Capítulo 10

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POV. Nairobi

Acordo e vou fazer as minhas higienes matinais. Encontro quase todos a comer, exceto o Rio, o Professor e o Berlim.

Vejo as horas. 8:20. O Berlim costuma estar acordado a esta hora. Que estranho...

- Onde estão os outros? - Pergunto.

- O Professor está a preparar a aula. O Rio e o Berlim devem estar a dormir, provavelmente - Responde a Tóquio, sem ligar muito. Está mais atenta à sua conversa com o Helsinque e o Denver.

- Estranho...

- Porquê?

- O Berlim costuma já estar levantado às 8 horas - Digo.

- Deve ter adormecido - Ela dá de ombros.

- Talvez - Digo, bebendo o café da minha caneca.

Será que se passa algo com o Berlim? A Tóquio deve ter razão. Está só a dormir ou algo assim. Mas e se lhe aconteceu algo? Se tiver mal disposto?

Sem me aperceber, já me estou a dirigir ao quarto do Berlim.

- Está tudo... - Sou interrompida ao deparar-me com o Berlim de toalha na cintura e os cabelos molhados.

- Hey! - Exclama ele e fecho a porta imediatamente. Merda!

Encosto-me na porta, com os olhos cerrados e a murmurar "Merda" várias vezes.

- Está tudo bem? - Pergunto, meio constrangida pelo que aconteceu.

- Sim - Responde ele do outro lado da porta.

- Pensei que tinha acontecido algo, por isso entrei - Digo, ainda meio desconfortável.

- Aa... Estou bem, mas obrigado pela preocupação. Eu já acabo de me arrumar - Ouço-o do outro lado da porta.

- É... Até já! - Saio dali.

Que corpinho! Sem abdominais, mas um belo tronco e os cabelos molhados ficam-lhe bem. Quê isso!? Que pensamentos são esses, mulher? Sacudo a cabeça para tirar esse pensamento da mesma.

Dirigo-me para a sala e encontro os que já lá estavam e o Rio.

- O que foste fazer? - Pergunta a Tóquio, um pouco depois de entrar.

- Nada - Ela france uma sobrancelha. - Foste ver o Berlim?

- Não! Porquê? - Pergunto, fingindo-me de desentendida.

- Estás a perguntar por esse babaca há pouco antes de saíres. Deve só estar a dormir. Porque te preocupas tanto com aquele babaca? - Pergunta a Tóquio.

- Em primeiro lugar, como já disse antes, ele acorda sempre cedo, segundo, fui ver umas coisas ao meu quarto e, terceiro, ele nem sempre é um babaca. Tem atitudes e até  comportamentos um bocado babacas, mas ele, na verdade, tem um bom coração, tirando essa parte das babaquices deles - Respondo. Porque é que estou a defender o Berlim?

- Estás a defendê-lo? Estás bem? - Pergunta ela, colocando-me a mão na testa e rio.

- Sim, ele até é boa pessoa - Volto a defendê-lo.

- Ok... - Ela cede, um bocado desconfiada, mas deixa passar.

Entretanto, aparece o Berlim e os nossos olhares cruzam-se por uns segundos.

Desvio o olhar e continuo a conversar com a Tóquio até irmos para a aula.




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Estou a ler "Orgulho e Preconceito", numa cadeira, até ver uma mão "voar" à frente do meu livro e vejo quem é o dono dessa mão.

Berlim. Ele encontra-se com um sorriso de lado e o seu típico fato todo arranjado. Pega numa cadeira e senta-se ao meu lado. Fecho o livro e encaro-o.

Berlobi: Love Story [PORTUGUÊS]Onde histórias criam vida. Descubra agora