Capitulo 32

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POV. Nairobi

Acordo, mal disposta e fico deitada na cama.

Oiço alguém bater à porta.

- Sim? - Pergunto com a voz um pouco rouca e tosso para sair melhor.

- Nairobi, estás bem? - Pergunta o Professor.

- Acho que tenho febre - Digo com uma mão na testa e sento-me na cama, com os olhos um pouco fechados.

- Ai - Gemo de dor.

O Professor senta-se ao meu lado.

- Deixa ver - Ele coloca a sua mão na minha testa.

Ele passa a mão no meu rosto.

- Não parece ser febre - Afasto-me um pouco, gemendo de dor, mas continuo olhando para ele.

- Talvez tenha sido da comida. Também não estou muito bem - Diz ele, olhando em volta.

- Bem, deita-te - Dou-lhe espaço para ele se deitar. - Há espaço.

Vejo ele olhando para as próprias mãos e rio.

- Professor. Não mordo - Rio.

Ele hesita, mas consigo convencê-lo a deitar-se.

Coloco a mão no peito.

- É impressão minha ou há tensão no ar? - Pergunto, quebrando o gelo.

- Tensão? Aqui? - Pergunta ele.

- Hmm - Confirmo.

Seguro a cabeça com a mão, apoiando o braço na cama.

- Olha. Talvez seja dos quatro meses aqui fechados. Ou da febre ou do teu poder de sedução - Meto-me com ele.

- Não sentes o mesmo por mim? - Pergunto, ajeitando a sua gravata e encarando-o enquanto o mais velho olha para cima.

- Caramba. Nairobi, não há dúvida que és uma mulher de caráter. Uma mulher confiante. És fantástica - Começa ele.

Rio.

- Claro que não sou imune a essas coisas - Mordo o lábio.

- Mas não são permitidas as relações... interpessoais - Conclui.

- Eu entendo. Mas não te estou a pedir que cases comigo - Argumento.

- Mas não devíamos...

- Uma rápida? - Aproximo-me dele, sem deixar de o encarar.

- Por favor - Pede ele, um bocado desconfortável.

Rodo na cama, reclamando.

- Meu deus! - Digo.

Suspiro e ajeito-me na cama.

- Está bem - Respondo e solto o ar dos meus pulmões.

- Não te queria magoar, mas não podemos - Responde ele.

Rio e viro a cara para ele.

- Não me podes magoar - Digo. - Na verdade, deves ser o homem que melhor me tratou em toda a vida.

Sorrio, sem mostrar os dentes.

- Tu e o teu plano.

Rodo o meu corpo para o professor ficando com o lado direito apoiado na cama.

- A Tóquio contou-me que o plano não foi ideia tua - Começo, lembrando-me que sempre quis saber quem pensou neste assalto.

Ele encara-me.

Berlobi: Love Story [PORTUGUÊS]Onde histórias criam vida. Descubra agora