POV. Nairobi
Acordo, mal disposta e fico deitada na cama.
Oiço alguém bater à porta.
- Sim? - Pergunto com a voz um pouco rouca e tosso para sair melhor.
- Nairobi, estás bem? - Pergunta o Professor.
- Acho que tenho febre - Digo com uma mão na testa e sento-me na cama, com os olhos um pouco fechados.
- Ai - Gemo de dor.
O Professor senta-se ao meu lado.
- Deixa ver - Ele coloca a sua mão na minha testa.
Ele passa a mão no meu rosto.
- Não parece ser febre - Afasto-me um pouco, gemendo de dor, mas continuo olhando para ele.
- Talvez tenha sido da comida. Também não estou muito bem - Diz ele, olhando em volta.
- Bem, deita-te - Dou-lhe espaço para ele se deitar. - Há espaço.
Vejo ele olhando para as próprias mãos e rio.
- Professor. Não mordo - Rio.
Ele hesita, mas consigo convencê-lo a deitar-se.
Coloco a mão no peito.
- É impressão minha ou há tensão no ar? - Pergunto, quebrando o gelo.
- Tensão? Aqui? - Pergunta ele.
- Hmm - Confirmo.
Seguro a cabeça com a mão, apoiando o braço na cama.
- Olha. Talvez seja dos quatro meses aqui fechados. Ou da febre ou do teu poder de sedução - Meto-me com ele.
- Não sentes o mesmo por mim? - Pergunto, ajeitando a sua gravata e encarando-o enquanto o mais velho olha para cima.
- Caramba. Nairobi, não há dúvida que és uma mulher de caráter. Uma mulher confiante. És fantástica - Começa ele.
Rio.
- Claro que não sou imune a essas coisas - Mordo o lábio.
- Mas não são permitidas as relações... interpessoais - Conclui.
- Eu entendo. Mas não te estou a pedir que cases comigo - Argumento.
- Mas não devíamos...
- Uma rápida? - Aproximo-me dele, sem deixar de o encarar.
- Por favor - Pede ele, um bocado desconfortável.
Rodo na cama, reclamando.
- Meu deus! - Digo.
Suspiro e ajeito-me na cama.
- Está bem - Respondo e solto o ar dos meus pulmões.
- Não te queria magoar, mas não podemos - Responde ele.
Rio e viro a cara para ele.
- Não me podes magoar - Digo. - Na verdade, deves ser o homem que melhor me tratou em toda a vida.
Sorrio, sem mostrar os dentes.
- Tu e o teu plano.
Rodo o meu corpo para o professor ficando com o lado direito apoiado na cama.
- A Tóquio contou-me que o plano não foi ideia tua - Começo, lembrando-me que sempre quis saber quem pensou neste assalto.
Ele encara-me.
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Berlobi: Love Story [PORTUGUÊS]
RandomÁgata Jiménez, uma mulher com um passado difícil conhece um homem que lhe oferece uma proposta de trabalho incrível: um assalto à casa da Moeda para fazerem 2,4 mil milhões de euros. Existem 3 regras simples: nada de nomes, nada de perguntas pessoai...