POV. Nairobi
- Eu e as minhas amigas estávamos no recreio, vendo os professores e a tentar conter o ataque de riso que íamos ten— - Sou interrompida quando sinto os lábios do Berlim nos meus, beijando-me.
Os seus lábios são finos, mas têm uma textura perfeita. Suaves, finos e maravilhosos. Os nossos lábios encaixam-se perfeitamente e fecho os olhos por um momento, apreciando o beijo suave e calmo que ele me dá.
Sinto o cheiro do seu perfume masculino, misturado com o seu cheiro e o do cigarro. Dando-lhe um cheiro forte e intenso que é maravilhoso.
Sinto os seus lábios afastarem-se e fico, surpresa pelo seu beijo. Ele afasta a sua boca da minha, um pouco desconfortável e envergonhado, provavelmente pelo seu ato.
Encaro os seus olhos uns segundos e o meu olhar desce até os seus lábios que se encontram um pouco vermelhos pelo beijo de há 30 segundos.
Volto a beijá-lo. Um beijo um pouco mais intenso que o anterior, mas não muito intenso e suave. Nada de um beijo selvagem e feroz. Sinto o seu cheiro penetrar nos meus pulmões assim que ele une mais os nossos corpos e sinto a sua mão no meu cabelo.
Coloco uma mão no seu pescoço e a outra um pouco acima, afundando os meus dedos no seu cabelo.
Termino o beijo, com um selinho assim que sinto o ar começar a falhar.
Afasto-me, devagar e afastando as minhas mãos do seu cabelo e pescoço. Sinto a ficha cair sobre o que acabou de acontecer.
- Eu... Eu tenho de ir - Digo, antes de me afastar dele, pensando no que acabou de acontecer. Um pequeno sorriso aparece nos meus lábios. Quê isso, Ágata!? Não podes ter relações pessoais com ele. Tira esse sorriso da cara e não penses nisso. Não significou nada, penso comigo mesmo.
Tento parar de pensar no beijo e no Berlim, mas sem sucesso. Será que me estou a apaixonar por ele? Não, não estou e também não posso. Mas um amor proibido é sempre interessante. O quê? Ágata, caralho deixa-te disso.
Dirigo-me para a mesa, com um sorriso que brota nos meus lábios sem me aperceber.
- O que se passa, garota? - Pergunta o Helsinque.
- Quê? Nada! - Paro de sorrir e acabo por responder meio rude.
- Não leves a mal. Vi-te sorrir e pensei que se tinha passado algo. Sinto muito - Diz o Helsinque.
- Não tens de te desculpar e é "Desculpa", "Sinto muito" é mais se tipo alguém morre ou acontece algo mau. Desculpa ter agido assim também.
- Sem problema. Vem comer que já está tudo pronto - Diz o Helsinque.
- Ok e eu vou continuar "Gay?..." Ouve eu não tenho nada de mal contra pessoas LGBT+, nem sou homofóbica. Sou 100% a favor, mas ainda estou chocada - Ele ri.
- Ao mesmo tempo, amei. Sempre quis ter um amigo gay - Acrescento.
Ele sorri.
- Nairobi, a comida - Ela sorri e assente.
- Sim, vamos - Ajudo-o com a comida e levamo-la para a sala, onde nos sentamos todos.
Sirvo-me, sentando-me ao lado do Moscou e do Helsinque.
- O Rio e a Tóquio devem estar a chegar daqui a bocado - Diz o Professor, ajeitando os óculos.
- Professor, andas a estudar muito e tu já passaste tempo demais da tua vida a estudar para este golpe. Vai correr tudo bem. Agora larga as coisas e aproveita - Ralha o Berlim.
O Denver dá o seu riso típico.
- Eu estudei muito, porque tenho de saber todos os passos da polícia e conhecer bem todas as variáveis deste plano - Responde o de barba, arrumando umas coisas para se servir.
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Berlobi: Love Story [PORTUGUÊS]
RandomÁgata Jiménez, uma mulher com um passado difícil conhece um homem que lhe oferece uma proposta de trabalho incrível: um assalto à casa da Moeda para fazerem 2,4 mil milhões de euros. Existem 3 regras simples: nada de nomes, nada de perguntas pessoai...