Capitulo 38

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POV. Tóquio

É cedo, mas ainda estou acordada pelo assalto e ouço alguém bater à porta. Quem será a esta hora?

- Quem é? - Pergunto, baixinho.

- Sou eu. Deixa-me passar - Oiço o Rio, sussurrando.

Deixo ele passar e olho para os dois lados no corredor. Ninguém.

- O que fazes, Rio? Se o Professor nos vê, mata-nos.

- Eu sei. Tenho de falar contigo - Ele segura-me a camisola e puxa-me para me sentar ao seu lado na cama.

- Que se passa? - Pergunto enquanto ele olha para as próprias mãos.

- Amanhã é o assalto.

Bem, hoje. Já passou da meia noite, mas tanto faz, penso.

- Não fazemos ideia do que vai acontecer. Quero que saibas que isto contigo é sério. E entendo perfeitamente que... que já tens uma certa idade. E que deves querer um compromisso mais sério.

Sorrio.

- Por isso quero dar-te isto - Ele tira a chapa da sua camisa e coloca-a na minha mão.

- Não te comprei um anel porque estamos aqui fechados. Mas, quando sair daqui, vou-te comprar um diamante tão grande que terás de o levar num carrinho de mão.

- O que é isto? - Olho para a chapa. - Uma chapa de noivado?

- Agora, já sabes o meu verdadeiro nome.

- Mas é proibido sabermos os nossos nomes.

- Então, não leias. Mas é tua - Diz ele.

Levo uma mão às tempôras.

- Como te digo isto? O que temos é muito bom. Está bem? É ótimo. Estamos juntos há umas noites.

Ele ri.

- Umas? Eu vim cá todas, exceto quatro ou cinco vezes - Diz ele.

- Sinceramente... não acho que somos o par ideal.

- O sexo não é bom?

- Sim, é fantástico.

- Já é um começo, não? - Ele abre o seu sorriso mais largo.

- Mas é preciso mais que bom sexo para formar um casal.

- Dizes isso por ser 12 anos mais novo que tu - Nego com a cabeça.

- Vou ganhar 300 milhões de euros. Não sou um miúdo, tenho a vida feita.

- A sério, Rio, gostava que fosse amor...

- Não digas isso - Peço.

- Amor havia que eu estava lá.

Ele suspira.

- Há outra pessoa, não é? - Pergunta o jovem.

- Agora já não. Escuta, Rio... Quando isto terminar, vamos juntos ao Taiti ver se isto funciona. Mas, amanhã, só pensarei uma coisa: que não me matem.

Ele assente e vejo as lágrimas nos seus olhos e levanta-se. Vou atrás dele e abraço-o por trás.

- Fica - Sussurro e transamos antes de irmos dormir.


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POV. Nairobi

Meio a dormir ainda, sinto a cama se mexer e abro um pouco os olhos. É o Berlim saindo da cama.

Berlobi: Love Story [PORTUGUÊS]Onde histórias criam vida. Descubra agora