Capítulo 49

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25 de outubro de 2016, às 19:35...


POV. Tóquio

Acabei de entrar na Casa da Moeda de moto como se fosse um filme. Depois do Berlim me expulsar, a caminho da prisão uns sérvios me salvaram e fugi de moto. Tentei ligar ao Professor, mas não consegui e voltei ao banco.

Beijo o Rio depois de travar a moto, mas interrompemos o beijo ao ouvir gemidos de dor e vejo o Moscou com a barriga sangrando. Paraliso pela culpa. Merda, senão tivesse entrado... A culpa foi minha. Tento não me abalar com o olhar fulminante do Berlim e me lembro da conversa que tive com o Moscou no cofre.

"Vais deixando cadáveres pelo caminho". Seguro umas lágrimas e saio do transe com os gritos do Denver. Vou a correr e me ajoelho à frente do Moscou.

Troco um olhar com o Denver.

- De lado - Digo e deitamos o homem de barbas de lado.

- Não há orifício de saída.

Me sinto um pouco mais aliviada, mas não muito. Pois o Moscou que foi mais pai para mim que outro homem qualquer na minha vida, está se esvaindo em sangue.

- Não te preocupes, hijo! Tenho montes de sangue, sim?

- Segurem-lhe! - Ordena a Nairobi. - Berlim, a morfina. Vou fazer uma intravenosa.

O Rio me dá toalhetes para estancar o sangue do homem. Lhe cortamos a camisa para ver o seu estado debaixo da roupa.

Encaro a ferida, perplexa. Está cheio de sangue e troco um olhar de desculpas com o Denver que parece num transe sem acreditar no que vê e tem lágrimas nos olhos.

O Helsinque pede ao Moscou que respire devagar e eu estanco o sangue o melhor que posso.

- Calma, Moscou, calma! - Pede o sérvio.

Seguro a mão do Moscou e a aperto.

- Escuta, vais ficar bem. Vais ficar bem - repito-o mais para mim mesma.

Ele assente e vejo o Denver se levantar. Faço sinal ao Rio para ir ter com o Denver.


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25 de outubro de 2016, às 19:52...

POV. Berlim

Observo os peixes no aquário e depois as minhas mãos ensanguentadas. Oiço passos se aproximando depressa.

- Três tiros! - Exclama a Tóquio. - Deram-lhe 3 tiros no estômago! Temos de chamar um médico. Não podemos fazer nada, Berlim!

Levanto-me e aproximo-me da garota.

- Agora temos de manter a cabeça fria, Tóquio.

Encaro-a, sério.

- Não estou a pensar só no Moscou. Vou ligar ao Professor! - Aviso.

- O Professor desapareceu! - Grita a Tóquio. - Liguei-lhe mais de mil vezes e não atende. Não faço a porra da ideia onde está ele! Temos de ligar à polícia.

- Não podemos! Não faz parte do plano.

- Que plano, hein? - Pergunta a garota, roscando na minha cara. - Sabes qual era o meu plano? Matar-te. Mas quem está a morrer neste momento é o Moscou. Então, não voltes a dizer-me o que não está no plano.

- Merda! - Grita e convence-me a ligar.

Tem razão! Precisamos de um médico. Clico no botão e espero resposta.

Berlobi: Love Story [PORTUGUÊS]Onde histórias criam vida. Descubra agora