sair dali mostrando-lhe o dedo do meio e recebo como resposta uma risada do mais velho.

Entro no meu quarto e arrumo umas coisas antes de voltar para conviver com os outros e espero que o Berlim não age como um idiota... de novo. Volto para lá e vou ter com o Denver que se encontra com a Tóquio e o Rio ao lado.

- Oi! Tudo bem? - Pergunta o Rio. - Desculpa o de antes.

- Desculpa-me a mim também, mas ele estava a agir como um idiota.

Vejo o Denver e a Tóquio confusos.

- Foi uma coisa com o Berlim. Estava a agir como um idiota - Digo.

- Por detrás da sua elegância, há um lado bastante machista e babaca também.

- Uuuuuhhhhh! - Os três exclamam. - A Nairobi acha o Berlim elegante!

- Vão agir mesmo como umas crianças?

Eles riem-se e junto-me a eles.

- Eu gosto desta gaja - Diz o Denver com uma garrafa de cerveja levantada e rimo-nos.

- Obrigada, querido.

Ficamos a falar até o Moscou aparecer com a comida. Comemos e elogiamos a sua comida.

- Muito bom, Moscou - Parabenizo-o.

- Pois está - Diz o Professor.

- Helsinque, sabes cozinhar? - Pergunta o Berlim.

Ele olha para o Berlim, confuso, e o mesmo aponta para a comida.

- Eu cozinhar comida do meu país. Na guerra, precisar de fazer minha comida muitas vezes.

- Um dia, podias cozinhar para nós - Diz a Tóquio.

- Sim! - Exclamamos todos e ele assente.

Ficamos a conversar e a conviver até anoitecer. Fiquei a falar no sofá com o Denver e o Moscou até ir dormir.

Berlobi: Love Story [PORTUGUÊS]Onde histórias criam vida. Descubra agora